domingo, 3 de julho de 2016

TÚMULO DE 2.400 ANOS DO FILÓSOFO GREGO ARISTÓTELES É ENCONTRADO EM ESTAGIRA, MACEDÔNIA

TÚMULO DE 2.400 ANOS DO FILÓSOFO GREGO ARISTÓTELES É ENCONTRADO EM ESTAGIRA, MACEDÔNIA

Qual a importância do filósofo da Grécia, Aristóteles, para o mundo através dos seus escritos sobre metafísica, política, ética, entre tantos outros?Descoberto o túmulo do filósofo grego Aristóteles Descoberto o túmulo do filósofo grego Aristóteles PUBLICIDADE
Se literalmente traduzida, a palavra grega 'filosofia' deve ser entendida como "amor à sabedoria", onde há o processo da busca do conhecimento voltado à origem ou existência da humanidade, sobre o que é a verdade absoluta ou o que são os princípios e valores estéticos e morais, bem como, do entendimento do que é mente e de como funciona a linguagem entre as pessoas.

O indivíduo que busca o autoconhecimento, sem idéias pré-concebidas, somente sendo direcionando pela realidade que o cerca e pela curiosidade, é chamado de filósofo.

E em questão de filosofia e filósofos, os gregos novamente são imbatíveis, uma vez, que o legado dos postulados, pensamentos e raciocínios filosóficos desses gregos da Grécia Antiga, influenciam a todas as sociedades até os dias atuais, sendo que não pode deixar de ser lembrado, comentado e estudado.

Um desses principais representantes helenistas foi Aristóteles, nascido na região de Estagira em 384 a.C e morreu na data de 322 a.C. em Chalcis, Evia. Vale ressaltar que os trabalhos de Aristóteles são muito representativos não só para a Grécia, mas para o mundo contemporâneo.


O filósofo foi aluno de ninguém menos do que Platão; por sua vez, foi o tutor ou uma espécie de mestre de Alexandre, o Grande, rei da Macedônia, que conquistou todo o mundo conhecido da época. Aristóteles marcou o seu tempo ao desenvolver escritos direcionados aos temas da física, drama, poesia, retórica, temas políticos, zoologia, biologia, entre outros estudos.

O que é mais significativo e importante aos amantes da Grécia e aos simpatizantes da filosofia e história, é que arqueólogos gregos que trabalham em Estagira, no centro da Macedônia, afirmaram, dias atrás, terem finalmente encontrado o que pode ser considerado o túmulo do filósofo grego Aristóteles.



O arqueólogo chefe da equipe, Kostas Sismanidis, fez questão de anunciar oficialmente foi que, de acordo com as escavações iniciadas no ano de 1996, o túmulo de fato é de Aristóteles, pois foram catalogadas conclusões de sobra para isso.

Anteriormente os pesquisadores acreditavam que o filósofo tinha sido enterrado em Chalcis, mas a equipe de arqueologistas, agora diz estar convicta do local exato, até mesmo porque, de acordo com 2 fontes literárias, os conterrâneos de Aristóteles em Estagira, muito provavelmente, levaram as cinzas do grego ilustre para a sua terra natal.

A tumba que possui uma abóboda arredondada e piso revestido de mármore, data do período helenístico, localizando-se no centro de Estagira, perto da Ágora (antigo local de comércio dos habitantes locais), tendo uma vista de 360 graus. Tudo indica que a tumba, ao ser construída isolada, isso lhe conferiu um caráter público ou aberta à visitação já naquela época.

Maiores detalhes revelam que o topo da cúpula tem uma altura de 10 metros com um andar quadrado ao redor de uma torre da época bizantina. Há ainda um caminho que conduz à entrada do túmulo destinado a todos aqueles que queriam conferir homenagens ao morto ali enterrado. Alguns outros objetos encontrados no local foram pedaços de cerâmica antigos e 50 moedas que eram dinheiro corrente da época do rei Alexandre, o grande.

Não tem como negar, que a Grécia encanta o mundo não só pela sua beleza geográfica natural, sedução, mitologia que povoa o imaginário das pessoas, mas também pelo conhecimento milenar legado à humanidade pelos seus filhos ilustres. Viva a Grécia!

FONTE : http://br.blastingnews.com/mundo/2016/05/tumulo-de-2-400-anos-do-filosofo-grego-aristoteles-e-encontrado-em-estagira-macedonia-00939849.html

Até onde é possível permitir que o direito seja instrumentalizado pela canalhice?

Até onde é possível permitir que o direito seja instrumentalizado pela canalhice?

"Um advogado que evidentemente está repleto da mais íntima convicção... que seu cliente lhe pagará bem." (Daumier - "Le Gens de Justice" - 1845)



Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro


No lodaçal da política brasileira, a noção do que seja ética já sucumbiu.

Não escapa até mesmo a instituição mais nobre, que deveria primar pela correção na defesa das causas e das pessoas em busca de justiça: a advocacia.


O lodo petista chega à advocacia

A confusão entre engajamento ideológico e interesse econômico tomou conta de toda a máquina burocrática estatal nos governos de Lula e Dilma. Essa confusão está na origem dos escâncalos de corrupção petista e, também, na exacerbada defesa dos envolvidos por militantes partidários.

Se o equívoco, embora não justificável, pode ser compreendido entre leigos, em relação aos profissionais do direito é indesculpável. Assim ocorre com a lamentável imersão de bons colegas e bancas de renome, no lodaçal das boas intenções petistas... noticiada nos últimos anos.

Primeiro, apareceram notícias sobre escritórios que se tornaram a meca das atividades de governo geridas pela "companheirada no poder". Demandas canalizadas independente de assunto, grau ou especialização (afinal, para tudo se terceiriza e se contrata).

O fenômeno abrangeu misturas duvidosas, como a defesa de políticos junto à justiça eleitoral e, quando tornados dirigentes, em casos de crime de corrupção ou improbidade administrativa.

Ficaria isso no campo da relação da solidariedade entre companheiros se as defesas não fossem conectadas a polpudos contratos de prestação de serviços à administração nas quais os clientes estavam inseridos, envolvendo licitações e contratos de interesses destes com os próprios órgãos que dirigiam...

Conflitos de interesses, convergências e divergências, denúncias de honorários estratosféricos (e suspeitas de repasses idem), passaram a ser noticiados com frequência.

Depois dessa onda, veio outra denúncia: a "porta giratória" da indicação de "companheiros" (ou simpatizantes da "causa"), para os chamados quintos constitucionais da magistratura dos tribunais, como uma espécie de "premio por serviços prestados" (?), ou forma de reforçar a "blindagem" de líderes prestes a serem julgados pelo órgão correspondente.

A porta se estendeu para outros setores, como as agências reguladoras, estigmatizando jovens promessas, nomeadas para cargos públicos e precocemente enredadas nas notícias sobre ligações perigosas.

Então, como se já não bastasse, surgem noticiários sobre  contratação de escritórios ligados a este ou aquele magistrado, ou vinculado por parentesco a um ou outro gestor público. Contratos firmados com estatais e empreiteiras despencaram, coincidentemente, no mesmo período em que casos de interesse da "companheirada" emergiam do mar de lama, pescados pelo aparato judiciário.

Abordados diuturnamente pela mídia, amigos, filhos, parentes e contraparentes de cidadãos agregados a "todos e todas" postados no poder, com título de "ministro" ou outro similar de exercente em cargo público - apareceram intermediando causas, interesses, lobbies, em franca orgia de promiscuidades relacionais - orgias financiadas por estatais ou por empreiteiras de obras (cujo sentido "obrar" transcendeu aquele da construção civil...). 

Cedendo à pressão popular, a Justiça acionou sua máquina, projetando luz sobre malfeitos de toda ordem. Como resultado, "companheiros", amigos dos amigos, laranjas e prepostos, começaram a ser encarcerados ás pencas (sem apelação, ou melhor, com várias...).

Então, veio a derradeira onda, envolvendo padarias jurídicas de todo tamanho, encarregadas de passar o verniz da banca de grife sobre ligações perigosas com resultados alarmantes. Um verdadeiro mercado de lavanderias e aquecedores de moeda corrente com título acadêmico.

Corporações multinacionais, grandes estatais, projetos culturais, fundos de pensão,  fundos de investimentos e bancos... reputações destroçadas no moedor de carne humana das operações da Polícia Federal.

"Ofendidos, humilhados e endinheirados"


A reação não tardou a ocorrer.

Surgiram manifestos de toda ordem: de advogados contra juízes e promotores, de juízes e promotores contra advogados, de advogados contra advogados, "militontos" contra outros tontos e vice-e-versa.

Um espetáculo triste. Misérias morais expostas mutuamente...

De fato, roupas sujas lavadas a jato, não se limpam com manifestos impressos em papel. Afinal, o pano de fundo sempre foi e é a lamentável onda de favorecimentos e contratações transversas, por estatais, políticos e empreiteiras envolvidas em escândalos. 

A cada denúncia sobre contratações trianguladas de nobres prestadores de serviço por estatais e empreiteiras, para lavar propinas como honorários, choveram manifestos, desagravos, protestos e processos. Uma verdadeira infestação de acusações e desagravos.

Defensores dos "ofendidos e humilhados" pelas instituições republicanas que combatem a corrupção no Brasil, irromperam na sala da Justiça, com seus ternos bem cortados sob holofotes, marchando sobre um tapete vermelho de indignação, enquanto a ética sumia pela janela...

Recentemente, surgiu outra constrangedora novidade: com arrogância peculiar, dirigentes petistas informaram que "dinheiro não faltará" para a contratação de advogados de peso - "a nata da advocacia brasileira" - para formar uma "equipe de altíssimo nível e respeitabilíssimo curriculum", visando cuidar da defesa do ex-presidente Lula.

A ideia, segundo anotou Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, seria "formar um grupo sênior, com profissionais acostumados a fazer o enfrentamento midiático e político de casos de grande repercussão, além da parte jurídica". 

Seria isso uma "nata" ou uma bravata? 

Pergunto se essa forma de anúncio, absolutamente dinheirista (a questão monetária salta a cada linha da matéria), seria algo... ético... 

Pergunto se, diante de tamanha promiscuidade, subscrever manifestos e sair por aí arrogando a autoridade dos que se dão enorme importância, pode ser considerado algo eticamente aceitável.

A absoluta necessidade midiática de demonstrar que o dinheiro (às pencas), move a indignação,  é algo que moralmente se louve?

Por tudo que se viu, se vê, ouve e lê, o milk-shake de relações  espúrias entre estatais, empreiteiras, institutos, partidos, bancas e prestadores de serviços, interesses políticos, financeiros e de favorecimentos, é mais indigesto que qualquer cidadão de bem poderia suportar engolir sem vomitar... 

"Pois é, o Ministério Público disse coisas muito
desagradáveis a seu respeito.. Seria o caso de
deixar cair ao menos uma lágrima do olho. Isso
faria bem..."
(Daumier - 1845 - "Le Gens de Justice") 


É preciso se indignar para resgatar a ética!



Em respeito à profissão que amo, aos colegas que lutam e trabalham, dia e noite, para sustentar suas famílias com dignidade, cabe perguntar:    

1- Será que a miséria humana, a mesquinhez, a falta de princípios, a estreiteza ideológica, a falta de caráter e dignidade, chegou a tal nível baixeza que, ao fim e ao cabo, sobrou apenas... dinheiro? 

2- Em meio a toda essa lama, na qual chafurda a classe política brasileira, sustentada com o dinheiro do sofrido povo brasileiro - receber quantias de procedência tão ruim não gera um dilema moral?

3- Há quem possa afirmar-se bem sucedido, quando o alegado "sucesso" ocorre às custas da saúde, da dignidade, da educação, da segurança e do futuro da população mais pobre? A carga de contribuição fiscal indireta - inversamente proporcional à miséria em que vive a população espoliada pela corrupção, não afeta a consciência de quem fatura com o conflito? 

4- É ético fechar os olhos à  corrupção praticada pelo contratante, quando se está ciente que o dinheiro dos honorários pode ter sido auferido com a deseconomia, o desemprego, o sucateamento de empresas e bens públicos e a morte de pessoas deixadas à míngua nas filas dos postos de saúde, nas salas de espera da previdência, humilhada nos balcões de atendimento de serviços públicos sucateados? 

5- Aceitar receber quantias "nababescas" para servir de bonequinho de enfeite engravatado, ornando o bolo de lixo da corrupção, assado e sustentado com dinheiro roubado da nação brasileira... seria algo digno de se alardear?

6- DATA VENIA, no último caso relatado - da contratação "a peso de ouro" de um "dream team", é lúcido entender o sagrado ofício de garantir um direito de defesa necessita ser ostensivamente monetarizado? 

Não questiono a figura e a importância histórica e conceitual, da advocacia. Muito menos questiono a dignidade da profissão de advogado. Como advogado sei bem da dureza que é assumir casos  que causam antipatia popular, e a necessidade de ser bem remunerado por isso. 

Porém, a forma como tudo é divulgado, postado e transmitido, mídia afora, incluso por colegas,  por magistrados e procuradores, deveria ser motivo de preocupação, não apenas minha, mas de todos os organismos de representação e tutela da advocacia, do judiciário e do ministério público.

Muito profissional envolvido, talvez por se encontrar absolutamente deslumbrado com a oportunidade do próprio protagonismo, não se apercebe que, de tanto advogar para canalhas, termina por patrocinar a canalhice... 


Chicaneiros e manipuladores



Houve, até um tempor atrás - quando não se previa que a lama atingiria o próprio operador do direito em causa, um exagerado destaque para formas e posturas canalhas, arrogantes, que estimularam, no entanto, uma profunda distorção de valores na advocacia.

Essa postura, infelizmente, ainda vigora por aí... e alhures.

Há, também, uma instrumentalização nociva de princípios caros ao Direito, como se a função da norma jurídica fosse a de se prestar a qualquer tipo de interpretação que  proteja poderosos de plantão...

A canalhice não subsiste se não ocorrer simbioticamente. Daí a correspondência clara entre condutas que fariam até a "mulher de Cesar" corar.

De fato, se é cediço que não basta ser honesto, é preciso parecer ser - há quem ache inteligente não apenas não ser... como parecer que não é mesmo...

Essa postura canalha "oficial" integra o chamado "custo Brasil". Ela não apenas envolve corrupção - abrange também a insensibilidade social da burocracia, ciosa dos salários altos que recebe, somados a benefícios nababescos, temperados com aquela perversa sensação de impunidade.

Esta síndrome da arrogância afeta razoável parcela da Administração da Justiça, seja por conta da arbitrariedade recalcitrante, seja pela desonestidade (ainda que praticada por ínfima parcela), seja, também, pela morosidade incrementada pelo comodismo burocrático. Tudo isso contribui para fermentar o caldo de cultura da canalhice no direito nacional e elevar a chicana à categoria de patrimônio jurisprudencial.

Chicana é expediente utilizado pela parte em processo judicial, visando criar dificuldades com base em argumentos maliciosos e irrelevantes, abuso de recursos e uso de formalidades redundantes e dispensáveis.

Há uma certa tolerância no mundo jurídico para com a chicana, quando resulta de ato desesperado ou visa "ganhar tempo" na busca de elementos que realmente importem ao deslinde dos fatos. No entanto, quando a chicana visa desmoralizar as instituições, permitir o uso constante da má-fé,  garantir a manobra capciosa. Quando é utilizada como trapaça ou tramóia para obstar o efetivo cumprimento da lei ou obstruir a justiça, torna-se molecagem intolerável.

Essa molecagem parece estar sendo absorvida por parcela "contaminada" do judiciário nacional - e não raro  a mistura de arrogância, chicana e arbitrariedade engajada, termina por ocasionar estragos profundos no equilíbrio de poderes da república , esfarelando a credibilidade da Justiça.

Bravos e poucos magistrados, é certo, estão empenhados em romper com o círculo vicioso da incompetência, do populismo e da corrupção.  Não por outro motivo, têm sido ovacionados pela população.

Juristas que honram a história da advocacia também se mobilizam, alguns subscrevendo peças importantes para o deslinde de dilemas nacionais - como é o caso do impeachment da presidente petista. Estes também recebem o reconhecimento popular - e suportam estoicamente o achincalhe intentado pela matilha de defensores do malfeito governamental.

Na verdade, há um contraste entre o que sente a opinião pública e o que se opina a respeito desses mesmos magistrados e advogados nos círculos esquerdistas, nas rodinhas de poder e, pior, entre grande parcela de juristas articulados com o poder político e econômico nacional.

Esse contraste é sintomático de uma profunda distorção de valores. Distorção que revela o escárnio, transcende a militância, contraria a deontologia profissional, destrói currículos e mancha biografias.

O conflito, muitas vezes televisionado, reproduzido nas redes sociais, transmite um péssimo sinal para a sociedade. Sinaliza algo muito ruim, também para toda uma nova geração de profissionais. Passa a noção de que a razão do sucesso não está na advocacia digna ou no exercício honrado de um cargo público. Está, sim, na canalhice.

"Informam" certos operadores do direito, à opinião pública, que o cinismo é rentável e a podridão é socialmente aceitável.

Fazem os chicaneiros engajados, uso deliberado da venda que cega a justiça, dando à cegueira um sentido sórdido... para coonestar com peripécias doutrinárias mais afetas à mídia intestina que ao debate sério da causa do Estado Democrático de Direito.

A lama por eles produzida, se espraiou em vários eventos de repúdio ao impeachment e à prisão de políticos. Se reproduziu nas greves e assembleias estudantis, que promoveram e promovem o ódio e estimulam o desrespeito à Justiça.

Com efeito, manifestações desairosas a colegas que exercem o direito constitucional e moral de se indignar, não contribuem para o contraditório - apenas estimulam a canalhice.

Honoré Daumier: O derradeiro conselho de ex ministros sai pela janela, quando a República entra pela porta...


A propósito, os desenhos de Daumier não ilustram esse artigo por acaso. As gravuras nos remetem à farsa que termina ditando a triste realidade.

Há misérias engravatadas, ricas, eruditas e deslumbradas. Nem por isso, deixam de constituir misérias...


Há uma ética a ser seguida

A preocupação deste artigo não é vã. Ela encontra respaldo nas regras de conduta da advocacia.

Reza o Código de Ética da Advocacia Brasileira, art. 2o., VII,  que o advogado deverá abster-se de : 
"a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente;
b) patrocinar interesses ligados a outras atividades estranhas à advocacia, em que também atue;
c) vincular o seu nome a empreendimentos de cunho manifestamente duvidoso;
d) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa humana."

Assim, antes dos desagravos de praxe, das acusações sobre o antes, o durante e o depois, dos debates inúteis sobre as origens de autoria dos favorecimentos entre tucanos e petistas, peemedebistas, pepistas e pecedobistas,  das defesas pomposas de escritórios, juristas, ministros e agregados... deveria todo o mundo jurídico, sem exceção, tomar vergonha na cara e, simplesmente, fazer silêncio. Reduzirem-se aos autos dos respectivos processos.

É certo, como vaticina Esopo, que todo tirano usa de um pretexto justo para exercer sua tirania.

Nesse sentido, tiranetes pululam nos escaninhos e mesas emboloradas do serviço público - como miniaturas do "Inspetor Javert", protagonizando arbitrariedades a título de promover a Justiça. No entanto, o combate às tiranias também não pode servir de pretexto à manutenção da injustiça.

Nesse sentido, é lamentável testemunhar (e moralmente ter que desmerecer), o esforço de articulação da companheirada engravatada, de juristas engajados, na defesa de uma esquerda que tem se comportado de maneira esquerda. Pior ainda quando a defesa se estende aos braços direitos dessa mesma esquerda...

Os arautos da canalhice bem remunerada deveriam calar a boca, para não expelir mais lixo sobre o já poluído lamaçal em que se encontram atoladas a Justiça e a Política brasileiras.

Não merece qualquer respeito, temor e muito menos admiração o que se testemunha hoje, nos debates  pretensamente "jurídicos", em torno das condutas de políticos corruptos, beneficiários da corrupção e suas mazelas junto à justiça criminal.

Pelo contrário, há de se registrar, com firmeza, o profundo desprezo a todo esse opróbrio, coberto de cinismos e posturas igualmente desprezíveis.

O destino é implacável. Queimará a todos na fogueira de suas próprias vaidades, tal qual o incinerador gera seu calor na autocombustão do lixo nele depositado.

Tout d'abord l'avocat! Le courage, pour un avocat, c'est l'essentiel, ce sans quoi le reste ne compte pas *  - ensinava Robert Badinter - o grande jurista e político socialista que lutou para abolir a pena capital na França.

Permanecerá, ao fim e ao cabo, o verdadeiro advogado. O profissional corajoso, heróico e batalhador.

Assim como nos escândalos anteriores, quanto aos canalhas, nada permanecerá gravado na história, apenas a cinza, o opróbrio e o esquecimento...



Nota: 
*Primeiro de tudo, o advogado! A coragem, no advogado, é essencial, caso contrário, o resto não importa...


Antonio Fernando Pinheiro Pedro

Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista e consultor ambiental. Sócio diretor do escritório Pinheiro Pedro Advogados. Integrante do Green Economy Task Force da Câmara de Comércio Internacional, membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB e da Comissão Nacional de Direito Ambiental do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB.  É  Editor-Chefe do Portal Ambiente Legal e responsável pelo blog The Eagle View.


FONTE http://www.theeagleview.com.br/2016/02/quando-fogueira-das-vaidades-queima-lixo.html

Feminista faz performance pedindo para pessoas tocarem em suas partes íntimas

Feminista faz performance pedindo para pessoas tocarem em suas partes íntimas


Artista performática, Milo Moiré veste uma saia trapezoidal formada por superfícies espelhadas; uma abertura retangular na parte dianteira é fechada por uma cortina vermelha. Com um megafone ela convida os transeuntes para chegar na abertura, durante 30 segundos, a fim de tocá-la na vagina. “Eu estou aqui hoje para os direitos das mulheres e da autodeterminação sexual. As mulheres têm uma sexualidade, assim como os homens têm a sua. No entanto cabe as mulheres decidirem por si mesmas quando e como querem ser tocada e quando não querem”, declarou o artista.

Veja outras performances da artista:



Video Player


FONTE http://midialatina.com/brasil/redacao/feminista-faz-performance-pedindo-para-pessoas-tocarem-em-suas-partes-intimas/


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Mais :

01/07/2016 - 17:26





01/07/2016 - 17:26

Durante protesto, feminista convida pessoas a tocarem em suas partes íntimas


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tocando
Uma ativista chamada Milo Moiré causou polêmica ao realizar uma ação no mínimo inusitada em Düsseldorf, Londres e Amsterdam . Ela se colocou dentro de uma caixa para que as pessoas pudessem tocar suas partes íntimas. A ideia, segundo ela, era mostrar que as mulheres podem decidir por si mesmas quando e como querem ser tocadas e quando não querem. “Estou aqui pelos direitos das mulheres e da autodeterminação sexual”.

Na Alemanha é considerado racismo ser estuprada por muçulmanos árabes e africanos

Na Alemanha é considerado racismo ser estuprada por muçulmanos árabes e africanos


Entre os muçulmanos é comum a mulher ser estuprada. Faz parte da cultura deles afirmar que a mulher estuprada é uma adúltera, o que pode levar a morte por apedrejamento.
Com a crise dos refugiados este costume está sendo levado para povos mais civilizados.
Na última festa de passagem de ano na Alemanha mais de mil muçulmanos abusaram sexualmente de centenas de mulheres. A maioria delas foram vítimas de insultos e assédio. Algumas foram estupradas.
Este é um costume cultural dos muçulmanos conhecido como O “jogo de estupro” ou Taharrush.
Trata-se de um grande grupo de homens que cercam sua vítima, normalmente um mulher ocidental ou uma mulher vestindo roupas de estilo ocidental e, em seguida, é submetida a abuso sexual. Eles cercam a vítima em círculos. Os homens no círculo interno são os que abusam fisicamente da mulher, os do círculo em volta são os espectadores, enquanto a missão do terceiro círculo é distrair e desviar a atenção para o que está acontecendo. Se há homens suficientes, a mulher é arrastada juntamente pela multidão, enquanto os homens se revezam rasgando a roupa dela, apalpam-na, e inserem os dedos em seus vários orifícios do corpo e a estupram.
O Taharrush é conhecida no Egito como uma espécie de “abuso sexual mais claro ou estupro coletivo” e ocorreu durante a revolução egípcia (a Primavera Árabe) de 2011, na agitação na praça Tahrir, onde as mulheres egípcias e, em alguns casos jornalistas estrangeiras, foram cercadas por grupos de homens, muitas vezes ter sido tocadas com intenção sexual e parcialmente despidas e estupradas.
Confira o vídeo da “Taharrush”:

Um exemplo que se tornou famoso é da repórter Lara Logan. Uma defensora fanática do “multiculturalismo”, de repente ela se viu rodeada por muçulmanos que a estupraram.
Nesta foto abaixo podemos ve-la alguns instantes antes dos homens a pegarem para o estupro coletivo.
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“Por um longo período de tempo, eles me violentaram com as mãos”, disse Logan em entrevista ao New York Times. Ela estima que o ataque envolveu entre 200 e 300 homens.
“Minhas roupas foram rasgadas”, disse Logan. Ela se recusou a entrar em mais detalhes sobre o estupro, mas disse: “O que realmente me impressionou foi como eles foram implacáveis. Eles realmente gostavam da minha dor e do meu sofrimento. Isso incitava ainda mais violência”.
Antes do estupro, Logan disse que não sabia dos níveis de assédio e abuso que as mulheres no Egito e em outros países experienciam. “Eu teria prestado mais atenção à questão se soubesse disso”, disse ela.
Veja mais detalhes aqui.
Casos como esse deveriam fazer com que as pessoas ficassem indignadas com um costume tão bárbaro e tomassem medidas para que isso não se espalhasse entre as culturas mais civilizadas, porém não é isso que acontece.
estupro-alemanha
Na tradução de Senso Incomum podemos ler o seguinte:
Uma vítima da noite em Colônia, chamada apenas de Selina, de 26 anos, deu uma entrevista ao canal de TV SWR relatando como foi aquela noite nojenta. Além de também descrever como os agressores em massa tocavam em seus seios, nádegas e outras partes (com ainda mais azar para as mulheres que estavam de saia), Selina afirma que eles as chamavam de vadia (“bitch”) e puta („Schlampe”), embora não falassem mais nada de alemão. Falar com a horda em alemão produzia efeitos nulos.
Selina afiança que os agressores não queriam apenas roubar celulares, como muitas pessoas aventaram. Ela assegura que eles queriam mais do que celulares: “Eles tinham algo mais em mente. Definitivamente. Estou 100% convicta de que eles queriam algo mais.” Perguntada a respeito do que queriam, sua voz toma notas escuras: “Humilhação. Arrancar minha dignidade. Eu não sei. Me deixar com medo. Satisfação de desejo sexual… Eu não faço idéia.”
[…]
Uma frase de Selina gerou reações desproporcionais por parte dos subservientes ao pensamento classista: que eles seriam muçulmanos.
[…]
Pessoas na internet, no Ocidente nascido da auto-crítica, criaram um novo tormento para a jovem Selina: fizeram um vídeo asseverando que ela é uma racista e uma radical de extrema-direita. Após um trecho de sua entrevista, citam uma foto do dia seguinte da noite de horror em seu Instagram com uma ironia, dizendo que ela estava feliz. Indicação auto-evidente?
O vídeo ainda mostra seu nome completo e o endereço de seu trabalho, tirados de sua página do Facebook. Selina é acusada por não enxergar nenhum branco (sic) entre os agressores, por dizer que eles tinham “pele escura” e pareciam “do sul”, além de falarem majoritariamente “árabe”.
O vídeo se tornou viral, foi visto mais de um quarto de milhão de vezes e foi postado na página de um pregador islâmico tido como radical pela imprensa alemã. Hoje ela conta novamente à SWR que está assustada, e vem recebendo ameaças no trabalho e ataques pela internet.
É curioso pensar em qual tipo de pessoas, fora os próprios muçulmanos, usaria de tal discurso contra Selina e atacaria seu lado, digamos, “retrógrado” por não gostar de ser assediada sexualmente por muçulmanos.

FONTE : http://midialatina.com/brasil/jeffersonulisses/na-alemanha-e-considerado-racismo-ser-estuprada-por-muculmanos-arabes-e-africanos/