sexta-feira, 15 de setembro de 2017

CIÊNCIA E FILOSOFIA

Sem as ferramentas lógicas desenvolvidas pela Filosofia a Ciência tanto teórica quanto experimental não seriam possíveis.
Por exemplo, os princípios Aristotélicos de Identidade, Não Contradição e Terceiro Excluso.
A validade destes Princípios não pode ser determinada experimentalmente, pois todo experimento pede uma conclusão lógica e qualquer conclusão lógica depende da aplicação destes princípios, caindo-se num raciocínio circular.

A Ciência Teórico-Experimental só é possível dentro de um paradigma e este paradigma é filosófico, vide o paradigma Popperiano, fundamento da Ciência Positiva atual.
E sem o discurso científico a Ciência seria apenas técnica, que se situa - espistemologicamente - um grau abaixo.
Não se trata de superioridade ou inferioridade, mas de abrangência.
O Naturalismo é um conjunto de conceitos filosóficos no qual os fundamentos orientativos da Ciência Teórico-Experimental moderna estão contidos. 
A comprovação empírica é um processo racional, portanto pertence ao domínio da razão.
Todas as explicações teóricas dos fenômenos são racionais, modelos mentais que registram conclusões sobre dados empíricos obtidos.
Estes modelos representam a realidade, mas NÃO são a realidade, haja vista que toda teoria científica trabalha modelos ideais, que são ajustados para o real em diferentes graus de aproximação, mas nunca representam a realidade exatamente.
O que atualmente se chama de "o método científico" é uma generalização do que deveria ser chamado de "um método científico" que é o paradigma positivista Popperiano para ciência experimental baseada na falseabilidade.
Existem outros paradigmas científicos, alguns até considerados mais elegantes por quem entende disto.
No mais, o método científico é produto da Filosofia e não existiria sem as ferramentas da lógica analítica ou da abstração matemática.
a ciência é impossível sem as ferramentas da lógica e sem o cabedal filosófico o máximo que a ciência experimental poderia fazer é registrar observações. Qualquer conclusão coerente sobre elas seria impossível. 

ESCRITO  POR MEU GRANDE AMIGO CARLOS LANA

ESCRITO POR CARLOS LANA

O ateísmo tem desafios intelectuais interessantes, como dimensionar uma realidade humana sem Deus na equação.
Uma questão decisiva é como o pensamento ateu pode sustentar uma concepção de moral absoluta. 

Todo absoluto é abstrato.
Significa que um determinado ente se define em si próprio.

Entes que dependem de outros para se definir são relativos.

Um triângulo é uma abstração - NÃO EXISTEM TRIÂNGULOS CONCRETOS - que se define em si próprio, uma figura geométrica plana formada por três segmentos de reta e três ângulos que necessariamente somam 180 graus.

Temos aí uma realidade absoluta e abstrata por definição.

Até onde a Moral pode seguir o modelo é um desafio. 

Sem restrições é irrestrito, completo é autoexplicativo, sem limites é ilimitado.
Nada disto especifica o absoluto.

O que define o absoluto seria o "sem condições". É porque é.

Porque um círculo é um círculo?
Um círculo é um círculo porque não depende de condições para se definir. Em qualquer condição, uma sequência infinita, contínua e unívoca de pontos equidistantes de um ponto central é um círculo.
eu defendo que uma moral que não é absoluta, não é moral.

Exemplo: É imoral matar bebês humanos sob quaisquer circunstâncias.

Eu não posso demonstrar o absoluto desta regra, mas defendo que é impossível relativizá-la.
Relativizar esta regra implica demonstrar que em determinada circunstância, matar bebês humanos pode ser moral.
Eu entendo esta hipótese como autocontraditória, e defendo o absoluto da regra pela impossibilidade da relativização.
O que leva a uma discussão sobre a Natureza da Moral.

Uma Moral relativista se fundamenta no princípio que BEM e mal, certo e errado são definidos conforme a circunstância.

Na Moral Absoluta, BEM e mal, certo e errado se definem a partir de uma hierarquia de valores que são imutáveis. As circunstâncias podem, no máximo, estabelecer atenuantes, mas não alterar a hierarquia de valores.
 
ESCRITO POR MEU GRANDE AMIGO CARLOS LANA