domingo, 22 de outubro de 2017

Coreia do Sul deu salto ao priorizar ensino básico – ao contrário do Brasil


Coreia do Sul deu salto ao priorizar

 ensino básico – ao contrário do Brasil

Enquanto o Brasil gasta muito com ensino superior, 

modelo sul-coreano obteve bons resultados ao focar nos alunos mais novos

Alunos de escola em Suwon, na Coréia do Sul | Heather A. DenbyUSPACOM

Até 35 anos atrás, os sul-coreanos eram mais pobres do que os brasileiros. O PIB (Produto Interno Bruto) per capital do país asiático era inferior ao do Brasil. Hoje, não há comparação possível e os números da Coreia do Sul são três vezes mais altos: em torno de 27.200 dólares contra 8.600 dólares do Brasil, segundo o Banco Mundial. O salto pode ser em grande parte explicado por uma revolução educacional iniciada décadas antes. E a principal razão é clara: diferentemente do governo brasileiro, a prioridade no país asiático são investimentos em educação básica.

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Na Coréia do Sul, por exemplo, os valores gastos com o ensino básico são quase três vezes maiores do que no Brasil: US$ 9,3 mil por aluno ao ano no país asiático contra US$ 3.822 no Brasil, de acordo com dados de 2013 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 
Outros dados da OCDE mostram que, mesmo desconsideradas as diferenças econômicas entre os dois países, a distância é significativa: na Coreia do Sul, para cada dólar investido no ensino básico, 1,50 é aplicado no ensino superior, naturalmente mais caro. Já no Brasil, o desequilíbrio é muito maior: quatro dólares gastos no ensino superior para cada dólar gasto no ensino básico. 
A diferença também está no modelo de investimento. Na Coréia, escolas de ensino médio são subsidiadas em 80% do seu orçamento pelo Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia, enquanto os outros 20% vêm de anuidades pagas pelos pais dos alunos. O ingresso é feito por meio de testes padronizados, administrados pelo governo, que também subsidia a anuidade dos alunos de baixa renda. E o mesmo ocorre no ensino superior, onde todas as universidades cobram anuidades, inclusive as públicas. 
Base sólida 
Os investimentos em ensino secundário e superior cresceram somente após a universalização do ensino primário. Uma parcela deles é voltada para os professores, que são altamente capacitados, tem plano de carreira em regime de exclusividade e altos salários na educação básica - no Brasil, claro, a situação é oposta: professores com maior formação e salários mais altos estão no ensino superior. 
“Encontrei um professor que era autor do livro de matemática usado por todas as escolas do país dando aula para o nível médio. Lá, os melhores professores estão no ensino básico”, diz José Paulo da Rosa, doutor em Educação pela PUC-RS, com uma tese que compara os sistemas educacionais brasileiro e coreano. 
Com altos salários e alta capacitação, a profissão é símbolo de prestígio na sociedade coreana. "Professores são vistos pelas autoridades como cruciais para o projeto nacional e elas não costumam criticá-los publicamente”, afirma Paul Morris, professor do Instituto de Educação da Universidade de Londres. 
Características econômicas e geográficas da Coréia do Sul contribuem para o foco na formação de alta capacidade. “Não temos recursos naturais suficientes; os únicos recursos que temos são os recursos humanos. Então se tivermos todo mundo equipado com educação superior, será melhor para o nosso país”, explica Kim Mee Suk, pesquisador do Instituto Coreano par Saúde e Assuntos Sociais. 
Esse sentimento é reforçado no ambiente familiar; pais são os principais incentivadores dos filhos. O envolvimento paterno na comunidade escolar faz a diferença no desempenho dos alunos, já que as famílias participam diretamente na administração da escola e, conhecendo e participando do processo de gestão, tendem a exigir maior dedicação. 
Valorização 
As diferenças ficam ainda mais evidentes ao final do ensino médio. No Brasil, em 2014, 19% dos adolescentes concluíram o ensino médio na idade certa – até os 17 anos. No mesmo período, 1,3 milhão de jovens entre 15 e 17 anos abandonaram os estudos. Já na Coreia do Sul, 93% dos jovens terminam o ensino médio no tempo correto e o índice de evasão é praticamente inexistente. 
“Ninguém simplesmente abandona a escola”, afirma Chung Chang Yong, diretora da escola feminina Ewha, à ABC News. “Um aluno pode ser transferido para outra escola, mas ninguém abandona. Abandonar a escola é um grande desastre, uma catástrofe. Não acontece, a não ser que seja inevitável.” 
De acordo com o Pisa (Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes), os alunos sul-coreanos lideram o ranking mundial de desempenho em matemática, ciência e leitura. Os resultados práticos são mais jovens ingressando no ensino superior e entrando para o mercado de trabalho como mão de obra altamente capacitada: em 2011, 82% dos jovens sul-coreanos estavam matriculados em universidades, enquanto no Brasil o número frequentando o ensino superior no mesmo ano atingiu 18%. 
As escolas são avaliadas anualmente por grupos externos formados pelas secretarias estaduais de educação. A avaliação não é punitiva; o foco está em recompensar o mérito das escolas e professores com melhor desempenho. Os resultados das avaliações são divulgados publicamente: as escolas com melhor desempenho são recompensadas com bônus do Ministério da Educação; por outro lado, aquelas com desempenho abaixo do esperado recebem aconselhamento administrativo para os pontos que precisam evoluir. 
Os professores também são avaliados pelos diretores das escolas, mas não há autonomia para oferecer recompensa nem punição por desempenho. O que se oferece são pacotes de incentivos para melhorias: um dos maiores é o título de Professor Mestre, que vem acompanhado de um aumento no salário mensal e oportunidades de estudo no exterior. “Não tem segredo. É apenas uma questão de efetivamente de valorizar a educação”, conclui José Paulo da Rosa.
Mesmo quando descontadas as diferenças demográficas e culturais, o salto dado pela Coreia do Sul pode servir de modelo para o Brasil. 

Por que a Espanha deveria deixar a Catalunha decidir

                     Por que a Espanha deveria deixar a Catalunha decidir

O princípio básico da liberdade é a auto-determinação                 
Localizada no nordeste da Espanha, a Catalunha é uma província cujo histórico é complexo: historicamente, ela sempre foi seu próprio principado; porém, e ao mesmo tempo, ela tem sido alternadamente conquistada e reivindicada tanto pela França quanto pela Espanha.
Apesar de todos os esforços para erradicá-lo, a província ainda mantém um idioma próprio. E também possui uma identidade nacional própria. Assim como também possui representantes políticos próprios. De acordo com a mais recente constituição espanhola, a Catalunha possui um certo nível de autonomia em relação ao governo espanhol.
E agora ela quer se separar da Espanha.
Aliás, o termo "agora" talvez seja um tanto enganoso. A Catalunha tem se mostrado contrária ao domínio espanhol já faz um bom tempo, sendo que o movimento de independência política começou formalmente em 1922. O movimento rapidamente ganhou tração e conseguiu fazer com que a região se tornasse politicamente autônoma em relação ao governo espanhol. Mas isso foi antes de estourar a Guerra Civil espanhola, em 1936. Após a guerra civil, o ditador e general Francisco Franco prontamente aboliu a autonomia, em 1939.
Já o atual movimento de independência da Catalunha começou em 2006, com a Catalunha readquirindo uma nova autonomia dentro da Espanha. Desde então, várias e notórias figuras públicas catalãs passaram a fazer campanha ostensiva por um estado independente, e vários referendos simbólicos já foram feitos sobre o tópico, todos eles resultando em um resoluto 'sim' em favor da secessão.
Por causa deste forte apoio, a província da Catalunha marcou um referendo, agora formal e decisivo, para decidir sua independência em relação à Espanha. O referendo será dia 1º de outubro (próximo domingo).
Mas o governo espanhol não está gostando nada disso.
A Espanha responde
O governo espanhol declarou que o referendo é ilegal. Na quarta-feira passada, dia 20 de setembro, soldados da Guarda Civil espanhola deram batidas em vários órgãos do governo catalão e prenderam 14 ativistas, políticos e funcionários pró-independência, vários deles do alto escalão. Também na quarta-feira, o ministro do interior da Espanha anunciou que a Guarda Civil e a polícia nacional estarão em massa na Catalunha para impedir a realização do referendo, o que aumentou enormemente as tensões.
Em uma entrevista à Bloomberg, o ministro das relações exteriores da Espanha, Alfonso Dastis, declarou: "Essas pessoas [separatistas] estão, na prática, tomando atitudes nazistas, pois estão colocando cartazes com os rostos de todos os prefeitos que não estão querendo participar desta farsa." E prosseguiu dizendo que "Um referendo não é a mesma coisa que democracia. O general Franco organizou dois referendos."
Perceba que a tática é sempre a mesma, em qualquer país: quem não concorda com você é um nazista. No entanto, o senhor Dastis está errado: um referendo é exatamente a mesma coisa que democracia. Não faz sentido defender eleições majoritárias, mas se opor a referendos. Quem defende um tem necessariamente de defender o outro.
E, por mais que eu seja um cético em relação à democracia e à escolha de um governo pela maioria, é fato é que os cidadãos da Catalunha estão tendendo decidir, de maneira estritamente pacífica e não-violenta, se quere ser um estado independente. Já o governo espanhol está violentamente interferindo nesta tomada de decisão. Isso sim é anti-democrático, e não o referendo em si.
Escalada de tensões
É perfeitamente possível entender por que a Espanha quer manter a Catalunha. Trata-se de uma região extremamente industrializada, a qual, apesar de seu tamanho relativamente pequeno, possui o maior PIB dentre todas as províncias espanholas. Logo, é compreensível que o governo espanhol não queira abrir mão deste cofre, especialmente quando se considera quanto a economia espanhola ainda continua combalida.
No entanto, criminalizar o direito de auto-determinação não é uma maneira de manter a Catalunha.
Mesmo porque um referendo sobre a independência da Catalunha nem sequer é uma garantia de que haverá secessão em relação à Espanha. Pesquisas feitas dois meses atrás mostraram que 49,4% dos catalães eram contra a independência. Dito isso, quanto mais tirânico e opressivo o governo espanhol se comportar em relação aos catalães, maior a probabilidade de eles quererem a independência. As ações do governo espanhol já geraram violentos protestos em Barcelona, a capital da Catalunha. Carles Puigdemont, o presidente da generalidade da Catalunha, rotulou os ataques de 'violação aos direitos humanos'. Até mesmo membros do governo italiano — outro país em que vicejam movimentos separatistas — condenaram as ações do governo espanhol.
Toda a situação pode rapidamente sair do controle do governo espanhol. Aguardemos.
Deveria a Catalunha ser independente?
Somente os catalães, e ninguém mais, podem responder a esta questão. Alguns catalães se consideram espanhóis. Outros, não. Vários espanhóis consideram que a Catalunha é parte da Espanha. Outros, não.
Mas o que já está realmente claro é que há milhões de catalães (há 7,5 milhões de habitantes na Catalunha) que se consideram politicamente dominados e usurpados de sua soberania, e ressentem isso. Sendo assim, por que eles deveriam continuar vivendo sob um governo espanhol, sendo que sua história, sua cultura e seu idioma não são espanhóis?
Essa é uma pergunta justa e direta, para a qual as democracias ocidentais não têm uma resposta fácil. Se a intelectualidade ocidental venera tanto a democracia, ao ponto de dizer que as eleições democráticas são sacrossantas, então os resultados também teriam de ser sacrossantos, independentemente de quais sejam. Será que os democratas realmente defendem a democracia? A realidade é que não. Para eles, a democracia só é boa quando concordam com seus resultados.
Ludwig von Mises já havia resumido sucintamente o problema em seu livro Liberalismo — Segundo a tradição clássica:
A circunstância de se ver obrigado a pertencer a um estado, contra a própria vontade, por meio de uma votação, não é menos penosa do que a circunstância de se ver obrigado a pertencer a esse estado em razão de uma conquista militar.
Certamente, há vários indivíduos que se sentem como os catalães em vários países do mundo. Eles não consideram que o governo central seja legítimo (independentemente de como este governo foi formado) e represente seus verdadeiros interesses. Mais: eles sentem que "seu" governo não só não os representa, como também lhes é abertamente hostil. Por que obrigar tais pessoas a continuar sob este jugo?
A secessão deveria ser permitida para aquelas pessoas de quem discordamos?
Mas há também outras questões extremamente pertinentes sobre o que uma Catalunha independente realmente significaria, não só para a economicamente combalida Espanha, mas também para a vizinha França e o resto da União Europeia.
Há quem argumente que a Catalunha é a Espanha, e que suas antigas reivindicações de independência nada mais são do que um movimento nacionalista repleto de propagandas falsas com o intuito de criar um movimento político. Segundo essa crítica, os separatistas seriam espertalhões à procura de mais poder político, e estariam fazendo isso se aproveitando de um sentimento minoritário.
Ainda que seja verdade, isso não aborda a questão fundamental, que é a da auto-determinação. Logo, a principal questão continua sem resposta: deveriam os catalães ser proibidos de tomar suas próprias decisões, ainda que estas decisões sejam "ruins" e contrárias ao que nós (ou a Espanha ou a União Europeia) pensamos?
Sim, é fato que algumas pessoas ficariam em pior situação em caso de uma Catalunha independente. Porém, de mesma maneira, alguns espanhóis também ficarão objetivamente em melhor situação como resultado de não mais estarem politicamente presos à Catalunha. No mínimo, não mais teriam de lidar com políticos catalães enviados a Madri para impor ao resto da Espanha regulações, tributos, subsídios e tarifas protecionistas que supostamente são do interesse exclusivo da Catalunha.
Trata-se de uma questão factual complexa, e ambos os lados têm argumentos. Mas o fato crucial é este: se uma Catalunha independente estará em melhor ou pior situação é algo altamente subjetivo, não cabendo a nenhum de nós decidir.
A auto-determinação sempre deve ser o supremo objetivo político
O que nos leva ao ponto principal: a auto-determinação. É isto, e apenas isso, o que deve conduzir toda e qualquer medida política.
Para os libertários, a auto-determinação é o supremo objetivo da política. Em termos puramente políticos, auto-determinação é liberdade.
Em um mundo ideal, a auto-determinação se estenderia até a menor das minorias, que é o indivíduo, o qual deve usufruir uma completa soberania política sobre sua vida. Afinal, se você não gosta do governo sob o qual vive, deve ter o direito de se separar e criar um outro.
Porém, em um mundo imperfeito, os libertários deveriam sempre defender governos menores e mais descentralizados como sendo uma medida pragmática rumo a uma maior liberdade. Nosso objetivo deve ser o de fazer regredir poderes políticos sempre que possível, retirando-os da esfera federal e centralizadora e devolvendo-os a estados e, melhor ainda, municípios autônomos. O objetivo sempre deve ser a descentralização, fazendo com que estados grandes e centralizadores sejam menos poderosos. Barcelona sempre será menos perigosa que Madri. A legislatura de um estado americano sempre será menos temível que o Congresso em Washington.
Alguns libertários costumam argumentar, de maneira nada prática, que a secessão é uma coisa negativa porque "cria um novo estado". Mas este é um ponto de vista bastante simplista, dadas as realidades geográficas do planeta Terra. A menos que alguém esteja formando um novo estado situado completamente em águas internacionais, ou na Antártida, ou no espaço sideral, a criação de qualquer estado novo terá necessariamente de ocorrer à custa de algum estado existente.
Assim, a criação de um novo estado — por exemplo, na Catalunha — seria feita à custa do atual estado conhecido como "Espanha".  Por causa da secessão, o governo espanhol seria privado de receitas dos impostos dos catalães e das vantagens militares do território. 
Consequentemente, o estado que perde território torna-se necessariamente enfraquecido. (Vale lembrar, por exemplo, como a dissolução da URSS em dezenas de novos países enfraqueceu aquele estado. Mesmo a divisão da Tchecoslováquia em República Tcheca e Eslováquia também foi um golpe ao poder centralizado.)
Portanto, a secessão, em vez de ser vista como apenas "um ato que cria um novo estado", deve ser vista como um ato que enfraquece um estado existente.
Adicionalmente, além de enfraquecer estados, a vantagem, pela perspectiva do indivíduo, é que ele agora tem à sua disposição dois estados para escolher, onde antes havia somente um. Agora, o indivíduo tem mais opções: ele pode, mais facilmente, escolher um lugar para viver que seja mais adequado ao seu estilo de vida pessoal, ideologia, religião, grupo étnico e assim por diante. Um mundo composto de centenas, milhares ou mesmo dezenas de milhares de estados (ou de regimes de diversos tipos) ofereceria muito mais escolhas para os residentes que desejassem mudar sua situação de vida.
Mais: governos pequenos possuem vários concorrentes geograficamente próximos. Se um governo passar a tributar e a regulamentar mais do que seus concorrentes, a população emigrará, e o país sofrerá uma fuga de capital e mão-de-obra. O governo ficará sem recursos e será forçado a revogar suas políticas confiscatórias. Quanto menor o país, maior a pressão para que ele adote um genuíno livre comércio e maior será a oposição a medidas protecionistas.
Tudo isso é extremamente saudável para a liberdade. Separatismos nos deixam mais próximos do objetivo supremo, que é a auto-determinação em nível individual. É sempre positivo para liberdade reduzir o número de indivíduos sobre os quais um determinado governo pode exercer sua autoridade.
A secessão fornece um ambiente que genuinamente tolera a diversidade, pois cria um arranjo em que pessoas de cultura, religião e comportamento distintos não estão todas sob a mesma canga estatal e não mais são obrigadas a conviver sob as mesmas regras.  A secessão fornece um arranjo que permite que pessoas com visões e interesses completamente divergentes vivam pacificamente como vizinhos, em vez de serem obrigadas a sofrer sob um mesmo governo central que as joga umas contra as outras.
Toda e qualquer secessão deixa o indivíduo mais próximo do ideal da auto-determinação.
Conclusão
Para que a defesa do princípio da auto-determinação tenha sentido, é necessário permitir que outras pessoas tomem decisões com a quais não concordemos. A concorrência política é algo que só pode trazer benefícios ao indivíduo.
Por isso, deixem a Catalunha se separar, caso assim ela decida.

FONTE http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2772 

EVOLUÇÃO DOS DINOSSAUROS

A EVOLUÇÃO DOS DINOSSAUROS




No fim do período Permiano, que ocorreu entre 245 e 286 milhões de anos atrás, houve uma grande extinção de espécies que habitavam a superfície terrestre. Aproximadamente 90% das espécies que aqui habitavam desapareceram e é provável que isso tenha sido provocado por mudanças climáticas, como o resfriamento da Terra, que formou grandes geleiras, causou a queda no nível dos mares e a seca de lagos e rios.
Na era Mesozoica, o nível dos oceanos voltou a subir, e o clima se tornou mais quente, promovendo o reaparecimento de seres vivos. Embora muitas pessoas achem que os dinossauros viveram todos na mesma época, isso não está certo, pois, durante os 160 milhões de anos em que esses animais dominaram a Terra, muitas espécies de dinossauros surgiram, enquanto muitas outras espécies se extinguiram.
No período Triássico (de 208 a 245 milhões de anos atrás), os répteis começaram a se diversificar e dar origem aos primeiros dinossauros. Muitos especialistas sugerem que os primeiros dinossauros eram carnívoros e predadores, passando, após alguns milhares de anos, a preferir uma dieta vegetariana. O Herrerasaurus é um dos mais antigos dinossauros de que se tem notícia e viveu há aproximadamente 200 milhões de anos. No final do período Triássico, há cerca de 205 milhões de anos, surgiram dinossauros mais evoluídos do que o Herrerasaurus; um deles foi oCoelophysis, um dos primeiros dinossauros que caçavam em grupos.
No período Jurássico (de 144 a 208 milhões de anos atrás), os maiores dinossauros de todos os tempos surgiram: eram os braquiossauros, que mantinham uma dieta baseada somente em vegetais. Mas durante essa época não surgiram apenas dinossauros herbívoros. Os compsognatos eram animais carnívoros que se alimentavam de insetos e pequenos répteis, mas especialistas acreditam que esse dinossauro complementava sua dieta com carniça.
 Durante o período Cretáceo (de 66 a 144 milhões de anos atrás), os grandes dinossauros herbívoros foram sendo substituídos por pequenos dinossauros, também herbívoros, como os triceratops. É importante lembrar que foi durante esse período que surgiu um dos maiores dinossauros carnívoro da época, o tiranossauro, e também outros dinossauros carnívoros menores e que caçavam em grupo, como o velocirraptor.
Foi no fim do período Cretáceo que aconteceu a extinção em massa de milhares de seres vivos que habitavam a superfície terrestre, inclusive os dinossauros.

Por Paula Louredo
Graduada em Biologia

 

POR QUE / POR QUÊ / PORQUE OU PORQUÊ? GRAMÁTICA

Existem várias formas de diferenciar a maneira exata de utilizar os porquês. Entenda em quais situações utilizar cada uma
O uso dos porquês é um assunto muito discutido e traz muitas dúvidas. Com a análise a seguir, pretendemos esclarecer o emprego dos porquês para que não haja mais imprecisão a respeito desse assunto.
Por que
O por que tem dois empregos diferenciados:
Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefinido que, possuirá o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”:
Exemplos: Por que você não vai ao cinema? (por qual razão)
Não sei por que não quero ir. (por qual motivo)
Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado de “pelo qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais.
Exemplo: Os lugares por que passamos eram encantadores. (pelos quais)
Por quê
Quando vier antes de um ponto (final, interrogativo, exclamação), o por quê deverá vir acentuado e continuará com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão”.
Exemplos: Vocês não comeram tudo? Por quê?
Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro.
Porque
É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”, “para que”.
Exemplos: Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois)
Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que)
Porquê
É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.
Exemplos: O porquê de não estar conversando é porque quero estar concentrada. (motivo)
Diga-me um porquê para não fazer o que devo. (uma razão)

Como economizar espaço no HD sem perder performance

Como economizar espaço no HD sem perder performance

hd
Com a distribuição digital tendo chegado para ficar e o tamanho dos jogos ficando cada vez maior, muita gente tem quebrado a cabeça para conseguir ter no HD todos, ou pelo menos boa parte, dos títulos que possui. Eu por exemplo tenho um de 4 TB que está entupido de games e isso porque já andei desinstalando muitos que estavam por lá.
Quando isso acontece costumamos cogitar a compra de um novo disco, mas como nem todos estão dispostos a fazer isso, uma solução seria usar o utilitário Compact, que está presente no Windows 10. Funcionando de maneira um pouco diferente do WinRAR ou do WinZip, neste sistema os arquivos continuam sendo mostrados no Explorer, com eles sendo descompactados em tempo real.
O grande problema deste método é que ele precisa ser executado por linha de comando, o que afasta o interesse de muitos, mas felizmente agora temos uma bela alternativa. Funcionando como uma interface gráfica para o método da Microsoft, o CompactGUI está sendo adotado por muitos jogadores que querem economizar espaço em seus HDs e o motivo é bem claro.
compactguiAcontece que além de fazer com que muitos games fiquem bem menores no disco, os usuários descobriram que desde que o processador utilizados não seja muito antigo, praticamente não há perda de performance ao executar jogos compactados desta maneira e os relatos feitos no Reddit são impressionantes.
Por lá há pessoas dizendo que economizaram 15 GB na pasta do Origin, outras afirmando que o seu Total War Warhammer 2 ficou 8 GB menor e o mais impressionante de tudo é que no geral, sem que os jogos tenham começado a rodar pior. Na verdade, em HDs mais antigos é possível até conseguir algum ganho, já que os arquivos menores seriam carregados pela memória RAM.
Contando com quatro métodos de compactação, é importante que aqueles que forem usar o CompactGUI para jogos evitem o que diminui os arquivos ao extremo, já que isso pode impactar na performance e para ter uma noção do quão menores os jogos ficarão, recomendo dar uma olhada nesta página. Lá podemos ver por exemplo que enquanto um Call of Duty: Modern Warfare diminuirá apenas 168 MB, existem jogos como o Final Fantasy X/X-2 HD que cairão de 37 GB para impressionantes 4,6 GB; ou o Quantum Break, que após passar pela compactação sofrerá uma redução de 67 GB para 15 GB.
Na verdade, o resultado descrito é tão impressionante que parece bom demais para ser verdade e como ainda não consegui realizar alguns testes por aqui, confesso que ainda estou um pouco cético. Porém, com tantas pessoas elogiando o método, acho que vale a pena lhe dar uma chance.