segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Especial Polônia – Os demônios no cinema de Andrzej Wajda Em uma pesquisa que uniu o cinema de Wajda, a literatura de Dostoiévski e, ainda, a incursão do diretor polonês pelo teatro em uma bem sucedida montagem de 'Os Possessos', Jeffis Carvalho lança novas luzes a essa poderosa adaptação.

Especial Polônia – Os demônios no cinema de Andrzej Wajda  

Em uma pesquisa que uniu o cinema de Wajda, a literatura de Dostoiévski e, ainda, a incursão do diretor polonês pelo teatro em uma bem sucedida montagem de 'Os Possessos', Jeffis Carvalho lança novas luzes a essa poderosa adaptação.


Estado da Arte
24 Novembro 2017 | 15h07
Por Jeffis Carvalho
Ora, andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos; rogaram-lhe, pois que lhes permitisse entrar neles, e lho permitiu. E tendo os demônios saído do homem, entraram nos porcos; e a manada precipitou-se pelo despenhadeiro no lago, e afogou-se. Lucas 8:32-33
Os créditos do filme correm sobre imagens de uma paisagem gelada, envolta em névoa. Alguém caminha rapidamente em meio à floresta.  É um homem de pouco mais de 30 anos.  Ele arrasta algo e, ao chegar ao que parece ser o seu destino, passa a cavar desesperadamente. No buraco aberto, joga o que arrastou até ali e o enterra. Corta para detalhes de seus pés amassando a terra fofa sobre o buraco fechado. A música, acentuadamente tensa, pontua toda a cena. O homem é o tipógrafo Ivan Chatov (Jerzi Radziwilowicz) e o que ele acaba de enterrar é uma prensa.
A sequência abre Os Possessos, filme de 1988, que Andrzej Wajda – o grande cineasta polonês morto aos 90 anos, em 2016 – adapta do romance Os Demônios, de Fiódor Dostoiévski. Estamos na Rússia, em 1870, e Chatov faz parte um grupo de jovens revolucionários que quer arruinar o sistema com violência. Eles acham que essa é a única chance de reformar a antiga sociedade russa. Chatov é o responsável pela impressão dos panfletos e outros materiais que proclamam uma nova ordem para a decadente Rússia aristocrática.

Se num primeiro momento acreditamos que ele enterrou a prensa por medidas de segurança, logo percebemos que sua intenção é bem outra. Chatov está de saída do grupo e esconde a prensa para evitar que ela seja usada. A tensão da sequência de abertura é um primor de economia narrativa. Wajda nos faz cúmplices do medo de Chatov das “verdadeiras intenções” de Peter (Piotr, em russo, interpretado por Jean-Philippe Scoffey) e Stavrógin (Lambert Wilson) – o principal mentor do grupo.  A câmera segue Chatov, da cena inicial na floresta, para uma reunião com Peter Stepanovich Verkhovensky – onde encontra o pai deste, Stepan Trofimovich (Omar Sharif); para o apartamento de Kirillov (Laurent Malet); para a estação de trem onde ele espera Nikolai Stavrógin apenas para confrontá-lo. E, finalmente, para a igreja local. A mise en scène de Wajda  não só alinha o espectador com Chatov, mas também o prefigura como protagonista de Os Possessos.  Ao mesmo tempo nos revela o mal daqueles “possuídos” por Stavrógin, porque Chatov deixa cada uma dessas cenas no caminho e segue para seu próximo destino, enquanto a câmera e o espectador permanecemos com os personagens no círculo secreto, testemunhando seus conflitos. Esta técnica – bem como o leitmotiv musical severo e ameaçador que pontua todo o do filme – vai revelando pouco a pouco a natureza diabólica dos antagonistas na novela de Dostoiévski.

Jutta Lampe em cena de ‘Os Possessos’, de Andrzej Wajda.
Os Demônios foi escrito por Fiodor Dostoiévski em 1872. A obra foi motivada por um episódio verídico: o assassinato do estudante I. I Ivanov pelo grupo niilista liderado por S. G Nietcháiev em 1869. O livro é uma alegoria das consequências potencialmente catastróficas do niilismo político e moral que surge na Rússia na década de 1860. No romance, Dostoiévski cria uma cidade fictícia e narra a sua descida ao caos à medida que se torna o ponto focal de uma tentativa de revolução, orquestrada pelo conspirador Piotr Verkhovensky, para favorecer a misteriosa figura aristocrática de Nikolai Stavrogin, que domina o livro exercendo uma influência extraordinária sobre quase todos os outros personagens. Caracterizada no personagem de Stepan Trofimovich Verkhovensky (que é o pai de Piotr Verkhovensky e professor de infância de Nikolai Stavrogin), a geração idealista que sofre a influência ocidental da década de 1840 atua como progenitora inconsciente e é cúmplice indefesa das forças “demoníacas” que tomam posse da cidade.
“Demônios” não se refere aos diabólicos e “possessos” personagens do livro – indivíduos que atuam de várias maneiras imorais ou criminais –, mas, sim, às ideias que os possuem: forças não-materiais, mas vivas que subordinam a consciência individual (e coletiva), distorcendo-a e impelindo-a para uma catástrofe. De acordo com o tradutor Richard Pevear, os demônios são “essa legião de ismos que vieram para a Rússia do Ocidente: idealismo, racionalismo, empirismo, materialismo, utilitarismo, positivismo, socialismo, anarquismo, niilismo e, subjacentes a todos, ateísmo”. O contra-ideal para os demônios (expresso no romance através do personagem de Ivan Chatov) é o de uma cultura autenticamente russa que se destaca na espiritualidade e na fé inerentes ao povo.
Como observou Zbigniew Bienkowski, poeta, tradutor e crítico literário polonês, ao criticar severamente o filme de Wajda, “cada um dos romances de Dostoiévski envolve um drama excelente, consistente, intriga fascinante, uma riqueza de emoções variadas. Parece que nada precisa ser feito, só extrair e filmar”. E aí é dado o maior desafio para Wajda, porque como lembra Bienkowski,  “todas as intrigas, paixões e personagens de Dostoiévski vivem vidas duplas: uma vida de realidade e uma vida de idéias. Esta literatura, tão firmemente enraizada em fatos reais e questões urgentes de sua era, tão física para ser brutal, tão real como vulgar, está saturada de pensamentos, idéias e reflexões sobre o mundo, Deus, religião, sociedade, condição humana, a alma humana (…) certamente, qualquer diretor ambicioso sonha em filmar Dostoíévski. Mas o potencial do filme não é o mesmo que o potencial da literatura. Ou talvez estejamos todos cegos pela arrogância da tecnologia? Se não devemos trair e banalizar Dostoiévski, teremos que filmar também sua filosofia, sua metafísica, sua ética.”
Mas, claro, como cineasta, Wajda não tem a pretensão de transpor  o romance em filme, mas sim adaptá-lo para uma outra linguagem e, ao fazê-lo, manter o seu espírito, a sua abordagem crítica, para preservar a essência de sua reflexão. Ao mesmo tempo, parece que Wajda leu o filósofo da linguagem Mikhail Bakhtin e seu estudo sobre Dostoiévski. Como lembra Cary Emerson, professora da Universidade de Princeton, Bakhtin afirma que “os estudiosos da literatura, deslumbrados com as contribuições de Dostoiévski para a teologia, a filosofia da moral, a psicologia e o nacionalismo russo, não foram capazes de apreciar sua contribuição, ainda mais importante, para arte literária. Bakhtin pretende corrigir essa omissão.(…)  Para ele, ao examinar os graus de consciência no terreno da estética, Dostoiévski criou – ou descobriu, talvez – a polifonia”.  Com essa polifonia, explica Bakhtin, o narrador onipresente, senhor todo poderoso da literatura, cede espaço para uma proliferação de vozes – e Dostoiévski recria, então, o romance – o que confere à narrativa variados pontos de vista.
A polifonia de Os Demônios não é um conceito que se perde na versão cinematográfica. Pelo contrário, Wajda faz dela o seu principal recurso narrativo e estético. Por meio da constante movimentação de um lugar para o outro – o que Bakhtin chama de “aceleração catastrófica da ação” – e diálogo incessante entre os personagens, o cineasta demonstra sua compreensão completa do texto de Dostoiévski. Diz Wajda:
A prosa de Dostoiévski é teatral, seus personagens falam incessantemente, impulsionados pelo desejo de organizar suas relações com os outros e com o mundo por meio de pensamentos expressos em palavras. O palco é o lugar onde é dito. Qualquer pessoa que permita que os personagens de Dostoiévski falem, mesmo que ele não faça nenhuma tentativa de encenar as idéias do diálogo, tem uma chance justa de se aproximar da essência das questões apresentadas nas novelas desse escritor cruelmente talentoso.
Wajda sabe  muito bem disso, afinal, no início da década de 1970, ele mesmo fez uma elogiada adaptação de Os Demônios para o Stari Teatr, de Cracóvia. A sua montagem foi continuamente encenada no Teatro Nacional em Cracóvia por 13 anos, com sessões sempre esgotadas. Passados 40 anos desde que essa adaptação mudou a cena teatral polonesa, em 2011, a ousadia de Wajda foi condensada no documentário The Possessed Years Later, produzido pela Culture.pl. A grande pergunta que o documentário transforma em mote é “como aconteceu que uma jogada explicitamente política superou os censores  da ditadura comunista em 1971?”

Wajda durante um ensaio de “The Possessed”, em Cracóvia. Foto: Wojciech Plewiński/Forum
Wajda diz:
– Eu entendi que, se eu tivesse permissão para organizar Os Possessos, eu poderia fazer qualquer coisa.
E ele fez. O diretor também criou o conjunto memorável do Stari Teatr – um palco ligeiramente inclinado. E sobre ele, narra o documentário, Wajda cenografou o palco “mergulhado em lama na terra arrasada, com um céu cinzento perturbador, sons violentos de guitarra, gemidos e lamentos provenientes dos alto-falantes, com sombras encapuzadas de pessoas mudando as decorações e adereços no ritmo da narrativa.”
No documentário, infelizmente não acessível ao público brasileiro, o diretor conta que interpretar os personagens de Dostoiévski provou ser um verdadeiro desafio para os atores, com ensaios caóticos, discussões desafiadoras e comparações com a adaptação de Albert Camus.  O grande escritor franco-argelino, Nobel de Literatura em 1957, estreou a sua adaptação de Os Demônios em 1959, no Théâtre Antoine, em Paris. Camus declarou, então, que descobriu o romance aos vinte anos, e ele teve uma influência notável sobre o trabalho do escritor francês: “O choque que recebi continua o mesmo após vinte anos.”
Retomo Wajda:
– Os Possessos tornou-se parte de nossa vida. Algo aconteceu, em que todos descobriram um demônio dentro de cada um. Pouco depois da estreia, alguém me perguntou: ‘como você conseguiu criar esse medo em seus olhos?’ Como eles [os atores] conheciam-me, nós trabalhamos juntos antes, nós éramos amigos, eles sabiam que eu estava exigindo algo deles, mas que não era meu capricho, eu estava exigindo algo em nome de Dostoiévski. Nós agarramos a alma russa pela garganta, e essa performance permaneceu em nós não só pelo sucesso que foi, mas o conflito interno que causou em nós – porque dissemos mais sobre nós do que queríamos, nos abrimos diante da audiência e não ficamos envergonhados de mostrar o que Dostoiévski nos ajudou a descobrir sobre nós.
Até a sua versão para o cinema, Os Possessos fez, na definição de Wajda, uma longa, escura e atormentada viagem de 1964 a 1984. “Parecia-me que eu sabia muito sobre esse trabalho”, diz Wajda, “mais do que sobre outras novelas que eu transferi para a tela. Acima de tudo – essa foi a principal fonte do impacto no palco do The Possessed – eu mesmo o adaptei a uma peça de teatro. Então eu não tinha dúvidas de que eu seria capaz de fazê-lo novamente e The Possessed assumiria o comando na tela para impactar o público.”
Na tela, com a ajuda do roteirista Jean-Calude Carrière, Wajda captura a teatralidade de Dostoiévski por meio de sua ênfase nas tensões do confronto verbal. Na montagem, as tomadas são sincopadas com  o diálogo, e os primeiros planos focam nas características faciais expressivas de cada personagem. Uma sequência particularmente reveladora dessa expressividade é a de Stavrogin visitando Chatov com a premissa de adverti-lo sobre o plano do grupo para assassiná-lo.
O confronto é especialmente interessante nos textos de Dostoiévski e na adaptação de Wajda e Carrière, pois reforça as atitudes radicalmente diferentes dos dois personagens – um como a inspiração fria do grupo e o outro fundido com um apaixonado desejo de escapar dele. Enquanto as sequências de Chatov oferecem um vislumbre das “verdadeiras intenções” dos conspiradores, as sequências de Stavrógin e seus interlocutores intensificam sua polifonia diabólica.
Também no tratamento puramente estético que dá ao filme, Wajda transmite toda essa tensão diabólica, e dialógica, de Os Demônios . Ex-aluno de pintura na Academia de Belas Artes da Polônia, Wajda sabe trabalhar dramaticamente a iluminação – ela é de alto contraste das cores para retratar visualmente a luta interna na mente de seus personagens – traduzindo em imagens a proposta literária de Dostoiévski.  Assim, as locações relativas à “ordem estabelecida” (a casa de Stepan Trofimovich e a estação de polícia) são predominantemente sombreadas em azul; já o reino da sociedade secreta (suas casas e lugares de reunião, geralmente iluminados pelo fogo, como os personagens tendem a se encontrar na noite) é freqüentemente apresentado em tonalidades laranjas e vermelhas brilhantes.
Da mesma forma que Dostoiévski permite que o diálogo permeie “em cada palavra do romance, tornando-o dupla-voz, em cada gesto, todo movimento imitado no rosto do herói, tornando-o convulsivo e angustiado”, como destaca Bakhtin,  assim também Wajda aproveita o potencial do filme para retratar os conflitos internos de seus personagens e até mesmo da sua época.

Ivan Chatov (Jerzi Radziwilowicz) em ‘Os Possessos’
No capítulo Três Possessos, de seu livro O Homem Revoltado, Albert Camus escreve que “destruir tudo implica construir sem fundações; as paredes têm de ser mantidas de pé pela força dos próprios braços. Aquele que rejeita todo o passado, sem dele preservar nada daquilo que poderia servir para revigorar a revolução, está condenado a só encontrar justificação no futuro e, enquanto espera, encarrega a polícia de justificar o provisório”. Como um artista que viveu sob dois grandes totalitarismos, Andrzej Wajda talvez seja o artista do século XX que mais entendeu o perigo desse provisório e o seu demônio que faz com que ninguém acredite nele.
Jeffis Carvalho é jornalista, roteirista, cinéfilo e consultor de comunicação.

ESTÃO APRONTANDO!! Maia E Eunício Discutem Previdência: ‘Votação Na Câmara Até 14 De Dezembro’.

ESTÃO APRONTANDO!! Maia E Eunício Discutem Previdência: ‘Votação Na Câmara Até 14 De Dezembro’.

  • 27/11/2017
Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), reuniram-se na tarde deste domingo (26.nov.2017) para discutir a tramitação da reforma da Previdência. “Maia disse que o clima melhorou e vai tentar aprovar a reforma até o dia 14 [de dezembro]”, disse Eunício. “Vamos abrir fevereiro discutindo [a reforma] no Senado, se a Câmara aprovar ainda neste ano”, afirmou.
Segundo o presidente do Senado, o tempo de tramitação da reforma dependerá do texto que a Câmara enviar. O governo tenta a aprovação de uma versão enxutapara conseguir o apoio de 308 deputados na Câmara –projeções de líderes dos principais partidos governistas, no entanto, indicam que o Planalto contaria com cerca de 60% dos votos.
novo texto da reforma manterá a idade mínima para aposentadoria (62 anos para mulheres e 65 anos para homens), as regras de transição e regras especiais, como a aplicada para professores. Ficam de fora as regras para o BPC (Benefício de Prestação Continuada) e para os servidores rurais.
A reforma da Previdência precisa ser feita por meio de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) e precisa ser votada em 2 turnos na Câmara e, em seguida, em 2 turnos no Senado.

MEDIDAS PROVISÓRIAS

O presidente do Senado também cobrou de Rodrigo Maia a votação do projeto que regulamenta a tramitação de medidas provisórias. Eunício afirmou para Maia que as MPs que não chegarem com ao menos 15 dias de prazo de validade no Senado, não serão votadas.
MPs são editadas pelo presidente da República e tem valor de lei. Posteriormente, precisam ser chanceladas pelo Congresso em no máximo 4 meses. Hoje, não há tempo definido para que as MPs sejam apreciadas em comissão especial, na Câmara e no Senado. Com isso, os deputados utilizam quase a totalidade do tempo, enviando as medidas às vésperas de perderem validade para serem analisadas pelos senadores.

A Dramática Situação Do STF: Não Prende Ninguém, Protege Políticos, Indeniza Bandidos E Solta Assassinos

A Dramática Situação Do STF: Não Prende Ninguém, Protege Políticos, Indeniza Bandidos E Solta Assassinos

  • 27/11/2017
O Supremo Tribunal Federal (STF) vive indiscutivelmente a pior fase de sua história e tem, possivelmente, a sua mais medíocre formação.
Em contrapartida é uma Corte onde afloram vaidades, incoerências e leniência com falcatruas e condutas ilícitas.
O STF tem demonstrado cotidianamente uma profunda, lamentável e absoluta despreocupação com a sociedade e com as pessoas de bem, agindo de acordo com a conveniência de seus ministros.
Em casos como o do goleiro Bruno ou do líder de facção criminosa Gegê do Mangue, tem aplicado a letra fria da lei, através da utilização de filigranas jurídicas, para colocá-los em liberdade, em detrimento da sociedade.
Em outros casos, como o da cassação dos direitos políticos da ex-presidente Dilma Rousseff, faz acordo de bastidores e pisoteia a Constituição, em detrimento da nação.
E numa situação como a do senador Renan Calheiros, com uma ficha corrida extensa envolvendo corrupção e inúmeras ilicitudes, faz vistas grossas e nada tem seguimento, alimentando e favorecendo a impunidade, graças ao maldito ‘foro privilegiado’.
E, confrontando-se com a Lava Jato, esta célere, ágil e eficiente, julga favoravelmente a bandidagem, estabelecendo descabidas indenizações, enquanto o povo sofre com a falta de segurança, o péssimo atendimento da saúde e os desmandos da classe política.
por: jornal cidade online

Jatinhos Da FAB: Rodrigo Maia Gastou R$ 1 Milhão Em Viagens Para Casa:

Jatinhos Da FAB: Rodrigo Maia Gastou R$ 1 Milhão Em Viagens Para Casa:




 
 
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), gastou cerca de R$ 1 milhão com a utilização de jatinhos da Força Aérea Brasileira (FAB) para se deslocar até a sua residência, no Rio de Janeiro, nos últimos 12 meses. Incluindo viagens a serviço para diversos estados e para o exterior, a despesa fica em R$ 1,7 milhão. A soma dos gastos dos presidentes da Câmara, Senado e Supremo Tribunal Federal (STF) com jatinhos ficou em R$ 3 milhões no período.
Decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff em 2015, proibiu os ministros de Estado de usar aviões da FAB nas viagens para casa, nos finais de semana ou feriados, mas manteve a mordomia para os presidentes do Legislativo e do Judiciário. A justificativa do motivo da viagem é feita pela autoridade quando faz a solicitação da aeronave ao Comando da Aeronáutica.
Os deslocamentos são feitos em três tipos de aeronaves, todas bem espaçosas – o Legacy, com 15 lugares; o Embraer 135, para 37 passageiros; e o Embraer 145, que pode receber até 50 passageiros. Maia costuma reservar lugar para nove passageiros.
Nos trajetos para casa, os chefes de Poderes da União registram como deslocamento para a “residência” apenas o trecho de ida. O retorno a Brasília, depois do descanso no final de semana, é classificado como “serviço”. Só as viagens de ida para casa de Maia somaram 63.

Entre as viagens a serviço, Maia fez o percurso Brasília-São Paulo 24 vezes. Em apenas cinco dessas ocasiões, a agenda do presidente registra eventos na capital paulista. Nos demais dias, não há programação alguma registrada na agenda. Questionado sobre o motivo dessas viagens, Maia não se manifestou.
Os presidentes em exercício da Câmara também aproveitam a mordomia. Nos dias 17 e 18 de agosto deste ano, o deputado Rodrigo Maia cumpriu agenda no exterior, em Lima, no Peru. No final da tarde do dia 17, uma quinta-feira, o vice-presidente em exercício, Fábio Ramalho (PMDB-MG), partiu em outro jatinho para Governador Valadares. No dia seguinte, participou da Exponor em Teófilo Otoni. Depois, passou por Uberlândia e foi dormir em Belo Horizonte, tudo isso nas asas da FAB.
Senado e Supremo
A despesa do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), com jatinhos é um pouco mais modesta. Os deslocamentos para casa custaram R$ 360 mil neste ano, considerando as viagens de ida e volta. O trajeto Brasília-Fortaleza foi feito 15 vezes. Incluindo as viagens a serviço, foram gastos R$ 543 mil.

A presidente do Supremo, Carmen Lúcia, gastou R$ 436 mil em 48 voos, todos a serviço. Em duas viagens realizadas para Belo Horizonte a serviço não havia agenda oficial. O gabinete da Presidência do STF informou que essas viagens foram realizadas por “motivos particulares”. Outras duas atenderam a compromissos oficiais junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Maia leva seguranças
A Câmara dos Deputados afirmou à reportagem que o presidente da Casa utiliza os voos da FAB respeitando as normas do decreto presidencial nº 4.244/2002. “Pelo decreto, o presidente da Câmara tem o direito de viajar utilizando os aviões da FAB em viagens a serviço e a deslocamentos para seu local de residência permanente, no caso, Rio de Janeiro”, diz a nota.
Sobre a quantidade de passageiros nos voos, a Presidência da Câmara disse que solicita uma quantidade padrão de tripulantes, de acordo com a capacidade das aeronaves da FAB: “O presidente da Câmara sempre é acompanhado pela equipe de segurança da Câmara dos Deputados. Os nomes dos passageiros são informados para a FAB em todas as viagens que são realizadas”.
Custos reservados
A Aeronáutica afirmou que o transporte aéreo de autoridades em aeronaves da FAB segue o estabelecido pelos decretos n° 4.244/2002 e nº 8.432/2015. “As aeronaves podem ser solicitadas por motivo de segurança e emergência médica, viagens a serviço e deslocamentos para o local de residência permanente”, diz nota do Comando.

Sobre o motivo das viagens, esclareceu que “a autoridade solicitante informa a situação da viagem e a quantidade de pessoas que a acompanharão. Após a realização dos voos, as informações são transcritas no site da FAB exatamente como declarado pelo solicitante”.
A Aeronáutica acrescentou que “os custos operacionais das missões em aeronaves da FAB encontram-se classificados no grau de sigilo “Reservado”, pois são considerados estratégicos por envolverem aviões militares”.

Gastos Com Viagens

Viagens Dos Presidentes Da Câmara, Senado E STF Em Um Ano

ÓrgãohorasvoosCusto(em R$)
Câmara3342151,85 milhão
Senado14861821 mil
STF7948436 mil
Total5613243,11 milhões

Custo Das Viagens Por Autoridade

NomehorasvoosCusto(em R$)
Deputado Rodrigo Maia3162051,75 milhão
Senador Eunício Oliveira9844543 mil
Senador Renan Calheiros4815270 mil
Ministra Carmem Lúcia7948436 mil
Deputado Fábio Ramalho2012102 mil


A história não contada dos 11 ministros do STF - Quem são eles?

A história não contada dos 11 ministros do STF - Quem são eles?


Bestializados, os brasileiros assistiram ao julgamento do pedido de HABEAS CORPUS de José Dirceu pelo STF.
Surpresos com a decisão de soltura de um dos maiores ladrões da história e do segundo principal líder da quadrilha petista que destruiu a nação brasileira?
Essa decisão só pegou de surpresa quem não conhece a biografia dos ministros do STF.
O  compromisso dos vendilhões da República não é com a Constituição e com as leis de nosso país, mas com o bom e velho “estamento burocrático”, essa simbiose macabra entre políticos corruptos, burocratas ladravazes e empresários de compadrio.
Vejamos, pois, a biografia de cada uma de Vossas Excelências:
CELSO DE MELLO – indicado ministro pelo dono do Maranhão, José Sarney, depois de trabalhar no seu governo. Dividiu apartamento com José Dirceu nos tempos de estudante universitário em São Paulo. Antes disso, havia sido burocrata no Ministério Público de São Paulo.
MARCO AURÉLIO DE MELLO – indicado ministro por seu primo, o famoso coronel das Alagoas,  Fernando Collor de Mello. Virou ardoroso defensor do PT após sua filha, Letícia de Mello, ser indicada Desembargadora Federal por Dilma Rousseff no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, em 2014. Antes disso, foi burocrata no Tribunal Superior do Trabalho.
GILMAR MENDES – indicado ministro pelo sociólogo marxista, Fernando Henrique Cardoso, depois de trabalhar no seu governo como Advogado-Geral da União. Sua esposa trabalha no escritório do lobista jurídico Sérgio Bermudes, advogado de Eike Batista. Não por coincidência, Gilmar Mendes soltou Eike Batista da cadeia.
RICARDO LEWANDOWSKI – indicado ministro pelo líder da quadrilha petista, Lula da Silva. Sua mãe era amiga pessoal da esposa de Lula, a famigerada Dona Marisa, aquela que mandou os coxinhas enfiarem as panelas no cu. Antes disso, foi secretário da Prefeitura de São Bernardo do Campo, berço do PT e do peleguismo. Durante o julgamento do impeachment de Dilma Rousseff, rasgou a Constituição brasileira ao dividir a votação das penas a que Dilma seria submetida. Com isso, favoreceu a ex-presidente, que não teve seus direitos políticos cassados. Seu filho é advogado no escritório de advocacia Tauil e Chequer, responsável pela compra da refinaria de Pasadena, que lesou milhões de brasileiros e deu início às investigações da Operação Lava-jato. Quem também atua nesse escritório é Luís Inácio Adams, ex-Advogado Geral da União de Dilma Rousseff.
CARMEN LÚCIA – indicada ministra pelo líder da quadrilha petista, Lula da Silva. Foi burocrata na Procuradoria Geral do Estado de Minas Gerais. 
DIAS TOFFOLI – indicado ministro pelo líder da quadrilha petista, Lula da Silva. Foi advogado do PT e assessor de José Dirceu na época do mensalão. Reprovado duas vezes no concurso para juiz do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, foi aprovado pelo Senado Federal para virar ministro do Supremo Tribunal Federal. Tendo sido assessor de José Dirceu, votou pela soltura de seu ex-chefe.
LUIZ FUX – indicado ministro pelo líder da quadrilha petista, Lula da Silva. Antes de sua indicação para o cargo de ministro, reuniu-se com José Dirceu para dizer que “mataria no peito” o julgamento do mensalão. Sua filha, que atuava no escritório de Sérgio Bermudes – sim, o mesmo escritório em que trabalha a mulher de Gilmar Mendes –, foi indicada desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro por Pezão, atual governador do Rio e melhor amigo de Sérgio Cabral, ex-governador preso na Operação Lava-jato.
ROSA WEBER – indicada ministra pela guerrilheira Dilma Rousseff. É uma das melhores amigas do ex-marido de Dilma, Carlos Araújo, ex-assaltante de bancos e advogado de sindicatos em Porto Alegre. Antes disso, foi burocrata no Tribunal Superior do Trabalho.
LUÍS ROBERTO BARROSO – indicado ministro pela guerrilheira Dilma Rousseff. Foi advogado do terrorista Cesare Battisti e defensor do aborto. Seu antigo escritório foi contratado por 2 milhões de reais pela Eletronorte (empresa estatal federal). Antes disso, foi burocrata na Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro.
LUIZ EDSON FACHIN – indicado ministro pela guerrilheira Dilma Rousseff. Pediu votos para Dilma Rousseff na campanha presidencial de 2010. Professor da Universidade Federal do Paraná, apoiou a criação de turma especial para os militantes do MST dentro da Faculdade de Direito. Sua filha, advogada da empresa estatal Itaipu, já foi condenada por litigância de má-fé pelo próprio STF. Foi procurador do Estado do Paraná e, rasgando a Constituição do Estado, exerceu ao mesmo tempo a advocacia privada mesmo estado proibido de fazê-lo.
ALEXANDRE DE MORAES – indicado ministro pelo atual presidente, ex-vice de Dilma Rousseff. Foi secretário de Gilberto Kassab e de Geraldo Alckmin. 
Depois de ler tudo isso, você continua surpreso com a decisão tomada pelo STF de soltar José Dirceu?
Esse é apenas o início do desmonte da Operação Lava-jato e da tentativa de fazer Lula voltar ao poder em 2018.
Momentos antes de sair da cadeia, José Dirceu disse o seguinte:
“Nada será como antes e não voltaremos a repetir os erros. Seguramente, voltaremos com um giro à esquerda para fazer as reformas que não fizemos na renda, riqueza, poder, a tributária, a bancária, a urbana e a política. Não se iludam vocês e os nossos. Não há caminho de volta. Quem rompeu o pacto que assuma as consequências”.
Sob a batuta do STF, os políticos corruptos, os burocratas ladravazes e os empresários de compadrio estão se preparando para a volta de Lula em 2018.
O STF quer matar o Brasil. De que lado você está?
Rui Lacerda
da RedaçãoFONTE https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/5766/a-historia-nao-contada-dos-11-ministros-do-stf-quem-sao-eles