quarta-feira, 22 de junho de 2016

Caso Bolsonaro

Para facilitar o raciocínio:
Prezado Reinaldo: Não sou um "seguidor do deputado Bolsonaro" e, é óbvio, jamais assinaria qualquer petição para tirar você da Veja, mas peço que você preste atenção a estas explicações:

(1) Ao chamar o seu colega de "estuprador", sem a menor provocação, a deputada Maria do Rosário lhe imputou caluniosamente uma conduta criminosa;
SIM OU NÃO?
(2) Ela não o fez no calor de uma discussão, mas por iniciativa unilateral;
SIM OU NÃO?
(3) Ela repetiu a acusação calma e friamente, ao responder "É sim" quando o deputado lhe perguntou "Agora sou eu o estuprador?".
SIM OU NÃO?
Isso denota conduta deliberada.
SIM OU NÃO?
Em resposta, tudo o que o ofendido fez foi uma piada de mau gosto.
SIM OU NÃO?
Interpretar a coisa como apologia do estupro é logicamente inviável. Não creio ser necessário lembrar que ele não disse que a colega MERECIA ser estuprada, o que seria, sim, apologia do crime (aliás cometida pelo sr. Paulo Ghiraldelli impunemente contra a apresentadora Raquel Scheherazade), mas disse que ela NÃO O MERECIA, o que é uma observação sarcástica de ordem estética e nada mais -- injusta, no meu entender, já que a sra. Maria do Rosário não é tão feia assim.
SIM OU NÃO?
O ato do sr. Bolsonaro inclui-se claramente nos dois tipos de atenuantes que a lei brasileira admite para o crime de injúria (a) se a ofensa é emitida EM REVIDE a uma ofensa anterior; (b) se é emitida IMEDIATAMENTE após a ofensa.
SIM OU NÃO?
A conduta da sra. Maria do Rosário não tem atenuante nenhum, tem os agravantes de deliberação e da ausência de provocação.
SIM OU NÃO?
Não há o menor senso das proporções em nivelar a conduta dos dois, muito menos em enxergar maior gravidade nas palavras do sr. Bolsonaro que nas da sra. Maria do Rosário.
SIM OU NÃO?
A inversão da escala de julgamento torna-se ainda mais intolerável quando se conhece o contexto da discussão. O sr. Bolsonaro estava apresentando um projeto de lei que pedia punições mais graves para os estupradores e reduzia o prazo de maioridade penal de modo a que a punição pudesse atingir tipos como o Champinha, um dos estupradores e assassinos mais cruéis que este país já conheceu. A sra. Maria do Rosário, em contraposição, defendia privilégios legais para os Champinhas da vida. As palavras que ela disse ao sr. Bolsonaro revelam um esforço perverso de INVERTER o sentido dos acontecimentos, fazendo do sr. Bolsonaro um apologista daquilo que ele combatia e ela protegia.
SIM OU NÃO?
Sob qualquer ângulo que se examine, a investida geral da mídia contra o sr. Bolsonaro está acobertando a conduta criminosa da sra. Maria do Rosário e falsificando a realidade do que se passou.
SIM OU NÃO?
P. S. - Dar às palavras do deputado Bolsonaro o sentido de que "estupro é matéria de merecimento" é trasmutar um sarcasmo em afirmação literal e expressão formal de um juízo de valor. Se aceitamos esse tipo de manipulação da linguagem e ainda queremos fazer dele a base para uma condenação judicial, então fica difícil criticar o mesmo expediente quando usado pelos petistas.
SIM OU NÃO?

5 provas de que a Rede Globo ajuda a esquerda brasileira









5 provas de que a Rede Globo ajuda a esquerda

 brasileira


















domingo, 12 de junho de 2016


5 provas de que a Rede Globo ajuda a esquerda brasileira

A Rede Globo, tão duramente atacada pela esquerda brasileira, chamada de "direita" e de "golpista", é de longe a emissora que mais ajuda esta mesma esquerda, reforçando diversas de suas bandeiras através de novelas ou mesmo pelo seu telejornalismo. Inclusive, muitos daqueles que são chamados de "extrema-direita", como o crítico e comentarista Arnaldo Jabor, são verdadeiros fanáticos na defesa de ideais de esquerda e até de partidos como o Partido Democrata. O próprio Jabor é defensor ferrenho de Barack Obama e crítico do Partido Republicano, além de ter feito duras críticas ao Papa Bento XVI, considerado por muitos como um representante da fé tradicional católica (nada menos que o desejado para quem segue a fé católica, aliás).

Agora, vamos aos fatos.


Apoio irrestrito e constante ao desarmamentismo.

Em virtude do Massacre de Orlando, na Flórida, a esquerda brasileira já aproveita o gancho para defender mais uma vez o desarmamento civil. Isso, é claro, a despeito do fato de que vivemos no país em que portar arma de fogo é algo quase impossível para civis - exceto para aqueles que desrespeitam a lei, no caso são os criminosos mesmo. Só que a esquerda possui uma aliada, e uma aliada forte, que é a Rede Globo.

Apesar de seu amiguinho da faculdade chamar a Globo de mídia golpista, a verdade mesmo é que organizações como a ONG Viva Rio, provavelmente a maior defensora do desarmamento civil no país, são financiadas diretamente pela Fundação Roberto Marinho. A Rede Globo patrocina há muitos anos essa bandeira. Se você procurar na internet não será difícil achar vídeos da época do referendo em que atores globais (alguns obrigados por meio de contrato, aliás) apareciam na campanha "contra as armas".

A começar, o ator e comediante Leandro Hassum, no programa do Faustão exibido ontem, dia 12, disse que a Flórida (local do atentado) é o estado mais armado dos EUA. Mentira, é claro. A Flórida é o 39º estado americano no ranking de armas per capita. Não bastasse isso, o próprio crime aconteceu em uma chamada "gun free zone", um local em que armas não são permitidas. Ainda sobre o atentado, o grupo Globo, através da Globo News, fez por conta própria trazer a questão do desarmamento novamente à tona, sem que tenha sofrido qualquer pressão da militância. E de quebra ainda ignoraram que o ataque foi feito por um muçulmano filiado ao Partido Democrata (a esquerda americana), fingindo que foi apenas um caso de "homofobia" e, é claro, tentando culpar "a direita".

Outra coisa que a mídia brasileira oculta, por razões puramente ideológicas, é que o estado americano com o menor índice de criminalidade é ao mesmo tempo o que tem maior concentração de armas de fogo, e o contrário é inversamente proporcional. DC é o estado menos armado, com maior rigor no controle, e é o estado com maior taxa de homicídios por armas de fogo, chegando a um número que é cinco vezes acima da média nacional.

Porém, se você não está convencido disso, esta matéria abjeta do Profissão Repórter provavelmente encerrará a questão:



Defesa do feminismo de esquerda.

O feminismo, que surgiu como uma bandeira liberal, há bastante tempo foi usurpado pela extrema-esquerda. Hoje quase todo o movimento é composto por radicais, e a Globo faz questão de dar espaço justamente para este nicho, sem nem mesmo pensar em procurar outras vertentes menos extremistas do movimento. Um exemplo disso, mais uma vez, foi a matéria do Profissão Repórter, feita em dezembro do ano passado. Os "jornalistas" foram atrás de ninguém menos do que Cynara Menezes, a infame Socialista Morena, e procuraram Lola Aronovich, uma extremista pseudo-famosa por um blog chamado "Escreva, Lola, Escreva". 

O que ambas têm em comum? São de esquerda, são radicais, defendem o PT e são basicamente conhecidas por suas postagens absurdamente esdrúxulas sobre economia e temas sociais. No geral apenas repetem jargões da extrema-esquerda e não se importam muito em defender a mulher, mas em defender o feminismo radical e pregar misandria.

No último sábado, dia 11, o programa Altas Horas convidou um conhecida feminista de esquerda, uma garota que faz vídeos no Youtube sobre o cotidiano feminino e que frequentemente defende o feminismo radical, a também infame "Jout Jout".


Novelas com personagens caricatos para atacar "a direita".


Uma das últimas novelas das nove que a Rede Globo exibiu tinha em seu elenco Marcos Palmeira, conhecido ator global. Na tela ele interpretava um personagem que reunia algumas características peculiares, a começar por ser aberta e declaradamente homofóbico. Ele também fazia comentários racistas, falava mal de mães solteiras, era um político corrupto e de quebra ainda traía a esposa. Ah! Ele era evangélico também. A novela era "Babilônia", e o personagem, Aderbal, interpretado por Marcos, era a personificação do espantalho da direita brasileira.

Em toda a trama era possível ver os padrões. Aderbal frequentemente falava jargões como "temos que defender a família tradicional" ou "esses gays são uma aberração". A mãe de Aderbal era interpretada pela excelente atriz Arlete Salles, e ela era comparsa do filho. Ambos chegavam a se declarar conservadores em diversos momentos da novela, e toda essa imagem era associada a muita corrupção e discriminações de toda espécie. Basicamente, o personagem reunia todos os defeitos possíveis e era tratado como um exemplo da "direita conservadora".

Infelizmente, este não foi o único caso em que novelas da Globo retrataram personagens desta maneira. A novela "Amor à vida", que tinha em seu elenco Mateus Solano como o personagem Félix, também era recheada de esterótipos semelhantes. E o mesmo pode ser observado em outra novela intitulada "Em família", cuja personagem principal foi interpretada por Bruna Marquezine. Isso, é claro, para citar algumas entre as últimas.


Malhação e a forçação de barra

A última versão da eterna novela Malhação conta com algumas bizarrices e forçações de barra no mínimo hilárias. Um exemplo disso foi, logo no início da trama, uma sistemática abordagem sobre o tema das doenças sexualmente transmissíveis. Claro, não há problema algum que uma novela voltada para adolescentes fale sobre esse assunto, exceto se o roteiro em questãobanalizar a AIDS como se fosse um resfriado qualquer e não uma das doenças mais perigosas do mundo!

Em episódios já passados da novela, dois personagens contraem HIV de uma forma, digamos, "inusitada", que é durante um jogo de basquete. Eles esbarram um no outro e pimba! HIV na veia, literalmente. Isso gera todo um enredo mirabolante em que professores e pais de alunos sugerem proibir os alunos com o vírus de praticarem aulas de educação física, o que é um tremendo exagero dada a absurda falta de realismo no caso. Como reação, professores que são aparentemente pró-HIV ficam contra estes pais, mas não por eles estarem exagerando, o que seria normal, e sim porque segundo estes professores o HIV "não é assim tão ruim".

Ok. Sabemos que algumas pessoas hoje em dia conseguem ter uma vida relativamente normal com o vírus, mas tratá-lo com tamanha banalização e sequer mencionar que a "melhor" forma de pegar a doença é através de sexo desprotegido, qual é? Só mesmo pessoas inebriadas por uma ideologia estúpida seriam capazes de tamanha atrocidade moral.

Outra das grandes palhaçadas contidas na novela foram os episódios referentes ao fechamento de uma escola. No roteiro, a escola seria fechada pelo governo do estado e os alunos se uniram para impedir o fechamento, chegando a ocupar o espaço para evitar o encerramento das atividades. Em um capítulo os alunos chegaram até a enfrentar a polícia. Isso fez você lembrar de algo similar ao que tem acontecido em São Paulo desde o ano passado?

Pois é. O roteirista da novelinha não tentou esconder o viés político. Ali, os jovens são heróis retratados como vítimas de um governo tirânico que fecha escolas por pura maldade. A referência clara de uma propaganda anti-Alckmin, tido por eles como "extrema-direita", não deixa muita dúvida sobre a inclinação ideológica do sujeito.


Cobertura jornalística baseada em eufemismos e manchetes incompletas ou desnecessárias.

Quem leu meu artigo sobre a presidente Dilma Rousseff e a morte do jornalismo pode ter uma boa noção do que digo. A Globo e seus veículos de jornalismo fazem coberturas no mínimo suspeitas dos eventos políticos do país. A começar, temos o caso bizarro de uma matéria sobre Michel Temer, no dia seguinte a sua posse, cujo título foi "Na escola, Temer tinha dificuldades com matemática", seguida por um subtítulo que dizia: "Presidente interino tem, hoje, desafio de recuperar economia."

Não é preciso ser nenhum gênio para entender a tentativa do "jornalista" em questão, que era simplesmente tentar induzir o leitor a conclusão de que Temer jamais poderia cumprir seu desafio por ser "ruim em matemática". Isso, é claro, a despeito do fato de termos um ex-presidente semi-analfabeto que com certeza era tão ruim em matemática quanto em qualquer outra coisa.

No artigo sobre a morte do jornalismo também coloquei algumas manchetes que amenizavam a barra de Dilma, como esta:


O que esta manchete visa ocultar é que na realidade Dilma, nossa quase ex-presidente, foi quem definitivamente gastou abusivamente com os cartões corporativos. Citar o "Planalto" da a impressão de que foram muitas pessoas, enquanto a verdade é que a presidente torrou só no último mês mais de R$ 60 mil só em comida, o que basicamente significa que ela passou o mês a base de vinho importado, caviar e champanhe, pois nem se eu comesse picanha no almoço e no jantar conseguiria gastar sequer a metade disso.

Outra coisa no mínimo interessante é que o Jornal Nacional, no dia 18 de março deste ano, quando Lula foi levado coercitivamente para depor, mostrou na íntegra todo o discurso do ex-presidente feito no Instituto Lula. O detalhe é que não era necessário mostrar tudo, apenas uns trechos necessários ao entendimento. O editorial do JN optou por mostrar o discurso completo, além de mostrar a nota publicada pelo instituto e a declaração que Lula deu à imprensa. Nunca vi tanto direito de defesa concedido assim, gratuitamente.


A verdade, no fim, é que a programação da Rede Globo e seus veículos possui uma clara inclinação pela agenda de grupos de esquerda. E não é de hoje. Este artigo trouxe cinco evidências disso, mas poderia trazer outras dez se necessário. Por enquanto vamos manter assim para não deixar o artigo longo demais.

Quatro coisas que as feministasprecisam entender sobre evolução



 LEANDRO NARLOCHO CAÇADOR DE MITOS

O caçador de mitos

Uma visão politicamente incorreta da história, ciência e economia

SOBRE

Jornalista, foi editor da revista Superinteressante e repórter de ciência de Veja. Escreveu o bestseller Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, entre outros. É mestre em filosofia pela Universidade de Londres.

Quatro coisas que as feministas

precisam entender sobre evolução

da natureza humana

Não há motivo para feministas rejeitarem argumentos baseados na biologia, pois nada na natureza mostra que as mulheres estão fadadas a uma posição inferior

Por: Leandro Narloch  
1. Quando alguém diz que existe natureza humana, que homens e mulheres por natureza tendem a certos comportamentos, não está necessariamente dizendo que o natural é melhor. Isso seria cair na falácia naturalista. Constatar, por exemplo, que mulheres em geral se apegam mais a crianças pequenas é bem diferente de afirmar que “por isso as mulheres devem ficar em casa cuidado dos filhos”. A pessoa tem todo o direito de ignorar ou tentar contrariar pressões evolutivas.
2. Quando alguém diz que existe natureza humana, não está dizendo que instinto é destino. Rotweilers e pitbulls tendem obviamente à violência, mas não é difícil encontrar rotweilers e pitbulls mansos. O comportamento é um livro escrito pela metade. Nascemos com todos os capítulos um pouco escritos pela genética; o ambiente se incumbe de completá-los.
3. Quando alguém diz que existe natureza humana, não está entrando numa conversa conveniente aos homens. Pois em diversos pontos a seleção natural favoreceu as mulheres. Homens pagam mais no seguro de carro, sofrem mais quedas e acidentes e em qualquer tribo ou civilização que pingou pela história cometeram a maioria dos assassinatos. Também são a imensa maioria dos presidiários. Pois são naturalmente mais violentos, têm menor tolerância a injustiça e pouca aversão ao perigo.
4. Quando alguém diz que existe natureza humana, não está necessariamente utilizando esse discurso para justificar uma ou outra posição política. A liberdade científica exige que cientistas estudem e tracem conclusões sem ter de pensar nas implicações políticas de suas descobertas. Do mesmo modo, feministas não devem rejeitar a psicologia evolutiva por acreditam que ela seja inconivente ao feminismo. O final do trecho abaixo, retirado do livro The Evolution of Morality, do filósofo Richard Joyce, resume bem essa história:
Suponha que a psicologia evolutiva revele que a mente humana é adaptada para viver num grupo familiar estendido. Por si só essa descoberta não justificaria esse comportamento, não mostraria que ele é inevitável, e sequer mostraria que esse modo de vida tem mais chances de nos fazer felizes. (Quem disse que a seleção natural prefere organismos felizes?) E mesmo que a psicologia evolutiva acabasse tendo implicações políticas, então que assim seja! O costume de deixar preferências políticas determinarem nossa aceitação a teorias científicas, de recusar uma teoria independentemente de sua base empírica só por causa do incômodo de suas implicações políticas, nunca mereceu, até agora, que eu saiba, um lugar entre as virtudes da investigação intelectual.
Quando se irritam com argumentos biológicos sobre o comportamento humano, feministas pensam dos teóricos racialistas do século 19. De lá para cá, no entanto, o debate avançou um bocado. Vale a pena se atualizar.