sábado, 28 de janeiro de 2017

JOAQUIM BARBOSA COBRA INTERVENÇÃO FEDERAL NO BRASIL



JOAQUIM BARBOSA COBRA INTERVENÇÃO FEDERAL NO BRASIL



É prerrogativa da ministra presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, pedir uma intervenção a qualquer momento caso seja comprovada a necessidade para fins de apuração de descumprimento da ordem no país.
O ex-ministro Joaquim Barbosa utilizou sua rede social para instar a ministra Cármen Lúcia para que peça intervenção federal. Veja o que eles escreveu:
“O que mais precisa acontecer para definitivamente nos conscientizarmos de que estamos sendo governados por criminosos? Em confirmado este crime, está mais do que na hora da Min Carmen Lúcia pedir a intervenção’, postou Joaquim Barbosa em sua página no Facebook.”
Cármen Lúcia pode e tem assegurado o direito constitucional para pedir uma intervenção federal. É o que garante a Constituição.
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário;
II – no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral;
III – de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal. (Redação da EC 45/2004).
§ 1º – O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembleia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas.
§ 2º – Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembleia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas.
§ 3º – Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.
§ 4º – Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal.
Uma seguidora do ex-ministro Joaquim Barbosa, indagou: ‘Por isso você renunciou Joaquim Barbosa, deve ter sido ameaçado e esse que morreu vai ser substituído por outro que já foi escolhido por Temer, antes mesmo de sua morte que nos deixa imaginar que foi premeditada. Quantos morrerão ainda? Brasil pede clamor. Que horror!


sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Fifa diz que títulos antes do Mundial de 2000 não são considerados oficiais



Fifa diz que títulos antes do Mundial de 2000 não são considerados oficiais

Em nota divulgada nesta sexta, entidade é clara ao afirmar que 1º campeão do mundo é o Corinthians. Copas Rio e Intercontinental são chamadas de "nível mundial"

Por Rio de Janeiro e São Paulo
Rincon Luisão Vampeta Corinthians 2000 (Foto: Ag. Estado)Luisão beija a taça do Mundial de Clubes da Fifa de 2000, o primeiro organizado pela entidade oficialmente (Foto: Ag. Estado)
Um comunicado enviado pela Fifa nesta sexta-feira ao jornal "O Estado de S. Paulo" reavivou uma polêmica que vem se arrastando há anos: os times que conquistaram os títulos da Copa Rio (Palmeiras, em 1951, e Fluminense, em 1952) e da Copa Intercontinental (os brasileiros foram Santos, em 1962/1963, Flamengo em 1981, Grêmio em 1983 e São Paulo em 1992/1993) podem ser chamados de campeões mundiais? Segundo a entidade, não.
Após anos respondendo de forma política aos questionamentos dos clubes e imprensa, a Fifa usou objetivamente o termo "campeões mundiais de clubes" para dizer que só considera de forma oficial os vencedores do Mundial organizado por ela em 2000 (Corinthians) e de 2005 (São Paulo) em diante (Internacional ganhou em 2006 e o Timão voltou a vencer em 2012).
Em 2006, antes do início do terceiro Mundial de Clubes da Fifa (chamado em inglês de Fifa Club World Cup), o ex-presidente Joseph Blatter afirmou: para a entidade, o Corinthians era o primeiro campeão do mundo. Porém, o tema ganhou força nos anos seguintes, principalmente pelo empenho do Palmeiras em ter a Copa Rio de 1951 reconhecida como primeiro Mundial. Em 2007, o ex-secretário-geral Urs Linsi enviou um fax da Fifa ao clube reconhecendo o título. Um mês depois, a entidade divulgou um comunicado afirmando que o caso ainda estava sendo estudado. Em dezembro, Blatter voltou a negar a conquista como um feito oficial:
- O Comitê Executivo tomou neste sábado a decisão e é definitiva. O campeão do primeiro Mundial de Clubes é o Corinthians.
Desde então, vários comunicados foram enviados à imprensa chamando as Copas Rio e Intercontinental de "competições a nível mundial" ("worldwide club competitions" nas versões em inglês), o que gerou interpretações diferentes no Brasil e até notícias que o título mundial de Palmeiras, Fluminense, Santos, Flamengo, Grêmio e os dois primeiros do São Paulo seriam oficializados. Nesta sexta, a Fifa foi mais clara no último parágrafo de sua nota enviada ao "Estadão" - e ao GloboEsporte.com em seguida - e não deixou mais dúvidas. O texto na íntegra, traduzido, é:
“Na reunião em São Paulo no dia 7 de junho de 2014, o Comitê Executivo da Fifa concordou com o pedido apresentado pela CBF de reconhecer o torneio de 1951 entre clubes europeus e sul-americanos como a primeira competição de clubes a nível mundial e a Sociedade Esportiva Palmeiras como a vencedora.

A Fifa reconhece e valoriza as iniciativas de se estabelecer competições de clubes em nível mundial através da história. Esse é o caso dos torneios envolvendo clubes europeus e sul-americanos, tais como a pioneira Copa Rio, disputada em 1951 e 1952, e a Copa Intercontinental.

No entanto, só em 2000 a Fifa organizou a primeira Copa do Mundo de Clubes da Fifa, com representantes das seis confederações. Os vencedores desta competição, que se realizou anualmente a partir de 2005, são os considerados oficialmente pela Fifa como campeões mundiais.”
Réplica Taça Rio 1951 festa Palmeiras (Foto: Felipe Zito)Réplica da taça da Copa Rio vencida pelo Palmeiras em 1951, chamada pela Fifa de "torneio de nível mundial" (Foto: Felipe Zito)

O comunicado é bem parecido com os últimos divulgados pela entidade sobre o tema, em 2014 e 2015, que geraram interpretações dúbias. Veja: 
“Na reunião em São Paulo no dia 7 de junho de 2014, o Comitê Executivo da FIFA concordou com o pedido apresentado pela CBF de reconhecer o torneio de 1951 entre clubes europeus e sul-americanos como a primeira competição de clubes a nível mundial e a Sociedade Esportiva Palmeiras como a vencedora. 

No que diz respeito à Copa do Mundo de Clubes da FIFA, a primeira edição do torneio foi disputada em 2000 e seu vencedor foi o Corinthians".
Na prática, a Fifa nunca tratou o Palmeiras como primeiro campeão mundial de clubes. Mas, por usar termos como "nível mundial", gerou interpretações diferentes. Com o Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014, o contato entre dirigentes da entidade e cartolas brasileiros ficou mais próximo e o tema passou a ser colocado em questão em algumas reuniões da organização. Ex-secretário-geral e homem forte da Copa, Jérôme Valcke ficou em cima do muro ao ser questionado sobre o assunto em 2013:
- Os que venceram a Copa Toyota e a Copa Intercontinental são campeões. Mudar a fórmula é normal, aconteceu muitas vezes mesmo com a Copa do Mundo. O importante é que uma competição sempre deixa um campeão, e isso fica para a história – disse. 
Até o ex-ministro do Esporte, Aldo Rebelo - torcedor declarado do Palmeiras -, entrou na história e chegou a anunciar, em 2014, que o Comitê Executivo da Fifa havia reconhecido o Palmeiras como primeiro campeão mundial com o título da Copa Rio de 1951. No entanto, não há nas atas das reuniões do comitê qualquer menção a esse reconhecimento.
- A glória de ter sido o primeiro campeão mundial de clubes é do Palmeiras. Agora, a honra de ter organizado o campeonato pode ser da Fifa ou não - disse Aldo nesta sexta ao GloboEsporte.com, por telefone, ao ser informado do novo comunicado da entidade.
Em 22 de julho de 2016 - aniversário do título da Copa Rio -, o perfil oficial da Fifa no Instagram fez um post em homenagem à conquista e usou a expressão em inglês "first intercontinental world club champions" (algo como "primeiro campeão intercontinental mundial de clubes") para se referir ao Palmeiras, o que levou a torcida do Verdão a comemorar um "reconhecimento" da entidade.

FONTE : http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2017/01/fifa-diz-que-titulos-antes-do-mundial-de-2000-nao-sao-considerados-oficiais.html


Nova regulamentação da Fifa não reconhece título do Flamengo em 81 como Mundial


Nova regulamentação da Fifa não reconhece título do Flamengo em 81 como Mundial








Além do Flamengo, São Paulo, Santos e Grêmio não podem ser considerados vencedores em torneios considerados como interncontinetais

Rio - A nova Fifa do presidente Gianni Infantino não reconhece como "oficial" o título do Palmeiras de campeão mundial de clubes, de 1951, e nem qualquer outro disputado no Japão durante entre os anos de 1960 até o anos de 2004, exceção feita ao Corinthians que venceu o Mundial de Clubes de 2000, disputado no Brasil. Para a organização com sede em Zurique, apenas os vencedores dos torneios a partir de 2000 são "considerados oficialmente pela Fifa como campeões mundiais de clubes". Dessa forma clubes como Palmeiras (1950), Fluminense (1952), Santos (1962 e 1963) Flamengo (1981), Grêmio (1983), São Paulo (1992 e 1993) não podem ser considerados campeões mundiais de clubes, segundo a FIFA. 






Fluminense tem a taça da Copa Rio de 1952 em sua sedeDivulgação

Num comunicado enviado ao "Estado", a entidade máxima do futebol afirma que reconhece o torneio vencido por Palmeiras e Fluminense nos anos 50 como o primeiro campeonato de clubes de dimensão mundial. Mas esclarece que são apenas aqueles que venceram o torneio a partir de 2000 que são considerados pela entidade como oficialmente "campeões mundiais de clubes".
Diplomática, a Fifa não deixa de dar certo valor aos torneios que existiam antes de 2000. Mas nunca os tratando como competições ou títulos oficiais. "Em seu encontro em São Paulo no dia 7 de junho de 2014, o Comitê Executivo da Fifa concordou com o pedido apresentado pela CBF para reconhecer o torneio de 1951 entre os clubes da Europa e da América do Sul como a primeira competição de clubes de dimensão mundial, e o Palmeiras como seu vencedor", disse.






Zico posa com a taça do título de 1981Reprodução Internet

"A Fifa reconhece e valoriza as iniciativas de estabelecer competições de clubes de dimensões mundiais ao longo da história", disse a entidade. "Esse foi o caso de torneios envolvendo clubes europeus e sul-americanos, como a pioneira Copa Rio, jogada em 1951 e 1952, e a Copa Intercontinental", afirmou.
Apesar dos elogios, a entidade esclarece que não pode conceder sua chancela de "oficial" a essas iniciativas. "Entretanto, não foi até 2000 que a Fifa organizou o estreante Mundial de Clubes da Fifa, com representantes de todas as seis confederações", explicou. "Os vencedores dessa competição, que passou a ser organizada anualmente a partir de 2005, são aqueles considerados oficialmente pela Fifa como campeões mundiais de clubes".






Renato marcou os dois gols do título gremista contra o HamburgoReprodução Internet

Em 2015, o "Estado" havia feito a mesma consulta para a Fifa. Naquele momento, porém, a resposta fora diferente. A entidade se limitou naquele momento a esclarecer que reconhecia o torneio de 1951 como a primeira competição de dimensão mundial, sem qualificar se havia uma diferença entre aqueles vencedores e os atuais.
Em 2014, em conversa com a reportagem, o ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter, chegou a informar que enviaria um certificado a cada um dos campeões mundiais desses demais torneios, reconhecendo seus feitos.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Universitários pedem para não estudar escritores brancos do sexo masculino

Os estudantes enviaram um documento para o departamento do curso pedindo que o estudo dos grandes poetas ingleses não seja mais pré-requisito para outras disciplinas

Da Redação  [02/06/2016]  [17h57]
 De acordo com o texto dos alunos, priorizar esses escritores cria uma cultura “especialmente hostil aos estudantes de cor | Universidade de Yale/Divulgação
De acordo com o texto dos alunos, priorizar esses escritores cria uma cultura “especialmente hostil aos estudantes de cor Universidade de Yale/Divulgação

Estudantes de inglês da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, enviaram um pedido ao departamento do curso: eles querem a retirada do estudo dos “grandes poetas ingleses”, escritores brancos, do sexo masculino, nas matérias introdutórias que servem de pré-requisito para outras disciplinas. “É inaceitável que um estudante de Yale que queira introduzir-se na literatura inglesa deva ler apenas autores brancos do sexo masculino”, escreveram na petição.

De acordo com o texto dos alunos, priorizar esses escritores cria uma cultura “especialmente hostil aos estudantes de cor”. Com essa escolha, apontam eles, a universidade não prepara seus estudantes para fazerem estudos “de alto nível relativos à raça, sexo, sexualidade, etnia, nacionalidade”. E insistem: “pedimos que os grandes poetas ingleses sejam abolidos”.

Segundo o texto, é preciso “descolonizar” as disciplinas do curso e não “diversificar”. “A educação do século 21 é uma educação diversa: nós escrevemos a vocês hoje inspirados pelo ativismo estudantil em toda a universidade, e para se certificar de que vocês sabem que o departamento de Inglês não é imune à chamada coletiva para a ação”, afirmam na petição. “É de sua responsabilidade como educadores ouvir as vozes dos estudantes”.

De acordo com o jornal da universidade, até o dia 27 de maio 160 estudantes tinham assinado a petição.

Como reação, alguns professores do departamento anunciaram estar orgulhosos da coragem dos alunos de contestar o currículo do curso, como Jill Richards. Já a professora Catherine Nicholson, responsável por ensinar a matéria dos ‘grandes poetas ingleses’, elogiou o questionamento sobre os motivos pelos quais o conteúdo é considerado um pré-requisito indispensável, mas defendeu que a disciplina em si, pelo conhecimento que traz, não é uma ferramenta de exclusão ou opressão; para ela é mais um exercício de “resistência e libertação”.

Fonte :http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/universitarios-pedem-para-nao-estudar-escritores-brancos-do-sexo-masculino-02htu7c7vceo417t1hqmjczmk

Estudantes não querem estudar Platão, Descartes e Kant “porque são brancos”

Estudantes não querem estudar Platão, Descartes e Kant “porque são brancos”

Segundo eles é preciso “descolonizar” o ensino superior. Iniciativa é criticada por outros graduandos e especialistas


 Os filósofos Platão, Descartes e Kant: pensadores responsáveis por ideias que sustentam a sociedade atual | Reprodução/Wikipedia
Os filósofos Platão, Descartes e Kant: pensadores responsáveis por ideias que sustentam a sociedade atual Reprodução/Wikipedia


Estudantes em Londres querem “afrontar a instituição branca”. Por isso, exigem que filósofos brancos – e isso inclui pensadores responsáveis pelas ideias que sustentam a sociedade civilizada, como Platão, René Descartes ou Immanuel Kant – deixem de constar obrigatoriamente no currículo de filosofia e devem ser incluídos no programa “apenas se necessário” e estudados “de um ponto de vista crítico”.

LEIA TAMBÉM: Professor da UnB critica aluno contrário à ocupação: “se valeu das cotas”

Esse foi o pedido realizado pelo diretório acadêmico da instituição de ensino superior Escola de Estudos Orientais e Africanos (SOAS, na sigla em inglês). Segundo eles é preciso “descolonizar” o ensino superior e, para isso, a “maioria dos filósofos em nossos cursos” deve ser da África e da Ásia. A requisição faz parte de uma campanha, dizem os alunos, para uma nova abordagem do “legado estrutural e epistemológico do colonialismo dentro da nossa universidade”.


Banir clássicos literários que usem linguagem racista não é a saídaCotas para pessoas com deficiência é medida paliativa, afirmam especialistas

FONTE : http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/estudantes-nao-querem-estudar-platao-descartes-e-kant-porque-sao-brancos-3nehbjj9iiz6t3cf9trlovvp7

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

LÓGICA DE ARISTÓTELES

LÓGICA DE ARISTÓTELES

Para Aristóteles, a lógica não é ciência e sim um instrumento (órganon) para o correto pensar. O objeto da lógica é o silogismo.
Silogismo nada mais é do que um argumento constituído de proposições das quais se infere (extrai) uma conclusão. Assim, não se trata de conferir valor de verdade ou falsidade às proposições (frases ou premissas dadas) nem à conclusão, mas apenas de observar a forma como foi constituído. É um raciocínio mediado que fornece o conhecimento de uma coisa a partir de outras coisas (buscando, pois, sua causa).
Em si mesmas, as proposições ou frases declarativas sobre a realidade, como juízo, devem seguir apenas três regras fundamentais.
1- Princípio de Identidade: A é A;
2- Princípio de não contradição: é impossível A é A e não-A ao mesmo tempo;
3- Princípio do terceiro excluído: A é x ou não-x, não há terceira possibilidade.
Dessa forma, o valor de verdade ou falsidade é conferido às proposições, pois são imediatamente evidenciados. No entanto, a lógica trabalha com argumentos.
As proposições classificam-se em:
Afirmativas: S é P;
Negativas: S não é P;
Universais: Todo S é P (afirmativa) ou Nenhum S é P (negativa);
Particulares: Alguns S são P (afirmativa) ou Alguns S não são P (negativa);
Singulares: Este S é P (afirmativa) ou Este S não é P (negativa);
Necessárias: quando o predicado está incluso no sujeito (Todo triângulo tem três lados);
Não necessárias ou impossíveis: o predicado jamais poderá ser atributo de um sujeito (Nenhum triângulo tem quatro lados);
Possíveis: o predicado pode ou não ser atributo (Todos os homens são justos).
O silogismo é composto de, no mínimo, duas proposições das quais é extraída uma conclusão. É necessário que entre as premissas (P) haja um termo que faça a mediação (termo médio sujeito de uma P1 e predicado da P2 ou vice-versa). Sua forma lógica é a seguinte:
A é B
Logo, B é C (sempre os termos maior e menor).
C é A
Observem que o termo médio é o termo A, que é sujeito numa frase e predicado na outra. Assim ele não aparece na conclusão, evidenciando que houve mediação e que a conclusão é, de fato, uma dedução ou inferência, isto é, ela é realmente extraída da relação entre as premissas.
A relação entre as proposições acontece da seguinte maneira:
  • Proposições Contraditórias: quando se diz que Todo S é P e Alguns S não são P ou Nenhum S é P e Alguns S são P
  • Proposições contrárias: quando se diz que Todo S é P e Nenhum S é P ou Alguns S são P e Alguns S não são P
  • Subalternas: quando se diz que Todo S é P e Alguns S são P ou Nenhum S é P e Alguns S não são P
O silogismo, portanto, é o estudo da correção (validade) ou incorreção (invalidade) dos argumentos encadeados segundo premissas das quais é licito se extrair uma conclusão. Sua validade depende da Forma e não da verdade ou falsidade das premissas. Desse modo, é possível distinguir argumentos bem feitos, formalmente válidos, dos falaciosos, ainda que a aparência nos induza a enganos. Por exemplo:
P1 - Todo homem é mortal (V)
P2 - Sócrates é homem (V)
C - Logo, Sócrates é mortal (V).
O argumento é válido não porque a conclusão é verdadeira, mas por estar no modelo formal:
A é B
Logo, B é C
C é A
Outro exemplo:
P1 – Todos os mamíferos são mortais (V)
P2 – Todos os cães são mortais (V)
C – Logo, todos os cães são mamíferos (V).
Ora, embora as premissas e a conclusão sejam verdadeiras, não houve inferência, já que por não estarem formalmente adequadas, as premissas não têm relação com a conclusão.
Formalmente o argumento é A é B
C é B
Logo, A é C, argumento falacioso, já que o termo médio não faz ligação entre os outros termos.
São várias as combinações, o importante é atentar para a forma. É dela que se pauta a lógica.
Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP