terça-feira, 19 de setembro de 2017

Atacar o luxo é atacar o futuro padrão de vida dos mais pobres

Atacar o luxo é atacar o futuro padrão de vida dos mais pobres
Sob o capitalismo, o luxo de hoje é a necessidade de amanhã

Um dos efeitos benéficos da desigualdade da riqueza existente em nossa ordem social é que ela estimula vários indivíduos a produzirem ao máximo que consigam para tentar ascender ao padrão de vida dos mais ricos.  Essa foi uma das principais forças-motrizes que fez com que a humanidade enriquecesse.
O nosso nível atual de riqueza não é um fenômeno natural ou tecnológico, independente de todas as condições sociais; é, em sua totalidade, o resultado de nossas instituições sociais.  Pelo fato de a desigualdade da riqueza ser permitida em nossa ordem social, pelo fato de ela estimular a que todos produzam o máximo, é que a humanidade hoje conta com toda a riqueza anual de que dispõe para consumo.  
Fosse tal incentivo destruído, fosse a desigualdade de renda abolida, a produtividade seria de tal forma reduzida, que a fatia de riqueza média recebida por cada indivíduo seria bem menor do que aquilo que hoje recebe mesmo o mais pobre. 
A desigualdade da distribuição da renda, contudo, tem ainda uma segunda função tão importante quanto: torna possível o luxo dos ricos. 
Muitas bobagens têm sido ditas e escritas sobre o luxo.  Contra o consumo dos bens de luxo tem sido posta a objeção de que é injusto que alguns gozem da enorme abundância, enquanto outros estão na penúria.  Este argumento parece ter algum mérito.  Mas apenas aparenta tê-lo.  Pois, se demonstrarmos que o consumo de bens de luxo executa uma função útil no sistema de cooperação social, este argumento será, então, invalidado.  É isto, portanto, o que procuraremos demonstrar. 
Em primeiro lugar, a defesa do consumo de luxo não deve ser feita com o argumento de que esse tipo de consumo distribui dinheiro entre as pessoas.  Segundo esse argumento, se os ricos não se permitissem usufruir do luxo, o pobre não teria renda.  Isto é uma bobagem, pois se não houvesse o consumo de bens de luxo, o capital e o trabalho neles empregados seriam aplicados à produção de outros bens: artigos de consumo de massa, artigos necessários, e não "supérfluos". 
Portanto, para formar um conceito correto do significado social do consumo de luxo é necessário, acima de tudo, compreender que o conceito de luxo é inteiramente relativo.  
Luxo consiste em um modo de vida de alguém que se coloca em total contraste com o da grande massa de seus contemporâneos.  O conceito de luxo é, por conseguinte, essencialmente histórico.  
Muitas das coisas que nos parecem constituir necessidades hoje em dia foram, em algum momento do passado, consideradas coisas de luxo.  Quando, na Idade Média, uma senhora da aristocracia bizantina, casada com um doge veneziano, em vez de utilizar seus próprios dedos para se alimentar, fazia uso de um objeto de ouro que poderia ser considerado um precursor do garfo, os venezianos o considerariam um luxo ímpio, e considerariam muito justo se essa senhora fosse acometida de uma terrível doença.  Isto seria, assim supunham, uma punição bem merecida, vinda de Deus, por esta extravagância antinatural.  
Em meados do século XIX, considerava-se um luxo ter um banheiro dentro de casa, mesmo na Inglaterra.  Hoje, a casa de todo trabalhador inglês, do melhor tipo, contém um.  Ao final do século XIX, não havia automóveis; no início do século XX, a posse de um desses veículos era sinal de um modo de vida particularmente luxuoso.  Hoje, até um operário possui o seu.  Este é o curso da história econômica.  
O luxo de hoje é a necessidade de amanhã.  Cada avanço, primeiro, surge como um luxo de poucos ricos, para, daí a pouco, tornar-se uma necessidade por todos julgada indispensável.  O consumo de luxo dá à indústria o estímulo para descobrir e introduzir novas coisas.  É um dos fatores dinâmicos da nossa economia.  A ele devemos as progressivas inovações, por meio das quais o padrão de vida de todos os estratos da população se tem elevado gradativamente. 
Ainda no final do século XIX, Jean-Gabriel de Tarde (1843-1904), o grande sociólogo francês, abordou o problema da popularização dos itens de luxo.  Uma inovação industrial, disse ele, adentra o mercado para atender exclusivamente às extravagâncias de uma pequena elite; porém, com tempo, passo a passo, tal produto finalmente vai se tornando uma necessidade até que, no final, se torna um item massificado e indispensável para todos.  Aquilo que antes era apenas um bem supérfluo de luxo passa a ser, com o tempo, uma necessidade.
A história da tecnologia e do comércio fornece inúmeros exemplos que confirmam a tese de Tarde.  No passado, havia um considerável intervalo de tempo entre o surgimento de algo até então completamente desconhecido e sua popularização no uso cotidiano.  Algumas vezes, passavam-se vários séculos até que uma inovação se tornasse amplamente aceita por todos — ao menos dentro da órbita da civilização ocidental.  Pense na lenta popularização do uso de garfos, sabonetes, lenços, papeis higiênicos e inúmeras outras variedades de coisas.
Desde seus primórdios, o capitalismo demonstrou uma tendência de ir encurtando esse intervalo de tempo, até ele finalmente ser eliminado quase que por completo.  Tal fenômeno não é uma característica meramente acidental da produção capitalista; trata-se de algo inerente à sua própria natureza.  A essência do capitalismo é a produção em larga escala para a satisfação dos desejos das massas.  Sua característica distintiva é a produção em massa feita pelas grandes empresas. 
Para o grande capital, não há a opção de produzir apenas quantias limitadas de bens que irão satisfazer apenas a uma pequena elite.  Quanto maior uma empresa se torna, mais rapidamente e de maneira mais massificada ela possibilita às pessoas o acesso aos novos êxitos da tecnologia.
Séculos se passaram até que o garfo deixasse de ser um utensílio utilizado apenas por homens efeminados e se transformasse em um instrumento de uso universal.  Antes visto meramente como um brinquedo de ricos ociosos, o automóvel levou mais de 20 anos para se tornar um meio de transporte utilizado universalmente.  Já as meias de nylon, ao menos nos EUA, se transformaram em artigo de uso diário de todas as mulheres em pouco mais de dois ou três anos após sua invenção. 
E praticamente não houve nenhum período de tempo em que o usufruto de inovações como a televisão ou produtos da indústria de comida congelada fosse restrito a uma pequena minoria.
Os discípulos de Marx sempre se mostraram muito ávidos para descrever em seus livros os "inenarráveis horrores do capitalismo", os quais, como seu mestre havia prognosticado, resultam "de maneira tão inexorável como uma lei da natureza" no progressivo empobrecimento das "massas".  O preconceito anticapitalista deles impedia que percebessem o fato de que o capitalismo tende, com o auxílio da produção em larga escala, a eliminar o notável contraste que há entre o modo de vida de uma elite afortunada e o modo de vida de todo o resto da população de um país.
A maioria de nós não tem qualquer simpatia pelo rico ocioso, que passa sua vida gozando os prazeres, sem ter trabalho algum.  Mas até mesmo este cumpre uma função na vida do organismo social: dá um exemplo de luxo que faz despertar, na multidão, a consciência de novas necessidades, e dá à indústria um incentivo para satisfazê-las.  
Havia um tempo em que somente os ricos podiam se dar ao luxo de visitar países estrangeiros.  O poeta Friedrich Schiller nunca viu as montanhas suíças que tornou célebres em sua peça William Tellembora fizessem fronteira com sua terra natal, situada na Suábia.  Goethe não conheceu Paris, nem Viena, nem Londres.  
Hoje, milhares de pessoas viajam por toda parte e, em breve, milhões farão o mesmo. 
O abismo que separava o homem que podia viajar de carruagem e o homem que ficava em casa porque não tinha o dinheiro para a passagem foi reduzido à diferença entre viajar de avião e viajar de ônibus.

Originalmente escrito no início da década de 1950

FONTE :http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2116

A atual campanha do Banco Central mostra que a instituição desconhece princípios monetários básicos

A atual campanha do Banco Central mostra que a instituição desconhece princípios monetários básicos




O Banco Central do Brasil iniciou uma campanha para encorajar as pessoas a circularem as moedas metálicas, as quais estão "sumidas" do mercado. Em seu Twitter, a instituição está recorrendo à hashtag #MoedaTemQueCircular.
Para aumentar o apelo, a instituição está recorrendo a vídeos engraçados estrelados pelo comediante Wellington Muniz, popularmente conhecido como 'Ceará'. Sem ironias, vale a pena conferir:
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2768


Aos economistas e estudiosos de teoria monetária, esse episódio é deveras ilustrativo.
Segundo a ótica do Banco, as moedinhas metálicas, em especial a de um real, não circularem é um problema. Ok, vamos partir do princípio de que tal constatação seja correta. Isso nos leva, então, ao próximo passo.
Por que elas pararam de circular, ou, mais corretamente, por que circulam menos? Sem um diagnóstico correto, nenhuma campanha será eficaz.
E a resposta é simples: porque a contínua perda do poder de compra da moeda fez os preços dispararem. O que R$ 1,00 compra hoje em dia? E 10 centavos então? Usar centavos no comércio já não faz o menor sentido.
De julho de 1994 a agosto de 2017, o IPCA acumulado foi de 466%. Isso significa que os preços dos bens e serviços mais do que quintuplicaram na média. Aquilo que custava um real em 1994 custa hoje R$ 5,66. 

Há realmente algum motivo para o espanto com o sumiço da moeda de um real?
E agora vem o principal: quem é o responsável pela corrosão do poder aquisitivo da moeda? Não, não é o empresário. Só quem tem o poder monopolista de emiti-la é capaz de desvalorizá-la. Uma auto-análise faria bem ao Banco Central.
Entretanto, nem tudo está perdido. Se a instituição realmente deseja aumentar a circulação de moedas, então a solução também é simples: basta buscar uma política monetária forte.
Façam o CMN (Conselho Monetário Nacional) reduzir a meta de inflação para 0%. A meta deve ser a estabilidade de preços e não um contínuo aumento de preços de 4,25% ao ano.
Vale lembrar que 4,25% ao ano são 50% em 10 anos, o que significa que o poder de compra da moeda cairá à metade em apenas uma década — e isso, é claro, se esta meta de 4,25% for realmente cumprida. Desde que foi criada, em 1999, apenas em três anos (2006, 2007 e 2009) ela foi obedecida.
Como é que as pobres moedinhas sobrevivem a tamanha desvalorização?
E, caso não queiram inflação zero, ao menos então, quem sabe, que abram mão da manipulação de juros e ancorem o real ao dólar. Ou, ainda, façam do real uma moeda plenamente conversível. Revoguem a proibição de pactuar contratos em moeda estrangeira. Liberem a circulação de qualquer moeda em território nacional.
Em suma, façam do real uma moeda forte, uma moeda a ser desejada. E aí, e só assim, as suas moedinhas metálicas voltarão a circular com vigor. Quase como um passe de mágica.
Quero usar moedas, claro, mas #MoedaTemQueSerForte, caro Banco Central do Brasil.
Essa campanha eu aprovo.

O entusiasmo e a obsessão são suas mais decisivas habilidades

O entusiasmo e a obsessão são suas mais decisivas habilidades



 

 

E a escola afeta o desenvolvimento de ambas. Não deixe isso acontecer

 





















































Foram incontáveis as vezes 

que ouvi essas duas frases de efeito sobre a importância da educação escolar:
"A escola não é sobre aprender coisas específicas. É sobre aprender a como aprender."
"A escola não é sobre como resolver algum problema específico. É sobre aprender a como pensar."
Os seguidores dessas idéias frequentemente partem do princípio de que a melhor maneira de as crianças aprenderem a como aprender e a como pensar é por meio da escola.
Tais pessoas consideram perfeitamente aceitável o fato de que as coisas que as crianças aprendem na escola não serão diretamente úteis para elas fora das escola, pois acreditam que essas "meta-habilidades" de aprender e de pensar são perfeitamente transferíveis para o futuro, quando então, já na vida adulta, poderão ser utilizadas para conseguir os conhecimento e as habilidades demandadas pelo mercado.
Só que este aprendizado imposto é totalmente antitético àquela outra habilidade realmente transferível e muito mais fundamentalmente importante: o entusiasmo.
O entusiasmo é a devoção genuína e espontânea a uma busca. É o impulso voluntário que nos leva a querer se aprofundar em algo, por pura paixão. O entusiasmo é a mais fundamental das habilidades transferíveis, pois é o mais poderoso motivador do aprendizado e da criatividade. Em qualquer área.
Por definição, o entusiasmo e a paixão não podem ser ensinados por meio de lições obrigatórias e compulsórias. O entusiasmo é como se fosse uma planta que só pode ser silvestre; que não pode ser cultivada por qualquer outra coisa senão a liberdade.
Acabando com o entusiasmo das crianças
Toda criança normal já nasce dotada de entusiasmos naturais. Elas são inerentemente dotadas de curiosidades. Elas são ávidas para explorar as coisas do mundo. Elas adoram observar e interagir com o mundo ao seu redor com grande entusiasmo e dedicação.
E, sob a adequada liberdade, esse entusiasmo irá crescer com o tempo e a experiência. Em algumas ocasiões, o entusiasmo chegará ao ponto da obsessão. As crianças irão se tornar obcecadas ou por alguma atividade específica (um esporte, um videogame, uma arte criativa etc.) ou por um assunto (dinossauros, uma linha de brinquedos, carros, aviões etc.).
Para os olhos de um adulto, esta obsessão poderá parecer inútil ou excessiva. Afinal, como é que um conhecimento profundo sobre Pokémon irá melhorar o futuro de uma criança? Mas eis aí o grande erro: a parte crucial não é o fato de a criança estar aprendendo tudo sobre Pokémon, mas sim o fato de que a criança, ao seguir o seu êxtase (para utilizar uma frase de Joseph Campbell), está aprendendo a como ficar absorta em algo; a como se aprofundar completamente em um assunto.
Esta, de novo, é a mais fundamental das habilidades transferíveis. No futuro, será esta propensão — construída na infância — à imersão voluntária e entusiasmada que o indivíduo poderá utilizar para dominar qualquer arte, assunto, trabalho manual, ocupação: desde design gráfico até administração de negócios e programação de computadores.
Só que os pais, os professores e todos os burocratas que criam os currículos do sistema escolar frequentemente fazem de tudo para oprimir e esmagar o desenvolvimento desta paixão. As crianças são tolhidas de seguir seus próprios interesses e compulsoriamente redirecionadas para fazer apenas aquilo que os adultos consideram ser mais importante. E mesmo essas atividades impostas também não são aprofundadas. Com o intuito de deixar a criança "mais experiente" e "mais madura", as atividades são continuamente interrompidas e alteradas. Apenas explorações superficiais são permitidas.
O doutor Peter Gray, professor de psicologia do Boston College e especialista no assunto, escreveu todo um livro, intitulado  Livre para Aprender, relatando inúmeros exemplos práticos de como o sistema escolar compulsório mata o entusiasmo e a motivação das crianças. Em seu artigo "A escola é uma prisão e está destruindo nossas crianças", ele diz:
Esta incrível vontade de aprender e esta enorme capacidade de aprendizado não são desligadas quando a criança faz 5 ou 6 anos de idade. Nós é que as desligamos por meio de nosso coercitivo sistema de educação compulsória. A maior e mais duradoura lição trazida pelo nosso sistema escolar é que aprender é algo maçante, que deve ser evitado ao máximo possível.
Ainda segundo Gray, o entusiasmo e o impulso natural pelo aprendizado são continuamente substituídos por um sistema de controle social que ensina às crianças que seus interesses e observações não mais importam.
Em nome da educação escolar, estamos cada vez mais roubando das crianças o tempo e a liberdade de que necessitam para se educarem por conta própria por meio de seus próprios métodos. Criamos um arranjo educacional no qual as crianças devem suprimir seus instintos naturais — os quais as estimulam a estar no controle do próprio aprendizado — para, em vez disso, simplesmente seguirem automaticamente métodos e caminhos criados para elas por adultos, e os quais não levam a lugar nenhum.
Já o conhecido educador e defensor do ensino doméstico (homeschooling) John Holt escreveu o seguinte em seu livro — hoje best-seller — Como as Crianças Aprendem:
Queremos acreditar que estamos enviando nossas crianças para a escola para que elas aprendam a pensar. Mas o que realmente estamos fazendo é ensinando-as a pensar de maneira errada. Pior: estamos ensinando-as a abandonar uma maneira natural e poderosa de pensar e a adotar um método que não funciona para elas e o qual nós mesmos raramente usamos.
Ainda pior do que tudo isso: nós tentamos convencê-las de que, ao menos dentro da escola, ou mesmo em qualquer situação em que palavras, símbolos ou pensamento abstrato estejam envolvidos, elas simplesmente não podem pensar. Devem apenas repetir.
No final, quando a criança sai do sistema escolar compulsório, sua capacidade de entusiasmo — a paixão genuína e espontânea a uma busca — está completamente atrofiada. Ela não mais pode seguir suas paixões simplesmente porque ela já se esqueceu de que tal coisa existe. A única coisa que pode impulsioná-la a realizar algo é a motivação externa dada por figuras de autoridades. Tudo o que ela aprendeu é que deve fazer apenas aquilo que os outros consideram bom para ela.
Consequentemente, no trabalho e na vida em geral, essa pessoa ficará à deriva. Será um adulto que irá apenas a reboque dos outros, sem rumo certo na vida.
Meu caso
Lembro-me de ter tido, no início de minha infância, uma sucessão de manias que à época eu chamava de "febres". Eu descobria um determinado assunto e então ele dominava minhas atenções e interesses por meses. E então, com o tempo, eu ficava saciado e me dava por satisfeito, e ia então para o assunto seguinte. Tive várias fases. Fui obcecado com dinossauros, depois com animais em geral (colecionava os nomes científicos de todas as espécies que saiam nas revistas da National Geographic), depois com He-Man, Transformers etc.
E então minha suscetibilidade a contrair essas febres foi sendo interrompida e finalmente vencida por essa verdadeira máquina de moer chamada de "sistema escolar compulsório". Fui dominado pela apatia e tive uma crise existencial. E isso durou até a universidade.
Porém, quando finalmente me formei, minha capacidade de paixão e entusiasmo voltou, e veio forte. Reaprender a habilidade da obsessão e do entusiasmo foi uma das mais importantes etapas do meu processo de "desescolarização".
Vencida a crise existencial, tornei-me obcecado em estudar teologia e cosmologia. Após perceber que eu não compreendia o mundo à minha volta, tornei-me obcecado em aprender sobre a história do mundo, e me tornei autodidata no assunto. Após descobrir as idéias da liberdade, tornei-me obcecado em estudar por conta própria os princípios da Escola Austríaca de Pensamento Econômico e a filosofia política do libertarianismo. Deixar-me ser levado por meu êxtase ao longo desses caminhos de obsessão finalmente me levou a uma carreira profissional bem-sucedida e gratificante.
Meu único arrependimento é que esta feliz progressão tenha sido tão longamente postergada por aquele martírio devorador de entusiasmos e arrefecedor de espíritos que é o sistema escolar compulsório.
Conclusão
Não ceda à tentação de frustrar as paixões de seus jovens filhos; não restrinja suas obsessões. Confie nas escolhas deles. Deixe-os cultivar sua capacidade nata de se devotar com entusiasmo, paixão e júbilo às suas próprias buscas. A paixão e o entusiasmo são os ativos mais preciosos deles: a habilidade fundamental que irá gerar todas as outras habilidades. Não roube isso deles. Deixe-os livre para construir suas paixões. Isso lhe deixará orgulhoso no futuro.
Fonte:  
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2767_____________________________________________

Advogado de Lula diz a Moro que responsabilidade sobre Instituto era de Marisa Letícia

Advogado de Lula diz a Moro que responsabilidade sobre Instituto era de Marisa Letícia

 Advogado de Lula diz a Moro que responsabilidade sobre Instituto era de Marisa Letícia - InfoMoney

 
Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/mercados/politica/noticia/6965074/advogado-lula-diz-moro-que-responsabilidade-sobre-instituto-era-marisa

Pare com a histeria: justiça não autorizou “tratamento da homossexualidade como doença

Pare com a histeria: justiça não autorizou “tratamento da homossexualidade como doença”
Quem afirma que esta decisão judicial “tratou a homossexualidade como doença” ou que “foi instalada a ‘cura gay'” é muito desonesto ou analfabeto. Não há meio termo. É desonesto quem entendeu – e sabe que não é nada disso. É analfabeto quem leu e não entendeu – porque o Juiz Federal não disse nada (nada!) sobre considerar doença.
Pelo contrário, a decisão preserva a redação integral da Resolução nº 01/1999 do Conselho Federal de Psicologia, apenas afirmando que “a fim de interpretar a citada regra em conformidade com a Constituição, a melhor hermenêutica a ser conferida àquela Resolução deve ser aquela no sentido de não privar o psicólogo de estudar ou atender àqueles que, voluntariamente, venham em busca de orientação acerca de sua sexualidade, sem qualquer forma de censura“.
No dispositivo é possível perceber que a determinação judicial consiste apenas em “determinar ao Conselho Federal de Psicologia que não a interprete (a Resolução nº 01/1999) de modo a impedir psicólogos de promoverem estudos ou atendimento profissional, de forma reservada, pertinente à (re)orientação sexual, garantindo-lhes, assim, a plena liberdade científica acerca da matéria, sem qualquer censura ou necessidade de licença prévia”.
A decisão judicial é, portanto, correta. Não fere a orientação sexual de ninguém, não trata qualquer condição sexual como doença e apenas garante que, se o indivíduo quiser – mediante escolha livre e consciente – procurar um psicólogo, terá o direito de ser ouvido e o profissional poderá realizar estudos e atendimentos reservados, tudo para que seja preservada a vontade espontânea do paciente. É algo mais ou menos assim: se um homem que se diz heterossexual precisa de ajuda e orientação para tornar pública a sua homossexualidade, ele pode procurar um psicólogo e o profissional poderá ajudá-lo no enfrentamento dessa etapa. A decisão permite apenas o caminho inverso. Que mal há nisso?
Se você leu as palavras do magistrado e encontrou “cura gay” você precisa estudar ou parar de ser desonesto. Isso não é questão de opinião, é simples capacidade de inteligência.

Quem afirma que esta decisão judicial “tratou a homossexualidade como doença” ou que “foi instalada a ‘cura gay'” é muito desonesto ou analfabeto. Não há meio termo.…
ILISP.ORG

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Panaceias

Panaceias
1 - Corta a glicose!
Ouço por aí que está se recomendando dietas sem a ingestão de carboidratos para que as células cancerígenas fiquem sem nutrição e não cresçam.
Uma nota: Fisiculturistas de ponta ficam com taxas de gordura de até 3% por alguns dias, mas mais que isso, não, pois é bastante perigoso. Atletas de ponta de diversos esportes mantém taxas de gordura corporal na faixa de 6%, que é meio que um limite seguro e neste nível de atividade, bastante útil.
Uma segunda nota: o que mais associo com células cancerosas são um agrupamento de protozoários, como as amebas em desespero por manterem-se vivas, agrupamento este que é evolutivamente similar ao que produziu os seres vivos multicelulares.
Bom, células não vivem só de carboidratos, e aliás, para “crescerem e se multiplicarem”, necessitam mais de aminoácidos para suas proteínas que propriamente de carboidratos, isentos de nitrogênio, enxofre e fósforo.
Mais uma nota: o cérebro não subsiste sem glicose, pois não depende de gorduras ou de ciclos de consumo de aminoácidos, a catabolia que aflige os fisiculturistas com grandes pretensões.
Assim, chegamos num dilema, e diria numa impossibilidade: como matar células de comportamento muito próximo da agressividade na nutrição, reprodução e sobrevivência como são os seres vivos mais simples e lembremos antigos da natureza com métodos que só poderiam causar real dano às células e quadro geral dos organismos mais complexos, como mostra qualquer criança mesmo intelectualmente brilhante subnutrida nos piores países da África ou Ásia?
Por outro lado, qual maneira mais óbvia de causar um grande problema para as “amebas” que enfiar substâncias tóxicas no seu meio, ou aplicar-lhes radiação, já que não contam com o suporte geral de um organismo sofisticado para sua manutenção e regeneração?
Por isso que quimioterapia e radioterapia funcionam, ainda que brutais.
Acrescento: novas terapias, como burla dos impedimentos que o sistema imunológico tem em atacar suas rebeldes células anteriormente “irmãs”, seguem por um caminho de lógica diferente, mas seguramente, terão eficiência, tanto que tal acontece, com evidências, para muitas curas “naturais” de tumores.
2 - E novamente, haja paciência, o bicarbonato…
Eu já tenho de ter paciência com “receitas domésticas de limpeza e higiene” com misturas de bicarbonato de sódio e vinagre, ou suco de limão, que o máximo que podem fazer é tornarem-se mais neutras que o alcalino bicarbonato ou os ácidos vinagre e suco de limão, com formação de acetato de sódio e citrato de sódio, respectivamente.
Temos de agradecer talvez ao preço para não aparecerem receitas mais mirabolantes com acerola ou camu-camu, com seus altos teores de ácido ascórbico (vitamina C), pois a neutralização também se daria, desta vez em inofensivo ascorbato de sódio.
Mas eis que aparece médico, consta que italiano, com recomendação de bicarbonato de sódio para combater o câncer.
Neste meu mundinho de Química mais rigorosa - no sentido de reações mais intensas - capta-se banalmente que o bicarbonato é um “anti-ácido” e atua contra a azia exatamente por reagir com o ácido clorídrico produzido em nosso sistema digestivo pois com este reage produzindo o relativamente inofensivo cloreto de sódio, o (principal constituinte) do dito “sal de cozinha”.
Esta mesma banalidade é que permite que acrescente-se em certos alimentos, como até mesmo laticínios, pequenas quantidades de hidróxido de sódio, a quando pura ou concentrada perigosa soda cáustica, com a mesma reação inofensiva nos nossos estômagos.
Problemas de aumento de sódio no organismo, como por exemplo, o aumento da retenção de líquido e consequente aumento da pressão arterial são “outros quinhentos”...
Então, não deveria ser a ingestão de mais cloreto de sódio, como num bacalhau bem salgado, ser também uma cura para o câncer?
Humildemente, sei que sou um nulidade da área das biológicas e poderia ser acusado por este texto simplório de charlatão, mas em tratando-se de outra ciência, peço que por favor, ao menos mais Química de secundário e menos charlatanismo irresponsável.
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