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Artur Scarpato : Psicólogo Clínico (PUC SP). Mestre em Psicologia Clínica (PUC SP). Especialista em Psicologia Hospitalar em Reabilitação pelo Hospital das Clínicas da USP e em Cinesiologia Psicológica pelo Instituto Sedes Sapientiae. Especialista no tratamento de Transtornos de Ansiedade como Síndrome do Pânico, Fobia Social e Estresse Pós Traumático. Atende em consultório desde 1993.
Artur
Scarpato - Psicologia Clínica
Rua
Artur de Azevedo, 1767
Pinheiros
São Paulo SP
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da Av. Rebouças e da R. dos Pinheiros)
Fone
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SÍNDROME DO PÂNICO
TRANSTORNO DO PÂNICO
O psicólogo Artur Scarpato participou do programa Alternativa Saúde do canal GNT falando sobre Ansiedade e Transtorno do Pânico.
Assista agora os melhores momentos do programa. |
"Desenvolvo um
tratamento especializado para pessoas
com Transtorno do Pânico desde 1995. Um tratamento eficaz
vai além de controlar as crises de pânico, mas implica em agir
sobre os processos responsáveis pelo início, manutenção e recaída no
Pânico. A pessoa fica livre dos ataques de pânico e aprende a lidar com
os estados de vulnerabilidade e desamparo originais sem reagir com novos
picos de ansiedade. Este é o diferencial de uma abordagem
especializada". Artur Scarpato
Veja também o nosso Blog da Ansiedade e do Pânico
|
ILUSTRANDO: COMO É A SÍNDROME DO PÂNICO
Você pode imaginar o que é sentir isto
?
"De repente
os olhos
embaçaram, eu fiquei tonto, não conseguia respirar, me sentia fora da
realidade, comecei a ficar com pavor daquele estado, eu não sabia aonde ia
parar, nem o que estava acontecendo..."
" ...era
uma coisa que parecia sem fim, as pernas tremiam, eu não conseguia
engolir, o coração batendo forte, eu estava ficando cada
vez mais ansiosa, o corpo estava incontrolável, eu comecei a
transpirar, foi horrível..."
"Depois da primeira
vez eu comecei a temer que acontecesse de novo, cada coisa diferente que
eu sentia e eu já esperava... ficava com medo, não conseguia
mais me concentrar em nada... deixei de sair de casa, eu não
conseguia nem ir trabalhar."
"Quando começa eu
já espero o pior, "aquilo" é muito maior do que
eu, o caos toma conta de mim, é como uma tempestade que passa e
deixa vários estragos... principalmente eu me sinto arrasada. Eu
sempre fico com muito medo de que aquilo ocorra de novo... minha vida
virou um inferno."
Por estes
relatos, que poderiam ser de diferentes pessoas que sofrem de Síndrome
do Pânico, é possível identificar o grau de sofrimento
e impotência que estas pessoas sentem ao passar pelas crises.
A pessoa
sente como se estivesse algo muito errado em seu corpo, que
se comporta de modo muito "estranho", "louco". Porém os exames clínicos não detectam nada de
anormal com seu organismo.
Como entender?
No Pânico o corpo reage
como se estivesse frente a um perigo, porém não
há nada visível que possa justificar esta reação.
A pessoa reage com ansiedade
frente às sensações de seu próprio corpo, há um estranhamento e um grande
susto em relação ao que é sentido dentro da pele. No Pânico o perigo
vem de dentro.
É comum a pessoa passar a restringir
a sua vida a um mínimo, limitando toda forma de estimulação para tentar evitar que
"aquilo volte". Assim a pessoa pode evitar sair de casa,
ir a lugares específicos, evitar algumas atividades, privando-se de
muitas experiências, o que começa a
comprometer a sua vida pessoal
e profissional.
Vamos compreender o que acontece com a pessoa
e como ela pode sair desta armadilha.
O QUE É SÍNDROME DO PÂNICO OU TRANSTORNO DO PÂNICO ?
A Síndrome do Pânico é um transtorno
psicológico caracterizada pela ocorrência de inesperadas crises de
pânico e por uma expectativa ansiosa de ter novas crises.
As crises de pânico - ou ataques de pânico - consistem em períodos de intensa ansiedade, geralmente com
início súbito e acompanhados por uma sensação de catástrofe iminente.
A freqüência das crises varia de pessoa para pessoa e sua duração é
variável, geralmente durando alguns minutos.
No geral, as crises de
pânico apresentam pelo menos quatro dos sintomas abaixo:
Taquicardia, falta de ar, dor ou desconforto no peito, formigamento,
tontura, tremores, náusea ou desconforto abdominal, embaçamento da
visão, boca seca, dificuldade de engolir, sudorese, ondas de calor ou
frio, sensação de irrealidade, despersonalização, sensação de
iminência da morte.
Há crises de pânico mais completas e
outras menores, com poucos sintomas.
Geralmente as crises de pânico se iniciam com o disparo de
uma reação inicial de ansiedade, que logo ativa um medo
em relação às reações que começam a ocorrer no corpo. Durante a crise
surgem na mente da pessoa uma série de interpretações
negativas sobre o que está ocorrendo, sendo muito comuns quatro
tipos de
pensamentos catastróficos: de que a pessoa está
perdendo o controle, que vai
desmaiar, que está enlouquecendo ou que
vai morrer.
No
intervalo entre as crises a pessoa costuma
viver na expectativa de ter uma
nova crise. Este processo, denominado ansiedade antecipatória,
leva muitas pessoas a evitarem certas situações e a restringirem
suas vidas.
O Transtorno do Pânico é reconhecido pela Organização Mundial de
Saúde (OMS) constando da Classificação Internacional de
Doenças (CID 10), na classe dos Transtornos Mentais. E aparece no DSM IV-R
(Diagnostic and Statistical of Mental Disorders, 4rd Edition Revised) da Associação Americana de Psiquiatria.
O
Pânico faz parte dos denominados transtornos
de ansiedade juntamente com as fobias (fobia simples e fobia social), o estresse pós-traumático, o transtorno obsessivo-compulsivo
e o transtorno de ansiedade generalizada.
Enquanto nas Fobias Simples a pessoa
teme uma situação ou um objeto específico fora dela, como
fobia de altura, por exemplo; no Pânico a pessoa teme o
que ocorre no seu próprio corpo; é para essas reações que se volta a
atenção, como se estas fossem perigosas.
Há
uma classificação da Síndrome
do Pânico com agorafobia e sem
agorafobia.
A agorafobia é um estado de ansiedade relacionado a estar em
locais ou situações onde escapar ou obter ajuda poderia ser difícil,
caso a pessoa tivesse um ataque de pânico. Pode
incluir situações como estar sozinho, estar no meio de multidão,
estar preso no trânsito, dentro do metrô, num shopping, etc.
As
pessoas que desenvolvem Pânico com agorafobia, geralmente se sentem mais
seguras
com a companhia de alguém de sua confiança e acabam
elegendo alguém como companhia preferencial. Este acompanhante funciona como um
"regulador externo", ajudando a pessoa a se sentir menos vulnerável
a uma crise de pânico.
O Início das Crises de Pânico
A ansiedade é uma reação emocional natural
que ocorre quando nos sentimos vulneráveis e na expectativa de um
perigo. Quando a resposta emocional de ansiedade é muito intensa e
repentina temos uma crise de pânico, que na verdade é um ataque agudo de ansiedade. Numa crise de pânico sofremos muito, achando que algo catastrófico pode nos acontecer a qualquer momento.
Todos
estamos sujeitos a ter uma eventual crise de pânico quando expostos a
um estresse muito alto, quando inundados por emoções ou em situações que
nos levam a um estado extremo de vulnerabilidade e desamparo. Esta é uma reação que faz parte do espectro normal de reações emocionais, apesar de pouco freqüente e muito desconfortável.
Pesquisas
mostram que eventos que ocorreram nos últimos dois anos da vida da
pessoa podem contribuir para uma pessoa chegar ao estado de
vulnerabilidade que vai desencadear uma crise de pânico. Os eventos
podem ser de vários tipos como separação, doença, morte de alguém
próximo, vivências traumáticas, crises existenciais, crises
profissionais, mudanças importantes na vida etc.
Estes
fatores aumentam significativamente o nível de estresse e podem levar a
pessoa a um grau de vulnerabilidade que vai disparar uma crise de
pânico em algum momento.
O
que caracteriza a Síndrome do Pânico é que estas crises passam a se
repetir. A partir de uma crise inicial a pessoa começa a apresentar crises repetidas, sentindo-se insegura, esperando ansiosamente por uma nova crise que pode ocorrer a qualquer momento.
Há alguns fatores que levam uma pessoa a desenvolver este padrão repetitivo de crises que caracteriza a Síndrome do Pânico.
Uma das razões é que geralmente as primeiras crises acabam sendo vividas como uma experiência traumática. Quando dizemos que uma experiência foi traumática, significa que ela fica registrada num circuito específico de "memória emocional"
que passa a disparar a mesma reação emocional automaticamente, sem a
participação da consciência. Sempre que aparecem algumas reações
parecidas no corpo inicia-se uma nova crise de pânico.
Outros fatores anteriores
podem tornar uma pessoa vulnerável a desenvolver um Transtorno de
Pânico, como ter um temperamento mais ansioso, ter vivido ansiedade de
separação na infância, ter sido criado por pais ansiosos, etc. Um fator
importante que contribui para o desenvolvimento do Pânico é que estas
pessoas geralmente têm falhas no processo de auto-regulação emocional,
ficando ansiosas e não sabendo como se acalmar. Todos estes fatores,
combinados ou não, contribuem para que uma pessoa venha a desenvolver
Síndrome do Pânico.
O
Medo das Reações do Corpo
Na Síndrome do Pânico, várias sensações do corpo acabam se associando às crises e passam a ser interpretados como um sinal de perigo iminente,
do início de uma possível crise. Sinais tão diversos como a tensão
decorrente de uma resposta de raiva, o enjôo de algo que não caiu bem no
estômago, o cansaço de uma noite mal dormida, a tristeza de alguma
perda, enfim todo o espectro das sensações e sentimentos pode ser
equivocadamente interpretado como indício de uma crise de pânico,
levando a pessoa a se assustar e assim, com medo do medo, iniciar uma crise.
A pessoa faz
constantes interpretações equivocadas e catastróficas de suas reações e
sensações corporais, achando que vai ter um ataque
cardíaco, que está doente, que vai desmaiar, que vai morrer, etc. É comum a
pessoa viver ansiosamente o que poderia
ser vivido como sentimentos diferenciados. Numa
situação que poderia despertar alegria, a pessoa se sente
ansiosa; numa situação que provocaria raiva ela também se sente
ansiosa. Qualquer reação interna ou sentimento mais intenso pode disparar
reações de ansiedade.
Esta perda de discriminação da paisagem interna compromete seriamente a vida da pessoa, pois esta se sente ameaçada constantemente por suas próprias sensações corporais. O corpo passa a ser a maior fonte de ameaça. Perder a confiança no próprio corpo leva a uma experiência de extrema fragilidade.
Geralmente algumas das reações
corporais que estavam presentes na primeira crise ficam associadas a
perigo e passam, a partir daí, a funcionar como disparadores de novas
crises. Sempre que estas reações aparecem dispara-se uma resposta automática de ansiedade, o que inicia uma crise de pânico.
As crises de pânico se iniciam geralmente a partir
de um susto - consciente ou não - em relação a algumas reações do corpo. As
reações disparadoras podem ser variadas, desde uma alteração nos
batimentos cardíacos, uma sensação de tontura, falta
de ar, enjôo, palpitação, tremor, etc.
Numa crise de pânico a pessoa reage frente aquilo que seu cérebro interpreta como um perigo. Não
há um perigo real, apenas uma hiperativação do circuito do medo que
dispara um alarme na presença de algumas reações corporais. A presença destes gatilhos
corporais pode disparar ansiedade mesmo quando a pessoa não tem consciência deles. Pesquisas apontam, por
exemplo, que numa crise de pânico noturna, reações
corporais que ficaram associadas a perigo surgem com a pessoa ainda
dormindo, e disparam uma reação de ansiedade que acorda a pessoa, muitas
vezes já tendo uma crise. Enfraquecer esta associação reações do corpo-perigo, que dispara
uma crise de pânico é um dos focos do tratamento.
Podemos identificar a emoção de medo/ansiedade
ocorrendo em três níveis: como reações fisiológicas (alterações na pressão sanguínea, nos batimentos cardíacos, piloereção, suor, hiperventilação etc), como reações afetivas (sentimentos de apreensão, desamparo,
ansiedade, desespero etc) e como reações cognitivas (preocupação, pensamentos catastróficos, ruminações etc)
A
ansiedade produz reações fisiológicas que são naturais
desta emoção, como taquicardia e respiração curta. A pessoa com
Pânico tende a interpretar estas reações como se fossem perigosas -
sinal de doença, de catástrofe
iminente, etc. Estas interpretações, na forma de pensamentos catastróficos, acabam por produzir mais ansiedade, o que
por sua vez aumenta ainda mais as reações fisiológicas .... reforçando assim os
pensamentos catastróficos.
Cria-se
assim um circuito infindável
onde as reações fisiológicas naturais da emoção de medo/ansiedade são
interpretadas equivocadamente como perigosas em si,
o que acaba por produzir mais ansiedade, que por sua vez alimenta os pensamentos catastróficos, num processo
sem fim. Enquanto a pessoa não interromper este curto-circuito ela
não consegue se livrar das crises de pânico.
Expectativa Constante de Perigo
O estado de ansiedade leva a
automatismos no processo de atenção e pensamento. A atenção passa a se
deslocar descontroladamente, monitorando o corpo em busca de
algo que possa representar perigo.
O enfraquecimento da
capacidade de controle voluntário da atenção está relacionado à
dificuldade de concentração frequentemente
relatada pelas pessoas ansiosas.
Sob
ansiedade a consciência
é tomada por um fluxo de preocupações, pensamentos e ruminações e a
pessoa sente que tem pouco domínio de sua mente.
Surgem interpretações equivocadas das reações
corporais, pensamentos automáticos catastróficos, onde a pessoa passa a
esperar
sempre pelo pior.
A ansiedade é a
emoção típica da expectativa de perigo, ela ocorre quando
a pessoa se projeta numa situação futura sentida como
ameaçadora: "e se... eu
vou... vai acontecer... vou passar mal...".
A pessoa vive a maior parte do tempo tomada por graus variados de
ansiedade e tem dificuldade de se sentir presente e inteira no momento atual, vivendo
como "prisioneira do futuro". Criar presença e fortalecer a atenção são focos importantes no tratamento.
O ser humano
dispõe de dois processos básicos de regulação emocional: auto-regulação e regulação pelo
vínculo.
Através do processo de auto-regulação
emocional podemos
regular o nosso próprio estado interno, nos acalmando, nos contendo, nos motivando etc.
Através do processo de regulação pelos
vínculos, podemos influenciar reciprocamente a fisiologia e os
afetos um do outro e assim
podemos nos acalmar e nos regular nos relacionamentos com pessoas de nossa
confiança.
Os dois processos são normais, necessários e importantes ao longo da
vida.
Nas pessoas que desenvolvem Síndrome do Pânico
encontramos problemas nestes dois processos, tanto uma
precária capacidade de auto-regulação como um enfraquecimento nos processos
de regulação pelos vínculos, muitas vezes decorrentes de traumas de relacionamentos e ansiedades infantis que se reatualizam.
Tomada pela ansiedade nas crises, mas
também num grau menor no período entre as crises, a pessoa com pânico
não sabe como apagar o fogo que arde dentro de si. Daí a importância de
desenvolver bem os processos de auto-regulação e de regulação pelo
vínculo.
A qualidade da relação
com a própria excitação interna começa a se moldar nas experiências
precoces de
vida.
Inicialmente
a mãe ajuda a regular o corpo da criança
até que o corpo um pouco mais maduro possa
se auto-regular. Observa-se que nas pessoas com Síndrome do Pânico esta
função não está bem desenvolvida e a pessoa sente-se
facilmente ansiosa e vulnerável frente as reações que dominam o seu
corpo.
É comum, por
exemplo, as pessoas que desenvolvem algum transtorno de ansiedade terem tido mães ansiosas, emocionalmente hiper-reativas, que
ao invés de acalmarem a criança, a deixavam mais assustadas
a cada pequeno incidente, como um tropeção ou um simples
resfriado.
Experiências de vida desde a
infância precoce
podem atrapalhar
o desenvolvimento da capacidade de auto-regulação, tornando uma pessoa com baixa tolerância à excitação interna. Isto aumenta a vulnerabilidade da pessoa aos transtornos ansiosos como a Síndrome do
Pânico.
Muitas pessoas com Pânico costumam
solicitar a presença constante de alguém para
que se sintam mais seguras. Buscam compensar a sua dificuldade
de auto-regulação através de uma regulação pelo
vínculo.
Quando
duas pessoas estão conversando, elas estão em contato,
mas não necessariamente em conexão.
Contato é uma interação de presença,
que pode ser superficial, enquanto conexão é
uma ligação profunda que ocorre mesmo quando as pessoas
estão distantes. Duas pessoas podem estar em contato,
conversando, mas com baixíssima conexão, como numa
situação social formal. Por outro lado, duas pessoas podem
estar fisicamente distantes, e portanto sem contato, mas se sentirem
conectadas.
Esta
distinção entre contato e conexão é muito importante para compreender o
que ocorre na situação que produz as crises de pânico.
Muitas pessoas relatam não ter crises
de Pânico enquanto estão acompanhadas de alguém confiável.
Porém, isto é verdadeiro enquanto elas se sentem
conectadas com esta pessoa. Quando a outra
pessoa está ao lado - portanto em contato -
mas sem conexão emocional, a crise de Pânico pode se instalar com mais probabilidade.
Algumas pessoas chegam a relatar a sensação de perda a conexão com o
outro antes de uma crise de
pânico eclodir.
A pessoa com pânico geralmente conhece a sensação de "estar ausente", desconectada, se sentindo distante mesmo de quem está ao seu lado.
A conexão com o outro parece prevenir crises de ansiedade por
oferecer uma proteção através do vínculo, uma garantia que protege da
sensação de desamparo e vulnerabilidade. Nesta situação,
o corpo da pessoa confiável funciona como um
"assegurador do funcionamento normal do corpo" da pessoa com pânico. Na
ausência da conexão com o outro,
o corpo poderia se desregular e a sensação de pânico aparecer.