Eu não me importo se é chamado de socialismo, fascismo, ou comunismo, estatismo é mau e destrutivo. Tomar parcialmente esse caminho com o “socialismo democrático” pode evitar a brutalidade, mas o resultado final ainda é a miséria econômica.
ObamaTRADUZIDO
Na esperança de provar o meu ponto, eu utilizo desdehumor até análise teórica.
Mas minha abordagem favorita, baseada em décadas de experiência em conversas individuais, discursos públicos e briefings pessoais, é compartilhar comparações entre países. Tais evidências do mundo real parecem ser as mais persuasivas.
Então está na hora de aumentar essa coleção.
Vamos voltar em 2011, quando Catherine Rampell estava com o The New York Times e escreveu umacoluna sobre um livro do economista do Banco Mundial Branko Milanovic. Ela focou em uma figura poderosa.
Minha parte favorita do livro é esse gráfico. No eixo vertical, você pode ver como cada trecho de 5% da distribuição de qualquer país se compara com a população mundial. Olhe os EUA. Note como a linha completa dos Estados Unidos reside na porção superior do gráfico. Isso ocorre porque o país inteiro é relativamente rico: isso significa que uma pessoa típica dentre os 5% com menores salários ainda é mais rica que 68% dos habitantes do mundo. Os americanos mais pobres, como um grupo, são tão ricos quanto os indianos mais ricos.
Aqui está o gráfico1 que chamou a atenção dela.
percentilDistribuicaoRenda
Eu concordo com tudo que Rampell escreveu sobre o gráfico, mas deixe-me expandir o escopo do que ela disse explicando por que essa é outra evidência para a proposição que políticos deveriam focar em crescimento ao invés de (des)igualdade.
De uma perspectiva esquerdista, a linha ideal para tal gráfico é horizontal porque representa completa igualdade de renda. E eles naturalmente pensam que políticas estatistas têm maior probabilidade de produzir resultados próximos dessa distribuição de renda ideal (por isso o apoio deles a políticos como ObamaClinton, e Sanders).
Mas o gráfico mostra por que eles estão tão errados em apoiar governos tão grande quanto possíveis.
Por um instante, pondere a pergunta de quais nações produzem o melhor resultado para os pobres. Obviamente, o rendimento per capita de todos os níveis salariais é maior nos EUA, mas a discrepância fica muito mais aparente para aqueles de baixa renda.
Existem, sem nenhuma dúvida, várias razões para a discrepância entre os rendimentos na tabela, mas uma explicação lógica é que o fardo do Estado é muito menor nos EUA (16º no ranking de liberdade econômica) do que na China (111ª), Índia (114ª) e Brasil (116º).
Falando nisso, algumas pessoas dizem que é injusto comparar os Estados Unidos com nações em desenvolvimento. Mas todo o objetivo dessa comparação é que esses países não fazem parte do “primeiro mundo” em parte porque suas políticas econômicas são caracterizadas por estatismo ao invés de capitalismo.
Mas para aqueles que querem comparações entre nações desenvolvidas, eu examinei as evidências dos EUA e da Europa em várias ocasiões e os resultados sempre mostram que políticas mais amigáveis ao mercado nos EUA produzem maiores níveis de prosperidade que políticas estatistas na Europa.
Se você quiser comparações mais palpáveis envolvendo umas das nações europeias de maior sucesso, considere essa tabela que mostra a prosperidade relativa de diferentes níveis salariais nos EUA e Suécia.
SueciaXEUA
O ponto principal é que é muito difícil achar qualquer argumento para insinuar que qualquer grupo de pessoas desfrute de maior prosperidade em uma nação com um fardo governamental maior.
Por isso eu ainda estou esperando um esquerdista responder com sucesso ao meu desafio de duas perguntas (e eles só precisam responder uma das perguntas).
Outra boa maneira de determinar se o mercado funciona melhor que o estatismo é olhar quão rápido as nações crescem com o passar do tempo.
James Pethokoukis, do American Enterprise Institute, compartilha um gráfico de Max Roser, mostrando mudanças a longo prazo na renda per capita da Coreia do Sul e da Venezuela.
A incrível informação que tiramos é que a Venezuela era aproximadamente três vezes mais rica que a Coreia do Sul há cinquenta anos, mas agora, a proporção é praticamente inversa.

PIB per capita da Coreia do Sul e Venezuela de 1950 a 2011.
PIB per capita da Coreia do Sul e da Venezuela de 1950 a 2011.

Essa é uma ratificação impressionante do importante princípio de que as diferenças mantidas entre os crescimentos das nações têm um enorme impacto a longo prazo na prosperidade de cada nação.
Isso mostra que nações em desenvolvimento podem experimentar “convergência” e se juntar ao primeiro mundo se elas adotarem boas políticas.
Elas não precisam de ótimas políticas. O importante aqui é simplesmente deixar o fardo governamental em níveis baixos para que o setor privado tenha espaço para crescer.

Obs 1: Para aqueles que estão se perguntando sobre o meu título juvenil, eu provavelmente assisti A Incrível Jornada mais de cem vezes quando os meus filhos eram crianças, e eu estou pegando emprestado uma fala muito apropriada desse filme.
Obs 2: Para aqueles que querem mais informações sobre o crescimento da Coreia do Sul, confiramessa comparação desse pais com seu vizinho, a Coreia do Norte.
Obs 3: E para aqueles que querem aprender mais sobre a falta de crescimento na Venezuela, veja como esse pais compara com o Chile e com a Argentina.

Esse artigo foi originalmente publicado como Capitalism Rules, Socialism Drools para o International Liberty.

  1. Esse gráfico é um pouco trabalhoso de entender. No eixo horizontal, temos ordenadas as pessoas de cada país por grupos de renda, do grupo de menor renda (à esquerda) para o de maior renda (à direita). Cada grupo tem 5% das pessoas daquele país.
    No eixo vertical, temos ordenadas as pessoas do mundo todo por grupos de renda, do grupo de menor renda (embaixo) para o de maior renda (em cima). Cada grupo tem 1% das pessoas do mundo.
    As linhas indicam que grupo do mundo tem renda média mais próxima da renda média de cada grupo de cada país. Por exemplo, vemos que a renda média do primeiro grupo nos EUA é próxima à renda média do 68º grupo no mundo, e que a renda média do décimo grupo na Índia é próxima à renda média do 22º grupo no mundo. (N. do E.)