terça-feira, 6 de março de 2018

Petistas tentam reescrever a história. Míriam Leitão chama a atenção para os mestres da arte de mentir e enganar


Petistas tentam reescrever a história. Míriam Leitão chama a atenção para os mestres da arte de mentir e enganar



Única voz sensata no jornalismo da Globo atualmente, a jornalista Míriam Leitão desmascara "Mais uma tentativa de mentir e enganar" da esquerda brasileira, que tem contado com a ajuda da própria Rede Globo, de reescrever a história recente através de uma narrativa completamente falsa, permeada por interesses políticos obscuros.

Contrariando a linha editorial da Globo dos últimos meses, a jornalista lembra que "o buraco no qual caímos foi cavado nas administrações petistas, no segundo governo Lula e no período Dilma".

"Há uma tendência, politicamente motivada, de fomentar uma indignação seletiva. Isso ficou explícito no plenário da Câmara e faz parte do discurso que tenta aproveitar a intensidade da crise e a baixa popularidade do governo para construir uma versão de que os problemas do país surgiram agora. O risco desse raciocínio é que ele pretende pavimentar o caminho do mesmo grupo ao poder, sem que tenha sido precedido por qualquer reconhecimento dos erros cometidos.

Se tiverem sucesso no projeto, repetirão os mesmos equívocos, já que estão terceirizando todas as consequências desastrosas dos próprios atos. Partidos e grupos políticos, como as pessoas, avançam quando reconhecem seus erros e aprendem com eles. O que está em curso é mais uma tentativa de mentir e enganar."

A voz destoante do jornalismo da Globo vem justamente de uma profissional que tinha todas as razões para fazer coro com os socialistas que infestam o grupo de comunicação. Em 1972, quando estava grávida, Míriam Leitão foi presa e torturada física e psicologicamente pelo regime militar no Brasil por ser militante do Partido Comunista do Brasil. Entretanto, a lucidez e a honestidade intelectual da jornalista não permitem que suas afinidades ideológicas do passado contaminem a leitura fidedigna do momento atual vivido no país.

No artigo publicado no O GLOBO deste domingo, a coluna lembra que "os mesmos parlamentares, agora na oposição, não se escandalizaram quando houve uma farra de renúncia fiscal no governo Dilma que até hoje desequilibra as contas públicas brasileiras porque os benefícios foram concedidos por anos. Esses mesmos parlamentares acham que foi normal usar os bancos estatais através das pedaladas fiscais para mascarar despesas em ano eleitoral. O buraco no qual caímos foi cavado nas administrações petistas, no segundo governo Lula e no período Dilma.

A escalada do desemprego começou ao fim de 2014. O país entrou em déficit primário em 2015 por decisões tomadas nos anos anteriores. Estava claro durante a campanha eleitoral de 2014 que o país estava entrando em recessão como resultado dos erros grosseiros da política econômica comandada por Guido Mantega, da invencionice da “Nova Matriz” assinada por Mantega e Nelson Barbosa. E apesar dos sinais avançados de que a conta chegara, Dilma repetia o discurso preparado pelos seus marqueteiros, hoje réus condenados por corrupção, João Santana e Mônica Moura, de que não havia crise.

A estratégia da oposição agora é usar a alta rejeição ao governo Temer e fazer mais um trabalho de manipulação para que o país esqueça o que houve no passado recente. Um artigo na semana passada assinado pelo ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho é o exemplo desse esforço orwelliano de mudar a história recente. Ele passeia pelos pontos da crise, a dívida pública crescente, a recessão, como se fossem estrangeiras a ele. Parte do crescimento da dívida foi provocado pelas transferências extravagantes de meio trilhão de reais para o banco no período em que ele o dirigia.

Os erros passados devem ser registrados para que não se fique com a impressão de que era bom e ficou ruim. O que está em curso é mais uma tentativa de mentir e enganar"

Sem comentários:

Enviar um comentário