quinta-feira, 14 de julho de 2016

Sabe aquela história que a Suécia é o “socialismo que deu certo”? Então, é mentira.

Sabe aquela história que a 

Suécia é o “socialismo que 

deu certo”? 

Então, é mentira.












Pense um instante e responda: qual o melhor exemplo de país socialista que você conhece? Cuba? Venezuela? Pode parecer improvável, mas uma monarquia de sete séculos com uma religião oficial de Estado tornou-se a resposta mais provável pra muita gente. A Suécia e seu pesado Estado de Bem-Estar, com saúde e educação gratuitas, por anos foi fonte de inspiração para boa parte das reformas constitucionais mundo afora. Só há um problema com essa história: nem nós brasileiros, nem boa parte do mundo, entendemos o tal “modelo sueco” que desejamos replicar. Com um olhar mais atento, não é difícil perceber por que o socialismo passa longe das bases de sustentação da economia do país.
Muito mais do que um Estado que cobra pesados impostos sobre a renda dos mais ricos para pagar generosos benefícios (na Suécia, em média, o imposto de renda abocanha 44% da renda, podendo chegar até a 59% na maior alíquota), a Suécia é uma economia complexa e dinâmica, com elevado grau de produtividade, e características fundamentais de uma sociedade de mercado, como respeito à propriedade privada, burocracia reduzida, poucas dificuldades para se abrir ou manter um negócio e facilidade para se comercializar.
Esta combinação quase única torna o modelo sueco bastante distinto de outros países, como França ou Bélgica, também conhecidos pelo tamanho das atribuições estatais. Ao contrário destes países, a Suécia preserva um vigoroso crescimento econômico e mantém-se bem posicionada quando o assunto é inovação. Algo que nem sempre foi assim.
Durante pouco mais de quatro décadas, entre 1950 e 1990, a Suécia mergulhou de cabeça na criação do seu Estado de Bem Estar Social, e em planos que poderiam hoje ser chamados desocialistas. Neste período, que caracteriza a Suécia que você, seu professor de história, e boa parte das pessoas conhece, o imposto de renda chegou a 102% e os sindicatos planejaram com o governo uma forma de tomar o controle da economia e das empresas por meio de uma “mudança gradual”.
Sob a liderança do economista judeu e socialista, Rudolf Meidner, e do SAP, o Partido Social Democrata Sueco, a Suécia pôs em prática um plano chamado de “Löntagarfonderna”, cujo propósito não era outro se não o de uma “transição pacífica rumo ao socialismo”. Na prática, o governo sueco passou a determinar como se daria a divisão de lucro nas empresas. Parte dela seria ainda destinada ao capitalista, mas parte significativa ficaria retida em um fundo, sob controle dos sindicatos, que passaria a ser convertido em participação acionária nas empresas. Em pouco mais de 20 anos, os empregados de cada empresa deteriam 52% do seu capital, e os sindicatos o controle de cada empresa sueca com mais de 50 funcionários.
Os planos de Meidner e dos líderes suecos acabou, no entanto, não se concretizando. A chamada “Grande Depressão Sueca”, que atingiu o país no início dos anos 90, ocasionou uma forte mudança nos rumos de sua economia, e fez da Suécia um exemplo quase oposto daquilo que continua a ser difundido mundo afora, com muito atraso.
Ao contrário do que pensam os nossos socialistas, dividir a riqueza não é sinônimo de criá-la. Como bem demonstra a última tentativa de política econômica Made in Brazil, liderada por Guido Mantega, ninguém fica rico gastando. E isso é o que a Suécia tem de mais valioso a nos ensinar.

COMO A SUÉCIA ENRIQUECEU, AFINAL?

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Falar da história econômica da Suécia significa quase sempre falar em exportações. Com vastas reservas minerais e florestais, o país foi durante séculos um fornecedor para o crescente mercado europeu e suas revoluções industriais. Para aproveitar esta onda, o governo sueco tomou uma decisão “radical”: a de reduzir e abolir boa parte de suas barreiras comerciais.
O resultado da queda das barreiras, em 1850, foi fazer do país um dos destinos mais favoráveis ao capital estrangeiro em toda a Europa. Nas duas décadas que sucederam tais medidas, o país viu seus investimentos crescerem 10 vezes mais rápido, saindo de uma taxa de 0.3% a.a. para 3% ao ano, além de uma explosão no comércio exterior, que passou a crescer 4,6% ao ano, contra 0,7% a.a. anteriormente. A exemplo do que se tentou realizar no Brasil e na Argentina, investidores ingleses inundaram o país com financiamento para a construção de ferrovias e meios de comunicação. Foram os ingleses também os responsáveis por financiar a eletrificação do país.
Em 1856, a primeira linha ferroviária do país, ligando as cidades de Orebro e Nora, foi inaugurada com capital privado e financiamento inglês. Nas três décadas seguintes, o país construiu nada menos do que 13 mil quilômetros de ferrovias. Número semelhante ao de ferrovias aptas ao transporte no Brasil, país 19 vezes maior.
Com uma densidade demográfica considerada “baixa”, as distâncias na Suécia tornaram-se mais curtas neste período. Sua economia teve melhores incentivos para comercializar e grandes empresas começaram a surgir no país. Como resultado, o país naturalmente viu nascer a sua própria bolsa de valores pouco tempo depois, em 1866.
A consequência disso tudo foi um crescimento total da economia sueca de 2,4% ao ano, durante as seis décadas que antecederam a Primeira Guerra Mundial, uma taxa maior atémesmo do que a americana. Neste período, o pequeno país nórdico igualou o PIB per capita inglês, então o maior do mundo na época.
Uma análise mais detalhada do crescimento sueco mostra a força da indústria no país, que por seis décadas ostentou uma taxa de crescimento de 5% ao ano. O serviço público por sua vez, cresceu 1% ao ano, pouco menos da metade dos serviços privados.
Ao governo, coube editar em 1848 a Lei de Sociedades Abertas (que regula as empresas de capital aberto), cerca de 128 anos antes do Brasil pretender fazer o mesmo. Em 1897, o governo atuou novamente para entregar ao Banco Central, o poder de prover liquidez na economia. A consequência era inevitável: a Suécia atravessou o final do século dezenove com uma explosão de pequenos bancos privados, responsáveis por financiar a abertura de novas empresas.
Durante todo o período, inúmeras reformas institucionais foram estabelecidas. Foi em 1850, por exemplo, que o governo reduziu drasticamente impostos sobre livros e jornais. Complementando a introdução de um dos primeiros sistemas de ensino compulsório do mundo, criado em 1842. Sob forte influência da igreja sueca (que ainda hoje é ligada ao Estado), a educação se tornou parte do cotidiano do país.
O controle da taxa de juros pelo governo foi abolido em 1860. A abolição completa de boa parte das tarifas alfandegárias veio logo em seguida, em 1864.
Como consequência, nenhum país do mundo teve tantos ganhos de produtividade quanto a Suécia durante este período. Entre 1870 e 1970, quando o país decidiu entrar de vez na social democracia, a taxa de produtividade de um trabalhador sueco cresceu 17 vezes, contra 10 vezes de um americano e 5 vezes de um britânico.
O resultado mais claro pode ser presenciado no PIB per capita sueco em 1950, quando o país começou a promover mudanças, no pós-guerra. Durante este período, quando a “era do livre comércio” acabou na Suécia, o país era o 4º do mundo nesse quesito.
Os ganhos na área social na sua grande era liberal não foram menores. Entre 1850 e 1950, a expectativa de vida cresceu 28 anos no país, enquanto a mortalidade infantil declinou de 15 para 2%. A Suécia era exemplo pro mundo.

COMO A SUÉCIA MERGULHOU DE CABEÇA EM SUA EXPERIÊNCIA SOCIALISTA. E COMO ELA FRACASSOU.

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Vinda de um período de 100 anos em que cresceu quase 60% mais do que a média européia (1,64% contra 1,01%) e quase duas vezes a média da economia mundial, a Suécia começou a mudar suas perspectivas com um aprofundamento das visões do SAP, o Partido Social Democrata Sueco, que governou o país durante 69 dos 110 anos em que a Suécia foi um reino em separado da Noruega. Entre 1936 e 1976, por exemplo, o SAP pôde governar de maneira ininterrupta, conseguindo reduzir drasticamente as oposições políticas que antes impediam a implementação completa de suas ideias sobre a economia do país.
Em uma sociedade rica, com forte tradição em caridade privada, a ideia de um Estado que passasse a gerir e prover serviços básicos não encontrou grande oposição na Suécia. Mesmo famílias ricas se sentiam na época compelidas a apoiar um crescimento das atribuições estatais.
País de forte tradição sindical, com cerca de 2 em cada 3 trabalhadores filiados a um sindicato (contra uma média de 1 em 8 nos Estados Unidos, por exemplo), a Suécia viu sua conjuntura mudar justamente por meio de um deles. Foi em 1951 que dois economistas, Gosta Rehn e Rudolf Meidner, propuseram o chamado modelo de “Rehn-Meidner”, que acabou ficando mais conhecido como o “modelo sueco”. Com ênfase no pleno emprego e na redistribuição de renda, a ideia era uma porta de entrada para a criação de um robusto Estado de bem-estar social.
O modelo teve boa aceitação em um período especialmente complicado para a história do país. Em 1950, a Suécia enfrentava – como toda Europa, aliás – um crescimento da inflação e chegou a praticar até mesmo congelamento de salários em 1949 e 1950, como forma de conter o surto inflacionário.
De fato, ainda que não tenha sido plenamente adotado, o modelo consolidou no país a visão de um Estado assistencialista, o que permitiu reformas ainda mais ousadas alguns anos depois.
Durante as duas décadas seguintes, o país passou a centralizar as discussões sobre salários. Negociações antes feitas entre empresas e sindicatos passaram a ter o governo como parte interessada.
Em 1970, a Suécia ainda vivia o auge do período pós-guerra, com crescimento agora 15% menor que a média europeia, quando foi atingido pelo choque do petróleo. A crise de 1973, que levou países ricos a passarem por uma experiência de “estagflação”, gerou baixo crescimento e inflação elevada.
Para solucionar o problema, o governo buscou aprofundar seu modelo de intervencionismo, criando inúmeros benefícios que, ao menos em tese, amenizariam os problemas das camadas mais pobres. Com o crescente número de pessoas que dependiam do governo para sobreviver, não é difícil perceber como o aumento progressivo da taxação teve forte apoio popular.

102% DE IMPOSTO DE RENDA. ACONTECEU POR LÁ. E NÃO DEU CERTO.

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Entre 1970 e 1990, a carga tributária sueca saltou de 31,4% para 50%. Em 1975, o país aprovou uma alíquota limite de 102% no imposto de renda (o que na prática obrigava a população a comprar imóveis e realizar outros investimentos que permitiam a dedução no imposto de renda). A saga do imposto de renda de 102% pode ser conferida no livro “Pomperina no mundo do dinheiro”, escrito pela sueca Astrid Lindgren, que narra a saga de uma escritora que descobre ter de pagar impostos maiores do que sua renda. Por que a obra é importante? O livro de Astrid provocou reações políticas acaloradas na época, e muitos consideram que ele foi um dos principais motivos para a derrota do Partido Social Democrata, já há quatro décadas no poder.

O MODELO SUECO COM ESTADO PROVENDO SERVIÇOS “DO BERÇO AO TÚMULO”.

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Com o aprofundamento da crise do petróleo, o governo sueco passou a adotar uma política progressivamente mais intervencionista. Por meio de recursos públicos, pretendia-se na época manter quatro pilares: crescimento, pleno emprego, igualdade e estabilidade de preços. O aumento crescente da carga tributária seria, segundo essa tese, o pilar de sustentação do modelo sueco, resumido por Meidner como uma união entre o livre mercado e a propriedade privada, amplamente aceitos, e o socialismo trabalhista dos sindicatos.
Como consequência da crise e do amadurecimento da primeira geração nascida já sob a gestão de Meidner, os suecos continuaram apostando no aumento das atribuições estatais. O resultado? Nas duas décadas que sucederam a crise do choque do petróleo, o país criou uma ampla gama de benefícios previdenciários e assistencialistas, implementou seu sistema de saúde universal e elevou os gastos sociais para quase 29% do PIB.
Data deste período também o aumento do funcionalismo público, que passou para quase 40% do total de trabalhadores, contra 12,5% de 1960. Para sustentar seu modelo, o governo sueco apoiou-se ainda em amplas desvalorizações cambiais e em uma alta da inflação, que chegou a 16% ao ano durante a década de 80.

A GRANDE DEPRESSÃO… SUECA.

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Duas décadas de aumentos de gastos públicos fizeram da Suécia um dos países com maior gama de serviços públicos do mundo, e ao mesmo tempo um dos mais endividados. Sem conseguir suprir todos os seus gastos com receita de impostos, o governo naturalmente elevou seu endividamento. Em 1984-85, por exemplo, 29% dos gastos públicos eram destinados ao pagamento de juros, número similar ao dos gastos com previdência.
Para garantir meios de se financiar, o governo aumentou o nível de crédito na economia, aprovando uma desregulamentação do setor bancário que serviria para financiar o crescimento econômico e seus próprios gastos. Entre 1985 e 1989, com forte apoio do Banco Central do país, o crédito cresceu em média 21% ao ano – algo não muito diferente das taxas registradas no Brasil nos últimos 5 anos.
No mesmo período, o Riskbank, o banco central sueco, aumentou em 975% seus empréstimos ao setor bancário. A tentativa de inundar o mercado com crédito e assim suprir as demandas do governo e do setor privado, no entanto, falharam, e o país entrou em uma recessão que se estendeu entre 1990 e 1994.
Em termos per capita, a Suécia, que entrou de cabeça no modelo socialista de Meidner, ocupava a posição de 4ª economia mais rica da OCDE, contra a 14ª em 1997, após duas décadas de fortes políticas sociais democratas. Em 2012, o país voltou a ocupar um posto melhor: o 9º lugar. Mas não sem motivo.

COMO A SUÉCIA ESCAPOU DA RECESSÃO REDUZINDO DRASTICAMENTE O TAMANHO DO ESTADO. 

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Escapar da maior recessão econômica em mais de 2 séculos não foi uma tarefa simples, e muito menos consensual. Jogar a culpa no sistema financeiro foi, como era de se esperar, a primeira alternativa.
Na prática, porém, a Suécia decidiu dar a volta e buscar um equilíbrio em seu modelo, reforçando práticas de livre mercado e reduzindo o dirigismo estatal na economia. Controles de salários foram abolidos, por exemplo, e o setor privado ganhou espaço.
Como retrata o Le Monde, em um artigo publicado em 2011, a Suécia criou de fato um modelo a ser adotado em todo o mundo, mas não o modelo de Estado grande e provedor – o modelo de Estado que soube se reinventar.
Hoje o país é o que mais reduz impostos em todo o mundo. A taxa de impostos sobre grandes empresas na Suécia, por exemplo, é quase metade da americana (22% contra 40%), e o número de funcionários no setor público cai ano a ano.
Em 1990, quando iniciou suas reformas, a Suécia possuía 1,7 milhão de funcionários públicos, contra os 1,3 milhão atuais. No setor privado, o total era de 2,8 milhões contra os 3,25 milhões atuais. Em outras palavras, o país reduziu de 40% para 28,57% o número de trabalhadores no serviço público. A taxa ainda é maior que a brasileira, de 12%, mas com o pequeno diferencial de que na Suécia, ao contrário daqui, um servidor público não ganha 3 vezes mais do que a média.
Privilégios aos servidores públicos são relativamente menores. Em cargos mais altos, como no legislativo ou judiciário, eles são extremamente controlados. Políticos que vivem no interior por exemplo, podem utilizar apenas apartamentos funcionais divididos com outros políticos. Auxílios moradias, auxílio terno e tudo o mais – e todo resto que você vê por aqui – é uma realidade que passa longe da Suécia.
O governo por sua vez, possui um orçamento equilibrado. Não há déficits públicos. Gasta-se apenas o que arrecada e a dívida pública sueca é menor que a brasileira.
O governo sueco deve apenas 40,6% do PIB, contra 67% do governo brasileiro. Em 1995, após sair da sua depressão, a dívida pública sueca era de 72,8% do PIB, uma queda garantida por orçamentos desequilibrados.
Para competir em um mundo cada vez mais globalizado, o país reduz drasticamente impostos. Apenas nos últimos 15 anos os impostos sobre grandes empresas caíram quatro vezes e a carga tributária geral saiu de 49,5% para 42,8%. O gasto público por sua vez caiu de 70,5% em 1993 para 51% em 2015. E as reformas liberais vieram pra ficar.

COMO AS PRIVATIZAÇÕES ENTRARAM NA MODA NA SUÉCIA

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2008 é um ano histórico para os suecos. Pela primeira vez um governo de direita conseguiu reeleger-se por lá. A contragosto dos sociais democratas, o primeiro-ministro Fredrik Reinfeltd levou a cabo a privatização de bens públicos, como as farmácias (até 2011 a Suécia era, junto a Cuba e Coréia do Norte, o único país do mundo a ter farmácias estatais), a privatização de empresas de bebidas, ferrovias, empresas áreas, bancos e outras estatais.
O Partido Social Democrata, por outro lado, apoiou boa parte das privatizações no período, opondo-se eventualmente ao modelo, mas não à ideia. No caso das farmácias, por exemplo, quase metade delas foi vendida aos seus próprios funcionários.
Como medida mais extrema, o governo do Partido Moderado, de cunho conservador, levou adiante um plano para elevar o número de crianças matriculadas em escolas privadas, mas financiadas com dinheiro público. As chamadas charter schools ocupam hoje 1 em cada 8 vagas de ensino.
No setor de saúde, quase 30% dos atendimentos são realizados por empresas privadas responsáveis por gerir os hospitais públicos. O número, que está aumentando, permite à Suécia ter ,por exemplo, a maior empresa de saúde privada da Europa, a Capio.
Segundo o The Guardian, a experiência com a gestão privada tem tido resultados relevantes na parte de atendimento ao público. No maior hospital da capital sueca, gerido pela Cápio, a espera média de pacientes é de meia hora, contra 4h na média do HNS, o sistema público de saúde do Reino Unido.

VOCÊ TALVEZ NÃO AINDA SAIBA DISSO, MAS É MAIS FÁCIL FAZER NEGÓCIOS NA SUÉCIA DO QUE NA ALEMANHA.

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Elaborado pelo Banco Mundial, o ranking “Doing Business” lista uma série de fatores fundamentais para investimentos. Dentre os países avaliados, a Suécia destaca-se por sua alta flexibilidade trabalhista e facilidades de importação e exportação.
No país nórdico, cada empregado custa em média 44% entre taxas e outros custos trabalhistas. No Brasil, a média é de R$ 1,03 em impostos, taxas e benefícios trabalhistas, para cada R$ 1 em salários.
Dentre os destaques da nova economia sueca está a ênfase aos acordos de livre-comércio. O país é o 4º no mundo que mais realiza acordos comerciais.
A Suécia ocupa o 8º lugar no ranking do Banco Mundial, entre os países mais fáceis de fazer negócios no mundo, contra um 7º lugar dos Estados Unidos, 26º da Suiça, 15º da Alemanha e 116º do Brasil.
A transformação da Suécia de uma utopia de esquerda em um dos países mais culturalmente e economicamente abertos da Europa tem sido uma experiência notável, com certo destaque para a importância de suas instituições. O tal socialismo sueco convive mais na mentalidade apaixonada de pessoas incapazes de correlacionar fatos e eventos do que na prática. O país, ao contrário do que se pensa, não adquiriu sua riqueza graças à distribuição de renda – em suma, os suecos aprenderam na prática algo que os brasileiros ainda relutam em aceitar: a criação de riqueza é um passo fundamental para aqueles que sonham em dividi-la.
Se você está disposto a apostar no sonho sueco por aqui também, não tem como escapar: chegou a hora de começar a abraçar mais liberdade de mercado, privatizações, diminuição dos custos trabalhistas, acordos de livre comércio e racionalidade nos gastos públicos.

Fonte :http://spotniks.com/sabe-aquela-historia-que-a-suecia-e-o-socialismo-que-deu-certo-entao-e-mentira/


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Suécia - Crescimento Económico e Mudança Estrutural, 1800-2000

Lennart Schön, Universidade de Lund

Este artigo apresenta uma visão geral do desempenho do crescimento económico sueco internacionalmente e estatisticamente e uma conta das principais tendências no desenvolvimento económico sueco durante os séculos XIX e XX. 1
crescimento econômico moderno na Suécia decolou em meados do século XIX e em termos comparativos internacionais Suécia tem sido bastante bem sucedido durante os últimos 150 anos. Esta é em grande parte graças à transformação da economia e da sociedade de agrária para industrial. A Suécia é uma pequena economia que tem sido aberta a influências estrangeiras e altamente dependente da economia mundial. Assim, as sucessivas mudanças estruturais ter colocado sua marca em cima do crescimento econômico moderno.

Crescimento sueco em Perspectiva Internacional

O período de um século a partir da década de 1870 à década de 1970 compreende a parte mais bem sucedida de industrialização sueco e crescimento. Em uma base per capita da economia japonesa realizada igualmente bem (ver Tabela 1). Os países escandinavos vizinhos também cresceu rapidamente, mas a um ritmo um pouco mais lento do que a Suécia. O crescimento no resto da Europa industrial e em os EUA foi claramente ultrapassado. O crescimento em toda a economia mundial, medida pelo Maddison, foi ainda mais lento.
Tabela 1 Taxas de crescimento económico anual per capita nos países industrializados e a economia mundial, 1871-2005
AnoSuéciaResto dos países nórdicosResto da Europa OcidentalEstados UnidosJapãoEconomia Mundial
1871 / 1875-1971 / 19752.42.01.71.82.41,5
1971 / 1975-2001 / 20051.72.21.92.02.21.6
Nota: Rest of países nórdicos = Dinamarca, Finlândia e Noruega. Resto da Europa Ocidental = Áustria, Bélgica, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Holanda e Suíça.
Fonte: Maddison (2006); Krantz / Schön (no prelo 2007); Banco Mundial, Indicador de Desenvolvimento Mundial de 2000; Groningen Growth and Development Centre, www.ggdc.com .
O avanço sueco em uma perspectiva global é ilustrada na Figura 1. Em meados do século XIX, o nível médio de renda sueco foi perto do nível médio global (como medido por Maddison). Em uma perspectiva europeia a Suécia era um país bastante pobre. Na década de 1970, porém, o nível de renda sueco foi mais de três vezes superior à média global e entre as mais altas na Europa.
Figura 1
PIB sueco per capita em relação ao PIB per capita mundial, 1870-2004
(Nove anos de médias móveis)
PIB sueco per capita em relação ao PIB per capita mundial, 1870-2004
Fontes: Maddison (2006); Krantz / Schön (no prelo 2007).
Nota. A variação anual da produção mundial entre benchmarks de Maddison 1870, 1913 e 1950 está estimado da sua oferta de série anual país.
Até certo ponto isso era uma história de catch-up. A Suécia foi capaz de tirar partido dos avanços tecnológicos e organizacionais feitas na Europa Ocidental e América do Norte. Além disso, os países escandinavos com bases de recursos, como a Suécia ea Finlândia tinham sido bastante prejudicados enquanto a agricultura era a principal fonte de renda. A mudança para a indústria expandiu a base de recursos e desenvolvimento industrial - direcionado tanto para um mercado interno crescente, mas ainda mais para um mercado mundial ampliando - se tornou a principal alavanca de crescimento do final do século XIX.
Catch-up não é toda a história, apesar de tudo. Em muitas áreas industriais empresas suecas tomaram uma posição na fronteira tecnológica a partir de um ponto adiantado no tempo. Assim, em certos sectores, há também foi avançando, 2 acelerando o ritmo da mudança estrutural na economia industrialização. Além disso, durante um século de crescimento bastante rápido novas condições têm surgido que têm exigido profunda adaptação e uma renovação da actividade empresarial, bem como das políticas económicas.
A desaceleração do crescimento sueco da década de 1970 pode ser considerado nesta perspectiva. Enquanto na maioria dos outros países, o crescimento da década de 1970 caiu apenas em relação às taxas de crescimento nas idades de ouro do pós-guerra, o crescimento sueco caiu claramente abaixo da tendência histórica de crescimento de longo prazo. Ele também caiu para um nível muito baixo internacionalmente. A década de 1970 certamente significou o fim de uma série de trajetórias de crescimento bem sucedidas na sociedade industrial. Ao mesmo tempo, novas forças de crescimento apareceu com a revolução eletrônica, bem como com o avanço de uma economia mais serviço baseado. Pode ser o caso de que esta mudança estrutural atingiu a economia sueca mais difícil do que a maioria das outras economias, pelo menos, das economias capitalistas industriais. A Suécia foi forçada a uma transformação da sua economia industrial e de sua economia política nos anos 1970 e os anos 1980 que era mais profunda do que na maioria das outras economias ocidentais.

Uma Visão Geral de Estatística, 1800-2000

desenvolvimento económico sueca desde 1800 pode ser dividido em seis períodos com diferentes tendências de crescimento, bem como composição diferente das forças de crescimento.
Quadro 2 Taxas de crescimento anual da produção per capita, os investimentos totais, do Comércio Externo e da População na Suécia, 1800-2000
PeríodoO PIB per capitainvestimentosComércio exteriorPopulação
1800-18400,60,30,70,8
1840-18701.23.04.61.0
1870-19101.73.03.30,6
1910-19502.24.22.00,5
1950-19753.65.56.50,6
1975-20001.42.14.30,4
1800-20001.93.43.80,7
Fonte: Krantz / Schön (no prelo 2007).
Nas primeiras décadas do século XIX, o setor agrícola dominado e crescimento era lento em todos os aspectos, mas na população. Ainda houve crescimento per capita, mas de certa forma isso foi uma recuperação dos níveis baixos durante as guerras napoleônicas. A aceleração durante o próximo período em torno de meados do século XIX é marcado em todos os aspectos. Investimentos e comércio exterior tornou-se ingredientes muito dinâmicas, com o início da industrialização. Eles deveriam permanecer assim durante os seguintes períodos também. Até a década de 1970 as taxas de crescimento per capita aumentou para cada período sucessivo. Em uma perspectiva internacional é mais notável que as taxas de crescimento per capita também aumentou no período entre guerras, apesar da desaceleração no comércio exterior. O período entre guerras é crucial para a relação longo prazo, o sucesso de crescimento da economia sueca. A culminação decisiva no período pós-guerra, com altas taxas de crescimento nos investimentos e no comércio exterior destaca-se, assim, como a desaceleração em todos os aspectos no final do século XX.
Uma análise num quadro de contabilidade do crescimento tradicional dá um padrão de longo prazo com certas semelhanças periódicas (ver Tabela 3). Assim, o crescimento da produtividade total dos fatores tem aumentado ao longo do tempo até a década de 1970, apenas para diminuir o seu nível de longo prazo nas últimas décadas. Esta desaceleração do crescimento da produtividade pode ser encarado seja como um fracasso do "modelo sueco" para acomodar novas forças de crescimento ou como um outro caso do "paradoxo da produtividade", em vez de a revolução da tecnologia da informação. 3
Tabela 3 Produtividade Total dos Fatores (PTF) Crescimento e contribuição relativa de capital, trabalho e PTF para o crescimento do PIB na Suécia, 1840-2000
PeríodoO crescimento da PTFCapitalTrabalhoTFP
1840-18700,4552718
1870-19100,7501832
1910-19501.0392437
1950-19752.145748
1975-20001.044155
1840-20001.1451639
Fonte: Ver Tabela 2.
Em termos de contribuição para o crescimento global, a PTF tem aumentado a sua quota para cada período. A participação TFP foi baixa na década de 1840, mas houve um aumento muito acentuado com o início da industrialização moderna a partir da década de 1870. Em termos relativos TFP atingiu o seu nível mais alto até agora a partir de 1970, indicando assim um papel crescente do capital humano, tecnologia e conhecimento no crescimento económico. O papel da acumulação de capital foi marcadamente mais pronunciado no início da industrialização com o acúmulo de uma infra-estrutura moderna e com a urbanização, mas ainda assim o capital se mantém muito de sua importância durante o século XX. Assim, a sua contribuição para o crescimento durante o período pós-guerra Idades de Ouro foi significativa com níveis muito elevados de investimentos materiais. Ao mesmo tempo, o crescimento da PTF culminou com mudanças estruturais positivas, bem como o aumento da intensidade de conhecimento complementares aos investimentos. Trabalho tem em termos quantitativos reduzidos progressivamente o seu papel no crescimento económico. Deve-se observar, no entanto, o relativamente grande importância do trabalho no crescimento económico sueco durante o período entre guerras. Isto foi em grande parte devido a fatores demográficos e à situação do emprego, que será ainda mais comentado.
Nas primeiras décadas do século XIX, o crescimento ainda foi liderado pela produção primária da agricultura, acompanhada de serviços e transportes. A produção secundária na fabricação e construção era, pelo contrário, muito estagnada. Desde a década de 1840 o setor industrial acelerado, cada vez mais apoiada por transportes e comunicações, bem como por serviços privados. A mudança setorial da agricultura para a indústria tornou-se mais pronunciado na virada do século XX, quando a indústria e transporte cresceu, enquanto o crescimento agrícola desacelerou em estagnação posterior. No período pós-guerra, o volume de serviços, tanto privados como públicos, aumentou fortemente, embora ainda não ultrapassando indústria. A partir dos anos 1970, o foco mudou para serviços privados e transportes e comunicações, indicando novas condições fundamentais de crescimento.
Tabela 4 Taxas de crescimento de setores industriais, 1800-2000
PeríodoAgriculturaIndustrial e MãoTransportes e Comunic.PrédioServiços privadosServiços públicosPIB
1800-18401,50,31.1-0.11.41,51.3
1840-18702.13.71.82.42.70,82.3
1870-19101.053.91.32.71.02.3
1910-19500.03,54.91.42.22.22.7
1950-19750,45.14.43.84.34.04.3
1975-2000-0.41.92.6-0.82.20,21.8
1800-20000,93.83.71.82.71.72.6
Fonte: Ver Tabela 2.
Nota: Os serviços privados são exclusivos dos serviços de habitação.

Crescimento e Transformação na Sociedade Agrícola do início do século XIX

Durante a primeira metade do século XIX, o sector agrícola e da sociedade rural dominado a economia sueca.Assim, mais de três quartos da população foram ocupadas na agricultura, enquanto cerca de 90 por cento viviam no campo. Muitas atividades não-agrárias, como a indústria do ferro, a indústria moinho a serra e muitos ofícios, bem como serviços domésticos, religiosas e militares foram realizadas em áreas rurais. Embora o crescimento foi lento, uma série de mudanças estruturais e institucionais ocorreu que abriu caminho para a modernização futuro.
O mais importante foi a transformação da agricultura. Da comercialização do século XVIII tarde do sector primário intensificada. Particularmente durante as guerras napoleônicas, o mercado nacional de produtos alimentares aumentou. O aumento da população em combinação com a diminuição temporária das importações estimulou gabinetes e recuperação de terras, a introdução de novas culturas e novos métodos e, sobretudo, estimulou um maior grau de orientação para o mercado. Nas décadas após a guerra o déficit comercial sueco tradicional em grão, mesmo deslocado para um excedente comercial com uma exportação crescente de aveia, principalmente para a Grã-Bretanha.
Concomitante com a transformação agrícola foram uma série de mudanças infra-estruturais e institucionais. os custos de transporte domésticos foram reduzidos através de investimentos em canais e estradas. Comércio de bens agrícolas foi liberalizado, reduzindo os custos de transação e integração no mercado doméstico ainda mais.empresas comerciais tornou-se mais eficaz para atrair excedentes agrícolas para os mercados mais distantes. Em apoio a SECTOR AGRÍCOLA novos meios de informação foram introduzidas por, por exemplo, sociedades agrícolas que publicaram periódicos sobre métodos inovadores e sobre as tendências de mercado. sociedades hipotecárias foram estabelecidos para fornecer a agricultura com capital de longo prazo para investimentos que, por sua vez intensificou a comercialização da produção.
Todos estes elementos significava uma profunda mudança institucional no sentido de que o mecanismo de preços tornou-se muito mais eficaz em dirigir o comportamento humano. Além disso, um maior interesse na informação e no principal instrumento de informação, ou seja, alfabetização, foi infundida. Tradicionalmente, a alfabetização popular, tinha sido defendido pela igreja, dedicado principalmente ao conhecimento dos textos luteranos primários.No novo ambiente econômico, a alfabetização foi secularizado e transformado em uma alfabetização mais funcional marcada pelo advento das escolas para a educação pública na década de 1840.

O avanço do crescimento econômico moderno, em meados do século XIX

Nas décadas em torno do meio das novas forças dinâmicas do século XIX parecia que o crescimento acelerado.Mais notavelmente comércio exterior cresceu aos trancos e barrancos na década de 1850 e 1860. Com os novos setores de exportação, investimentos industriais aumentou. Além disso, estradas de ferro tornou-se o componente mais importante de uma nova infra-estrutura e com esta construção um novo componente no crescimento sueca foi introduzido, as importações de capital pesados.
A retomada do crescimento industrial na Europa Ocidental durante os anos 1850, em combinação com a demanda induzida pela Guerra da Criméia, levou a uma particularmente forte expansão das exportações suecas com fortes aumentos de preços para os três produtos básicos - ferro bar, madeira e aveia. O ferro bar sueco à base de carvão tinha sido a de exportação tradicional bom e estava completamente dominado as exportações suecas até meados do século XIX. ferro Bar conheceu, no entanto, cada vez mais forte concorrência de indústrias britânicas e continentais de ferro e aço e as exportações suecas tinha estagnado na primeira metade do século XIX. A recuperação da demanda internacional, na sequência da difusão de industrialização e construção ferroviária, deu um impulso para a modernização da produção de aço sueca nas décadas seguintes.
A indústria de serração foi realmente uma nova indústria de exportação que cresceu dramaticamente nos anos 1850 e 1860. Até este momento, as vastas florestas na Suécia tinha sido considerado principalmente como um recurso de combustível para a indústria de ferro e para aquecimento doméstico e de construção residencial local.Com aumentos de preços acentuada no mercado da Europa Ocidental a partir dos anos 1840 e 1850, os recursos da parte norte escassamente povoadas da Suécia repente tornou-se valioso. Uma explosão formidável de construção serraria na foz dos rios ao longo da costa norte seguidas. Dentro de algumas décadas comerciantes suecos, bem como comerciantes noruegueses, alemães, britânicos e holandeses, tornou-se usineiros viu correndo grandes empresas capitalistas à margem da civilização europeia.
Menos dramático, mas igualmente importante foi a súbita expansão das exportações de aveia suecos. O mercado de aveia apareceu principalmente na Grã-Bretanha, onde o transporte de curta distância, em rápido crescimento centros urbanos aumentou a frota de cavalos. aveia sueca tornou-se um importante recurso energético durante as décadas em torno de meados do século XIX. Na Suécia, esta teve um significado especial, já que a aveia pode ser cultivado em solos bastante estéreis e marginais e na Suécia foi ricamente dotado de tais solos. Assim, o mercado de aveia com preços fortemente crescentes estimulou ainda mais a comercialização da agricultura e da difusão de novos métodos. Foi ainda assim desde aveia para o mercado foram um substituto para a produção de linho local - também prosperar em solos estéreis - enquanto que a roupa doméstica era cada vez mais suplantada por produtos de algodão produzido na fábrica.
A economia sueca foi capaz de responder ao impulso da Europa Ocidental durante essas décadas, para difundir as novas influências na economia e integrá-los em seu desenvolvimento com muito sucesso. As barreiras para a mudança parece ter sido fraco. Isto é em parte explicado pela transformação antes da agricultura e da evolução das instituições do mercado na economia rural. As pessoas reagiram ao mecanismo de preços. Novas classes sociais de camponeses comercial, capitalistas e trabalhadores assalariados tinha surgido em uma era de expansão do mercado interno, com o aumento da especialização regional e aumento da população.
A composição dos bens de exportação também contribuiu para a difusão da participação e à difusão da receita de exportação. Ferro, madeira e aveia significava tanto uma regional e uma distribuição social. O valor dos recursos marginais anteriores, tais como solos no sul e florestas do norte foi inflado. A tecnologia era simples e trabalho intensivo na indústria, silvicultura, agricultura e transporte. A demanda por trabalhadores não qualificados aumentou fortemente que era colocar uma marca sobre o desenvolvimento salarial sueca na segunda metade do século XIX.casas comerciais e empresas industriais realizaram lucros, mas receitas de exportação foi distribuído para muitos segmentos da população.
A integração da economia sueca foi ainda executada através de iniciativas tomadas pelo Estado. A decisão do Parlamento na década de 1850 para construir as linhas tronco ferroviário significava, em primeiro lugar, uma participação mais directa do Estado no desenvolvimento de uma infra-estrutura moderna e, em segundo, novos princípios de financiamento uma vez que o Estado teve de contar com importações de capital. Ao mesmo tempo, mercados de bens, trabalho e capital foram liberalizados e integração, tanto dentro da Suécia e com o mercado mundial se aprofundou. A adoção sueco do padrão-ouro em 1873 colocar um selo final sobre este desenvolvimento institucional.

A Segunda Revolução Industrial por volta de 1900

No final do século XIX, particularmente na década de 1880, a concorrência internacional se tornou mais feroz para a agricultura e ramos industriais adiantados. A integração dos mercados mundiais levou à queda dos preços e estagnação na demanda por bens suecos básicos, como ferro, madeira serrada e aveia. Os lucros foram espremidos e expansão frustrado. Por outro lado, surgiu novos mercados. aumento dos salários intensificou mecanização tanto na agricultura como na indústria. A demanda aumentou para máquinas equipamentos mais sofisticados. Ao mesmo tempo, a demanda do consumidor deslocou-se para melhor alimento - como leite, manteiga e carne - e para bens industriais mais fabricados.
As décadas em torno da virada do século XX significou uma profunda mudança estrutural na composição da expansão industrial sueco que foi crucial para o crescimento a longo prazo. Novas e mais sofisticadas empresas foram fundadas e expandiu particularmente a partir dos anos 1890, no auge depois da crise Baring.
As novas empresas foram intimamente relacionada com a chamada Segunda Revolução Industrial em que o conhecimento científico e habilidades de engenharia mais complexos foram os componentes principais. O motor eléctrico tornou-se especialmente importante na Suécia. Um novo bloco de desenvolvimento foi criado em torno desta inovação que combina conhecimentos de engenharia em empresas como a ASEA (mais tarde ABB) com uma grande demanda nos processos de utilização intensiva de energia e com a grande oferta de energia hidrelétrica na Suécia. 4 Financiamento do rápido desenvolvimento deste grande bloco empenhado bancos comerciais, tricô laços mais estreitos entre capital financeiro e da indústria. O Estado, mais uma vez, comprometeu-se no desenvolvimento de infra-estruturas de apoio à electrificação, ainda recorrer a importações de capital pesados.
Um número de indústrias inovadoras foram fundadas neste período - todos relacionados ao aumento da procura de mecanização e de engenharia habilidades. Empresas como a AGA, ASEA, Ericsson, Separator (Alfa Laval) e SKF foram rotulados de "empresas de gênio" e todos são representados com inventores famosos e inovadores. Este foi, naturalmente, não um fenômeno inteiramente sueco. Esses ramos desenvolvidos simultaneamente no continente, especialmente na vizinha Alemanha e no conhecimento dos Estados Unidos e de estímulo inovador foi difundido entre essas economias. A questão é um pouco por isso que este novo desenvolvimento tornou-se tão forte na Suécia para que novas indústrias dentro de um período relativamente curto de tempo foram capazes de suplantar indústrias baseadas em recursos antigos como principais forças motrizes da industrialização.
Tradições de habilidades de engenharia foram certamente importantes, desenvolvido em ramos industriais pesadas antigas, tais como indústrias de ferro e aço e estimulou ainda mais por iniciativas estaduais, como a construção de vias férreas ou, mais diretamente, a fundação do Royal Institute of Technology. Mas, além de que o desenvolvimento económico na segunda metade do século XIX mudou fundamentalmente preços relativos dos fatores e a rentabilidade de alocação de recursos em diferentes linhas de produção.
O aumento relativo nos salários dos trabalhadores não qualificados tinha sido estimulado pela composição das exportações início na Suécia. Isto foi muito reforçada por duas componentes no desenvolvimento adicional - emigração e de capitais importações.
Dentro de aproximadamente o mesmo período, 1850-1910, a economia sueca recebeu uma enorme quantidade de capital principalmente da Alemanha e da França, ao entregar uma quantidade igualmente enorme de trabalho para principalmente os EUA Assim, os preços relativos dos fatores suecos mudou dramaticamente. as taxas de juros suecos se manteve em níveis bastante elevados em comparação com principais países europeus até 1910, devido a uma grande demanda contínua para o capital na Suécia, mas os salários relativos subiu persistentemente (ver Tabela 5). Como no resto da Escandinávia, os aumentos salariais eram muito mais fortes do que o crescimento do PIB na Suécia, indicando uma mudança na distribuição de renda em favor do trabalho, em especial a favor dos trabalhadores não qualificados, durante este período de maior integração no mercado mundial.
Tabela 5 aumento anual dos salários reais de Unskilled Trabalho e crescimento anual do PIB per capita, 1870-1910
Paísaumento do salário real anual, 1870-1910crescimento anual do PIB per capita, 1870-1910
Suécia2.81.7
Dinamarca e Noruega2.61.3
França, Alemanha e Grã-Bretanha1.11.2
Estados Unidos1.11.6
Fontes: Salários de Williamson (1995); O crescimento do PIB ver Tabela 1.
Rentabilidade relativa caiu em indústrias tradicionais, que explorados ricos recursos naturais e mão de obra barata, enquanto as indústrias mais sofisticadas foram favorecidos. Mas a causalidade funciona nos dois sentidos. Teve esta mudança estrutural com o crescimento das indústrias novas e mais rentáveis ​​não tivesse ocorrido, a economia sueca não teria sido capaz de sustentar o aumento do salário. 5

O crescimento acelerou no período da Guerra-aflito, 1910-1950

A característica mais notável do crescimento sueco longo prazo é a aceleração das taxas de crescimento durante o período 1910-1950, que na Europa como um todo estava cheio de problemas e catástrofes. 6 Assim, a produção per capita sueco cresceu em 2,2 por cento ao ano, enquanto o crescimento no resto da Escandinávia foi um pouco abaixo de 2 por cento e no resto da Europa oscila em 1 por cento. A aceleração sueco baseou-se principalmente em três pilares.
Em primeiro lugar, a estrutura criada no final do século XIX era muito viável, com considerável potencial de crescimento a longo prazo. Ela consistia de novas indústrias e novas infra-estruturas que envolviam industriais e capitalistas financeiros, bem como o apoio do sector público. Também envolvido indústrias de reuniões relativamente forte demanda em tempos de guerra, bem como no período entre guerras, tanto internamente como no exterior.
Em segundo lugar, a Primeira Guerra Mundial significava um bônus financeiro imenso ao mercado sueco. Uma enorme excedente de exportação a preços inflacionados durante a guerra levou à domesticação da dívida nacional sueco. Este, por sua vez capitalizada ainda mais o mercado financeiro sueco, redução das taxas de juros e melhorar a actividade inovadora sequencial na indústria. Um mercado monetário nacional surgiu que forneceu o Estado com novos instrumentos de política econômica que viriam a se tornar importante para a implementação das novas políticas sociais democráticas "keynesianos" dos anos 1930.
o desenvolvimento do terceiro, demográficos favoreceu a economia sueca neste período. A participação da faixa etária economicamente ativa 15-64 cresceu substancialmente. Isso se deveu em parte ao fato de que a emigração antes tinha dimensionada para baixo coortes que agora iria se tornaram pensionistas de velhice. Comparativamente baixo de mortalidade de jovens durante a década de 1910, bem como o fim da emigração em massa reforçou ainda mais a participação da população activa. Tanto o mercado de trabalho e da procura interna foi estimulada em particular durante os anos 1930, quando o grupo de idade de formação das famílias de 25-30 anos aumentou.
A oferta de trabalho aumentou teria aumentado o desemprego se não tivesse sido combinada com a oferta mais rica do capital e do desenvolvimento industrial inovador que atendem a demanda elástica, tanto internamente como na Europa.
Assim, uma fonte mais rica de capital e do trabalho estimularam o mercado interno num período em que a integração do mercado internacional se deteriorou. Acima de tudo, estimulou o desenvolvimento da produção em massa de bens de consumo com base nas inovações da Segunda Revolução Industrial. Significativas novas empresas que emanaram do período entre guerras foram muito relacionado com a nova lógica da sociedade industrial, tais como Volvo, Saab, Electrolux, a Tetra Pak ea IKEA.

A época dourada do Crescimento, 1950-1975

A economia sueca foi claramente parte da Idade de Ouro europeia de crescimento, embora a aceleração sueca da década de 1950 foi menos pronunciada do que no resto da Europa Ocidental, o que em muito maior medida tinha sido atormentado por guerras e crises. 7 do pós-sueco período de guerra foi caracterizado principalmente por dois fenômenos - a fruição cheio de blocos de desenvolvimento baseado nos grandes inovações do final do século XIX (o motor elétrico eo motor de combustão) e a cimentação do "modelo sueco" para o estado de bem-estar. Estes dois fenómenos foram altamente complementares.
O modelo sueco teve basicamente duas componentes. Um deles era uma responsabilidade pública maior para a segurança social e para a criação e preservação de capital humano. Isto levou a um rápido aumento na oferta de serviços públicos nos domínios da educação, saúde e creche para crianças, bem como a aumentos de programas de segurança social e da poupança pública para transferências para programa de pensionistas. A consequência foi elevada tributação. O outro componente era um regulamento dos mercados de trabalho e de capital. Esta foi a parte mais engenhosa do modelo, construído para sustentar o crescimento na sociedade industrial e aumentar a igualdade em combinação com o programa de segurança social e tributação.
O programa do mercado de trabalho foi o resultado de negociações entre sindicatos e organizações de empregadores. Ele foi identificado como "política salarial solidária" com dois elementos. Um era para conseguir salários iguais para trabalho igual, independentemente da capacidade das empresas individuais para pagar. O outro elemento foi elevar o nível salarial em áreas de baixa remuneração e, portanto, para comprimir a distribuição de renda. O objetivo do programa era, na verdade, para aumentar a velocidade na racionalização estrutural das indústrias e eliminar as empresas menos produtivas e filiais. Trabalho deve ser transferido para os setores mais produtivos orientados para a exportação. Ao mesmo rendimento em tempo devem ser distribuídos de forma mais equitativa. Uma desvantagem da política salarial solidária de um ponto igualitária de vista era que os lucros subiram nos sectores produtivos dado que os aumentos salariais foram retidas. No entanto, a regulamentação do mercado de capitais impediu a capacidade de lucros elevados para ser convertido em rendimentos muito elevados para os acionistas. Os lucros eram tributados muito baixo se eles foram convertidos em novos investimentos dentro da empresa (o momento no uso dos fundos foi controlado pelo Estado, em sua política de estabilização), mas tributados pesadamente se distribuída aos accionistas. O resultado foi que os investimentos em empresas rentáveis ​​existentes foram apoiados e realmente subsidiado, enquanto a mobilidade do capital diminuiu e a atividade no mercado de ações caiu.
Enquanto os setores de exportação cresceu, o programa funcionou bem. 8 Empresas fundada no final do século XIX e no período entre guerras desenvolvido em multinacionais de sucesso em engenharia com maquinaria, indústria automobilística e de construção naval, bem como em indústrias baseadas em recursos de aço e papel. A expansão do setor exportador foi a principal força por trás das altas taxas de crescimento e os aumentos de produção, mas o setor foi fortemente apoiada por investimentos públicos ou investimentos subsidiados em infra-estrutura e construção residencial.
Assim, durante a Idade de Ouro do crescimento dos blocos de desenvolvimento em todo electrificação e motorização amadureceu em uma ampla modernização da sociedade, onde o consumo de massa ea produção em massa foi apoiada por programas sociais, por programas de investimento e de política do mercado de trabalho.

Crise e reestruturação da década de 1970

Na década de 1970 e início de 1980 uma série de indústrias - como a produção de aço, papel e celulose, construção naval e engenharia mecânica - funcionou em crise. Nova competição global, o comportamento do consumidor em mudança e renovação profunda inovador, especialmente em microeletrônica, fez alguns dos pilares industriais do crumble modelo sueco. Ao mesmo tempo, as desvantagens do modelo antigo tornou-se mais evidente. Ele colocou obstáculos à flexibilidade e à iniciativa empresarial e reduziu os incentivos individuais para a mobilidade. Assim, enquanto o modelo sueco fez fomentar a racionalização das indústrias existentes bem adaptadas para o período pós-guerra, ele não suportar mais profunda transformação da economia.
Não se deve exagerar os obstáculos à transformação, no entanto. A economia sueca foi ainda muito aberta no mercado de bens e muitos serviços, ea pressão para transformar aumentou rapidamente. Durante os anos 1980 uma mudança estrutural de longo alcance dentro da indústria, bem como na política econômica ocorreu, envolvendo tanto os agentes públicos e privados. Shipbuilding foi quase completamente interrompida, indústrias de celulose foram integrados em obras de papel modernizadas, a indústria do aço foi concentrada e especializada, ea engenharia mecânica foi digitalizado. indústrias novas e mais crescimento de conhecimento intensivo apareceu na década de 1980, como o de telecomunicações baseada em TI, indústrias farmacêuticas e de biotecnologia, bem como novas indústrias de serviços.
Durante os anos 1980 alguns dos componentes constituintes do modelo sueco foram enfraquecida ou eliminada.negociações centralizadas e política salarial solidária desapareceu. Regulamentação do mercado de capitais foram desmanteladas sob a pressão do aumento dos fluxos de capitais internacionais em simultâneo com um renascimento vigoroso do mercado de ações. A expansão dos serviços do setor público chegou ao fim e o sistema de tributação foi reformado com uma redução das taxas marginais de imposto. Assim, sueco sistema de política e bem-estar económico tornou-se mais adaptado para o principal nível europeu, que facilitou o pedido sueco da adesão e entrada definitiva na União Europeia em 1995.
É também evidente que o período a partir de 1970 até o início do século XXI compreender duas tendências de crescimento, antes e depois de 1990, respectivamente. Durante os anos 1970 e 1980, o crescimento na Suécia foi muito lento e marcada por grandes problemas estruturais que a economia sueca teve de enfrentar. O lento crescimento antes de 1990 não significa estagnação em um sentido real, mas sim a transformação das estruturas industriais e a reformulação da política económica, que não resultou imediatamente em uma velocidade acima do crescimento, mas sim em desequilíbrios e gargalos que levaram anos para eliminar. A partir da década de 1990 até 2005, o crescimento sueco acelerou bastante força em comparação com a maioria das economias ocidentais. 9Assim, o 1980 pode ser considerado como um caso sueco do "paradoxo da produtividade", com renovação inovadora, mas com uma aceleração atraso de produtividade e crescimento de a década de 1990 - embora um efeito produtividade atraso de mais profunda transformação e comportamento inovador radical não é paradoxal.
Quadro 6 Taxas de crescimento per capita anual, 1971-2005
PeríodoSuéciaResto dos países nórdicosResto da Europa OcidentalEstados UnidosEconomia Mundial
1971 / 1975-1991 / 19951.22.11.81.61.4
1991 / 1995-2001 / 20052.42.51.72.12.1
Fontes: ver Tabela 1.
A recente aceleração do crescimento também pode indicar que algumas das características básicas de industrialização precoce ainda dizem respeito à economia sueca - uma atitude internacional em uma pequena economia aberta favorece a transformação e adaptação de competências humanas para novas circunstâncias como uma grande força por trás do crescimento de longo prazo .

Referências

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Citação: Schön, Lennart. "Sweden - Crescimento Económico e Mudança estrutural, 1800-2000". EH.Net Encyclopedia, editado por Robert Whaples. 10 de fevereiro de 2008. URL  http://eh.net/encyclopedia/sweden-economic-growth-and-structural-change-1800-2000/

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