terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Ciência no dia a dia

Bóson de Higgs é eleito a descoberta do ano pela "Science"

RAFAEL GARCIA
EM WASHINGTON
A detecção do bóson de Higgs, a partícula elementar que confere massa à matéria, chegou ao fim de 2012 no topo da lista da revista "Science" que elege as descobertas mais importantes do ano.
Editada pela AAAS (Associação Americana para o Avanço da Ciência), a revista também destacou o pouso do jipe Curiosity em Marte e o experimento que usou células-tronco para criar óvulos de camundongos.
A escolha do bóson de Higgs pelo comitê da AAAS que determina a lista era esperada.
A revista, porém, deu boa parte do crédito pela descoberta a físicos teóricos que previram as manifestações da partícula -trabalho feito ao longo de 40 anos.
A detecção do bóson no acelerador de partículas LHC, anunciada na Suíça em julho, foi o ápice de uma empreitada que completou, finalmente, o Modelo Padrão, a teoria que explica as partículas elementares, como o elétron e o fóton (partícula de luz). O bóson foi a última peça da teoria a ser observada.
"A descoberta não foi uma surpresa, porque era o que se esperava achar. Ela veio mais como um alívio", diz Robert Coontz, vice-editor da "Science", sobre as razões da escolha do prêmio. "Se o bóson não tivesse sido encontrado, seria preciso repensar tudo seriamente."

Editoria de Arte/Folhapress
Logo após o anúncio, especulou-se que o Prêmio Nobel em Física de 2012 seria dado a Peter Higgs e aos outros cientistas responsáveis pela previsão teórica da partícula, o que não ocorreu.
Os físicos já sabem que o bóson de Higgs existe, mas ainda não têm dados suficientes para saber quais exatamente são as propriedades da partícula.
A despeito da importância da descoberta, esse tipo de incerteza costuma impor uma certa lentidão à escolha do Nobel.
Em 2013, de qualquer forma, o LHC passará por um processo de manutenção que permitirá dobrar sua potência.
Espera-se que, quando o acelerador de partículas estiver produzindo colisões mais fortes, novas descobertas fiquem ao alcance dos físicos.
ENGENHEIROS EM MARTE
O único item da lista da "Science" que denota mais um sabor de ansiedade do que de vitória foi a escolha do jipe Curiosity como um dos destaques do ano.
Havia grande expectativa de que os cientistas do projeto anunciariam a descoberta de moléculas orgânicas complexas no solo marciano, o que não ocorreu.
Apesar de o principal objetivo científico da missão marciana ainda estar em aberto, o sucesso da meta de engenharia do projeto -pousar um jipe de 3,3 toneladas em Marte- foi comemorado com estardalhaço.
A Nasa já fala em enviar a Marte um jipe similar, mas com instrumentos científicos diferentes.


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Bóson de Higgs foi o maior avanço científico do ano, diz revista Science



  • Toni Albir/EFE
    O físico Peter Higgs, pai da teoria do bóson de Higgs, posa ao lado de estátua de Albert Einstein, em Barcelona, na Espanha O físico Peter Higgs, pai da teoria do bóson de Higgs, posa ao lado de estátua de Albert Einstein, em Barcelona, na Espanha
A descoberta do Bóson de Higgs, partícula que explica o mistério da massa, lidera uma lista dos 10 principais avanços científicos de 2012, divulgada esta sexta-feira (21) pela revista Science. A "Partícula de Deus" recebeu o nome de Peter Higgs, um britânico tímido e de fala mansa de 83 anos que, em 1964, publicou um trabalho conceitual sobre a partícula - o físico belga François Englert, 79, contribuiu com a pesquisa separadamente.
Na sua teoria, Higgs explicou que o bóson de Higgs, que ficou desconhecido por quase 50 anos, é responsável por criar um campo de força dentro do átomo que dá massa às partículas. Isso significa que se elas interagem bastante com o campo, como é o caso dos quarks, elas passam a ser mais massivas; mas se interagem menos, elas ficam com pouca massa, como os életrons.
Sem essa partícula, os cientistas dizem que os átomos agrupados do Universo - inclusive os seres humanos, que são feitos de uma cadeia de carbono - não poderiam existir. E afirmam que todos nós seríamos como os raios de luz, já que os fótons (partículas que não têm massa no átomo) não são atraídos pelo bóson de Higgs e passam direto pelo campo de força.

Science lista as maiores descobertas científicas de 2012

Foto 1 de 8 - O Cern (Centro Europeu de Pesquisa Nuclear) anunciou em 4 de julho ter descoberto o Bosón de Higgs, uma partícula formulada pelo físico Peter Higgs em 1964, feito considerado pela revista Science o maior avanço científico de 2012. A "partícula de Deus", como ficou conhecida a tão procurada partícula, explica o mistério da massa e também abre caminho para novas pesquisas sobre o cosmos AFP
Os outros grandes avanços científicos, segundo a renomada revista Science, foram:
- Cientistas na Alemanha usaram uma nova técnica para sequenciar o genoma completo de um grupo enigmático de humanos denominado denisovanos, com base em uma minúscula amostra do osso de um dedo de cerca de 80 mil anos encontrado em uma caverna na Sibéria. Nada se sabia sobre os denisovanos, a não ser que eles foram contemporâneos dos neandertais, outro "primo" do homem moderno.
- Cientistas japoneses criaram óvulos viáveis usando células-tronco embrionárias de camundongos adultos. A descoberta traz a possibilidade de que mulheres que são incapazes de produzir óvulos naturalmente possam obtê-los em um tubo de ensaio, a partir de suas próprias células, e depois implantá-los em seu corpo.
- Engenheiros da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) fizeram o veículo-robô Curiosity, com 3,3 toneladas, pousar em Marte usando um sistema de pouso inovador que fez pender o veículo, com as rodas para fora, usando três cabos. "O pouso sem falhas reassegurou seus desenvolvedores de que a Nasa poderá, algum dia, levar uma segunda missão para apanhar amostras coletadas e trazê-las de volta à Terra", reportou a Science.
- O uso de um laser de raio-X, que brilha um bilhão de vezes mais do que fontes de síncroton tradicional, permitiu a cientistas determinar a estrutura da proteína envolvida na transmissão da doença do sono africana. "O avanço demonstrou o potencial de lasers de raios-X para decifrar proteínas que os raios-X convencionais não podem", destacou a Science.
- Uma nova ferramenta permitiu a cientistas modificar ou desativar genes em animais de laboratório. Esta tecnologia poderá ser tão eficaz, e até mais barata, do que as técnicas direcionadas a genes e permitiria que cientistas se focassem em papéis específicos e mutações em pessoas saudáveis e doentes.
- Cientistas confirmaram a existência de férmions de Majorana, partículas que podem agir como sua própria antimatéria e se autodestruir. Cientistas acreditam que bits quânticos (ou qubits) feitos pelos férmions de Majorana poderão ser usados para armazenar e processar dados de forma mais eficaz do que os bits usados atualmente nos computadores.
- O projeto ENCODE demonstrou que 80% do genoma humano é ativo e ajuda a ligar e desligar genes. A nova informação pode ajudar cientistas a compreender os fatores de risco genéticos para doenças.
- Uma interface cérebro-máquina que permite humanos paralisados a mover um braço mecânico com a mente e executar movimentos em três dimensões. A tecnologia experimental é promissora para pacientes paralisados por derrames e lesões na medula.
- Cientistas chineses descobriram o parâmetro final desconhecido de um modelo que descreve como partículas subatômicas, conhecidas como neutrinos, mudam à medida que viajam na velocidade próxima à da luz. Os resultados sugerem que a física de neutrinos pode um dia ajudar os cientistas a compreender porque o universo contém tanta matéria e tão pouca antimatéria.

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O deslocamento da estrela Zeta Ophiuchi gera um efeito surpreendente no espaço, mostra nova imagem em infravermelho do telescópio espacial Spitzer, da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana). O vento produzido pela estrela, que corre a uma velocidade de 24 quilômetros por segundo, é poderoso a ponto de empurrar o gás e a poeira que está no seu trajeto, criando uma onda de choque - a radiação ultravioleta emitida pela estrela faz com que o material a sua volta esquente e fique mais brilhante. Segundo a agência, a Zeta Ophiuchi está cerca de 370 anos-luz de distância e é seis vezes mais quente, oito vezes mais larga e tem massa 20 vezes maior do que o nosso Sol Nasa/JPL-Caltech


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Asteroide teria matado até 83% dos lagartos e cobras norte-americanos

Até 83% das espécies de cobras e lagartos da América do Norte foram extintas no fim do período Cretáceo,
há 65 milhões de anos, época em que um asteroide caiu sobre a localidade de Chicxulub, na península 
mexicana de Yucatán, revela um novo estudo feito pelas universidades americanas Yale e Harvard.
Os animais maiores foram os que mais sofreram com a colisão, imediatamente ou logo depois dela. 
Segundo os autores, nenhum bicho com mais de 450 gramas conseguiu escapar.
Os resultados do estudo estão publicados na edição desta segunda-feira (10) da revista 
“Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS).
Esse impacto, que já era considerado a provável causa da destruição em massa dos dinossauros não 
alados, pode ter sido muito mais severo do que se pensava. De acordo com o principal pesquisador, 
Nicholas Longrich, do Departamento de Geologia e Geofísica de Yale, o choque aniquilou uma ampla
faixa de todo o ecossistema, e os répteis foram extremamente atingidos – assim como mamíferos, aves, 
insetos e plantas.
O asteroide teria sido responsável, inclusive, por dizimar uma espécie de lagarto identificada recentemente, 
chamada Obamadon gracilis (uma mistura do nome do presidente Barack Obama com as palavras latinas 
odon – dente – e gracilis – fino). Foram encontrados ossos da mandíbula de dois espécimes desse animal, 
que media 30 cm de comprimento e provavelmente comia insetos.
Longrich diz que as cobras e lagartos rivalizavam com os dinossauros em termos de diversidade,
tornando aquela época também uma “Era dos Lagartos”. Uma das mais variadas categorias de lagartos 
exterminadas foi a Polyglyphanodontia, que incluía até 40% de todos o bichos desse tipo que viviam na 
América do Norte.
Por outro lado, a extinção em massa teria aberto caminho para a evolução e diversificação dos 
sobreviventes ao eliminar a concorrência. Hoje em dia, há cerca de 9 mil espécies de cobras e 
lagartos vivas em todo o mundo.
Análise de fósseis – Para chegar a essas conclusões, os cientistas avaliaram detalhadamente 
os fósseis de cobras e lagartos coletados em um território que se estende do oeste dos EUA, 
desce pelo estado do Novo México – no sudoeste do país – e sobe até a província de Alberta, 
no Canadá. Foram examinadas 21 espécies previamente conhecidas e nove inéditas.
Nos últimos dias de vida dos dinossauros, habitava a Terra uma série de répteis que variavam de 
lagartos minúsculos a outros enormes, como uma cobra do tamanho de uma jiboia que ingeria 
ovos e filhotes de espécies maiores.
Um lagarto que consumia plantas e se parecia com uma iguana morava no sudoeste dos EUA, 
enquanto animais carnívoros de quase 2 metros de comprimento caçavam mais ao norte, nas 
planícies e nos pântanos da região onde hoje fica o estado de Montana, nas Montanhas 
Rochosas. 
(Fonte: G1)
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Estudo revela que homem pré-histórico

já fazia queijo

  • Divulgação/Universidade de Bristol
    Fragmento de pote de barro encontrado na Polônia prova que o homem pré-histórico já produzia queijo Fragmento de pote de barro encontrado na Polônia prova que o homem pré-histórico
  • já produzia queijo
O homem pré-histórico já fazia queijo há 7.000 anos, usando um pote de barro perfurado
peneira, reportaram cientistas na última quarta-feira (12).
A produção de queijo seria um desenvolvimento chave na história humana, permitindo a
preservação do leite em uma forma não perecível, transportável e mais digerível, segundo
estudo divulgado na revista Nature.
Há muito tempo os cientistas especularam que pedaços de cerâmica perfurados que foram
encontrados em sítios da era neolítica na região do norte da Europa podem ser de peneiras
de queijo.
Uma equipe internacional informou ter descoberto provas desta teoria depois de análise química
e depósitos de ácido em pedaços de cerâmica sem vidro escavadas na Polônia, datadas de cerca
de 7.000 anos.
"A presença de gordura do leite em abundância nestes recipientes especializados, comparados na
forma com as modernas peneiras de queijo, fornece evidências convincentes de que os recipientes
foram usados para separar leite coalhado rico em gordura do soro com lactose", escreveram os
cientistas.
Os primeiros fazendeiros deveriam ser intolerantes à lactose, desprovidos da mutação genética
que nós temos desde que conseguimos digerir produtos lácteos muito depois de sermos
desmamados.
A intolerância à lactose, um açúcar encontrado no leite enriquecido com cálcio pode causar
inchaço, cólicas estomacais e diarreia e ainda afeta uma minoria das pessoas atualmente.
O processamento do leite representou uma virada na história humana, dando acesso a uma
fonte alimentícia nutritiva sem ter que sacrificar os preciosos animais durante o período Neolítico,
 numa época em que os humanos nômades começaram a se assentar e se dedicar à agropecuária.
A origem exata da produção de leite permanece desconhecida.
A equipe de cientistas, chefiada por Richard Evershed, da unidade de geoquímica orgânica da
Universidade de Bristol, disse que o estudo é o primeiro a fornecer evidências inequívocas de
que gado estava sendo usado para produzir leite no norte da Europa desde o sexto milênio a.C.
Eles também demonstraram pela primeira vez que as pessoas da época usavam tipos diferentes
de vasilhas para propósitos distintos, como peneiras de queijo, vasilhas para cozinhar carne e
garrafas impermeabilizadas com cera de abelha para armazenar água.
A produção de queijo é um processo complicado, envolve a coagulação do leite usando enzimas
ou ácido para separar o leite coalhado semi-sólido contendo a proteína e gorduras do leite do soro
líquido contendo lactose.
O processo atual de filtragem permaneceu praticamente inalterado, embora atualmente usemos um
filtro em tecido ou peneira no lugar de uma vasilha perfurada.

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