Extinção de dinossauros foi súbita, reforça novo estudo
Análise de fósseis do período Cretáceo indica que saurópodes mantiveram diversidade quando desapareceram
Extinção de dinossauros foi súbita, mostra pesquisa com saurópodes (Corey Ford/Getty Images/Hermera)
A análise de fósseis de dinossauros encontrados nas montanhas dos Pirineus, na fronteira entre França e Espanha, reforça a hipótese de que a extinção destes animais foi repentina e ocorreu, provavelmente, como consequência do impacto de um asteroide sobre a Terra. O estudo foi publicado na revista científica Paleo 3.
A pesquisa foi feita em fósseis do fêmur de saurópodes, dinossauros herbívoros de cauda e pescoço longos, que andavam sobre as quatro patas. Na época da extinção – no fim do período Cretáceo, há 65 milhões de anos –, a região dos Pirineus fazia parte da chamada Ilha Ibero-Armoricana, um antigo arquipélago que existiu no sul da Europa.
O resultado da análise desses fósseis mostra que esses saurópodes mantiveram sua diversidade até a extinção, o que indica que ela ocorreu de forma repentina e não gradual.
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Fóssil do Cretáceo – O estudo foi feito por especialistas espanhóis da Universidade de Zaragoza e da Universidade Autônoma de Barcelona, junto com cientistas franceses e italianos.
Segundo eles, essa é a análise mais exaustiva já feita em fósseis do período Cretáceo porque há poucos lugares no mundo com um registro fóssil de dinossauros que coincide com esta época.
A maior parte da informação registrada até agora se baseava no abundante e bem conhecido registro fóssil de dinossauros do oeste da América do Norte, enquanto o que tinha acontecido no resto do planeta era bastante desconhecido.
(Com agência EFE)
A existência e extinção destas criaturas sempre me causaram intensa curiosodade
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Nova teoria aponta que os dinossauros viviam na água
O meio aquático aliviaria o enorme peso dos bichos e suas longas caudas os ajudariam
a nadar melhor
por Redação Galileu
A lama no fundo de lagos rasos também ajudaria a preservar as pegadas dos dinossauros // Crédito: Shutterstock
“Os dinossauros foram as mais temidas criaturas a caminhar sobre a Terra” – segundo uma nova teoria, tem algo de errado nessa frase. É que um biólogo de Cambridge chamado Brian Ford está sugerindo que os dinos eram, na verdade, criaturas aquáticas.
Os bichões passariam boa parte de suas vidas nadando em águas com profundidade entre quatro
e nove metros, usando suas longas caudas para ajudar na movimentação. De acordo com Ford,
isso explicaria por que cientistas encontram marcas de pegadas de dinossauro, mas nunca marcas
de seus rabos – deixá-los sem tocar o chão demandaria uma grande quantidade de energia.
e nove metros, usando suas longas caudas para ajudar na movimentação. De acordo com Ford,
isso explicaria por que cientistas encontram marcas de pegadas de dinossauro, mas nunca marcas
de seus rabos – deixá-los sem tocar o chão demandaria uma grande quantidade de energia.
A teoria de Ford também explicaria como bichos imensos e pesados, de até 100 toneladas, teriam apenas duas patas para sustentá-los, tendo em vista que os animais terrestres mais pesados da atualidade, como o Elefante, têm quatro.
“Os dinossauros normalmente são descritos caminhando em planícies áridas, mas acredito que a
cena correta seria em um lago raso, já que a água ajudaria a suportar seu peso”, conta o cientista. Outro argumento é que na época em que eles viveram, a Terra seria coberta de lagos rasos.
cena correta seria em um lago raso, já que a água ajudaria a suportar seu peso”, conta o cientista. Outro argumento é que na época em que eles viveram, a Terra seria coberta de lagos rasos.
Mas a comunidade científica, em sua maioria, não dá muito crédito à ideia. De acordo com o paleontólogo do Museu de História Natural de Londres, Paul Berret, a teoria dos dinos aquáticos
era muito popular nos anos 1920, mas a partir de estudos feitos na década de 1960 foi provado
que os bichos pré-históricos tinham, sim, força muscular suficiente para sustentar seu corpo
pesado e sua cauda. “Eles podem até ter vivido perto da água e terem dado alguns mergulhos,
mas duvido que vivessem nela”, completa.
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era muito popular nos anos 1920, mas a partir de estudos feitos na década de 1960 foi provado
que os bichos pré-históricos tinham, sim, força muscular suficiente para sustentar seu corpo
pesado e sua cauda. “Eles podem até ter vivido perto da água e terem dado alguns mergulhos,
mas duvido que vivessem nela”, completa.
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Via DailyMail
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ATIVIDADE VULCÂNICA, E NÃO UM METEORO,
TERIA EXTINTO OS DINOSSAUROS, DIZ ESTUDO
09 de dezembro de 2012
A atividade vulcânica na região onde atualmente
está a Índia, e não um asteroide, teria causado
a morte dos dinossauros, de acordo com um novo
estudo. Ao logo de dezenas de milhares de anos,
a lava escorreu do planalto de Deccan, uma região
vulcânica perto de onde atualmente está a cidade
de Mumbai. Esta atividade teria expelido toneladas de níveis tóxicos de dióxido de carbono na
atmosfera e provocado a extinção em massa por conta de um aquecimento global e
acidificação dos oceanos, segundo uma pesquisa da Universidade de Princeton.
Os achados, apresentados na última semana em São Francisco, EUA, durante o encontro
anual da União Americana de Geofísica, serviram como munição para o debate que discutiu se
um asteroide ou um vulcão teriam provocado a morte dos dinossauros há 65 milhões de anos.
De acordo com a outra teoria, um asteroide gigante teria se chocado em Chicxulub, no
México, há aproximadamente 65 milhões de anos, e liberado quantidades tóxicas de poeira
e gás na atmosfera, o que teria bloqueado os raios do sol e causado um esfriamento da Terra,
sufocando os dinossauros e causando envenenamento da vida marinha. O impacto do
meteoro também poderia ter desencadeado atividades vulcânicas, terremotos e tsunamis.
Contudo, este novo estudo mostra que o planalto de Deccan – uma das maiores províncias
vulcânicas do mundo - já existia antes da extinção dos dinossauros e pode ter
contribuído total ou parcialmente para a sua morte em massa. Em 2009, companhias de petróleo
estavam perfurando a região da costa indiana e eles encontraram sedimentos enterrados a 3,3
quilômetros de profundidade. Os pesquisadores encontraram fósseis que datam do período
Cretáceo-Terciário, quando os dinossauros foram varridos da face da Terra.
Junto com os fósseis, foram encontrados algumas pequenas espécies de plâncton, que
estavam em conchas, após as camadas de lava, o que poderia indicar que isso aconteceu
anos após as erupções. Os fósseis, tanto de animais terrestres quando de vegetais, sugerem
que os vulcões causaram extinção em massa tanto na terra quando no mar.
De acordo com os pesquisadores que defendem que o vulcão teria provocado a extinção dos
dinossauros, um meteoro não seria capaz de produzir níveis tóxicos suficientes de enxofre e
dióxido de carbono para aniquilar os animais de vez, mas isso poderia ter contribuído para a
sua extinção.
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Live Science
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está a Índia, e não um asteroide, teria causado
a morte dos dinossauros, de acordo com um novo
estudo. Ao logo de dezenas de milhares de anos,
a lava escorreu do planalto de Deccan, uma região
vulcânica perto de onde atualmente está a cidade
de Mumbai. Esta atividade teria expelido toneladas de níveis tóxicos de dióxido de carbono na
atmosfera e provocado a extinção em massa por conta de um aquecimento global e
acidificação dos oceanos, segundo uma pesquisa da Universidade de Princeton.
Os achados, apresentados na última semana em São Francisco, EUA, durante o encontro
anual da União Americana de Geofísica, serviram como munição para o debate que discutiu se
um asteroide ou um vulcão teriam provocado a morte dos dinossauros há 65 milhões de anos.
De acordo com a outra teoria, um asteroide gigante teria se chocado em Chicxulub, no
México, há aproximadamente 65 milhões de anos, e liberado quantidades tóxicas de poeira
e gás na atmosfera, o que teria bloqueado os raios do sol e causado um esfriamento da Terra,
sufocando os dinossauros e causando envenenamento da vida marinha. O impacto do
meteoro também poderia ter desencadeado atividades vulcânicas, terremotos e tsunamis.
Contudo, este novo estudo mostra que o planalto de Deccan – uma das maiores províncias
vulcânicas do mundo - já existia antes da extinção dos dinossauros e pode ter
contribuído total ou parcialmente para a sua morte em massa. Em 2009, companhias de petróleo
estavam perfurando a região da costa indiana e eles encontraram sedimentos enterrados a 3,3
quilômetros de profundidade. Os pesquisadores encontraram fósseis que datam do período
Cretáceo-Terciário, quando os dinossauros foram varridos da face da Terra.
Junto com os fósseis, foram encontrados algumas pequenas espécies de plâncton, que
estavam em conchas, após as camadas de lava, o que poderia indicar que isso aconteceu
anos após as erupções. Os fósseis, tanto de animais terrestres quando de vegetais, sugerem
que os vulcões causaram extinção em massa tanto na terra quando no mar.
De acordo com os pesquisadores que defendem que o vulcão teria provocado a extinção dos
dinossauros, um meteoro não seria capaz de produzir níveis tóxicos suficientes de enxofre e
dióxido de carbono para aniquilar os animais de vez, mas isso poderia ter contribuído para a
sua extinção.
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Artigo relacionado
Live Science
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Dinossauros foram extintos de uma só vez, aponta estudo
espanhol
Restos de uma espécie de dinossauro encontrados nas montanhas dos Pirineus, uma cordilheira
localizada na fronteira entre Espanha e França, reforça a hipótese de que a extinção destes animais foi repentina, como consequência do impacto de um asteroide sobre a Terra.
localizada na fronteira entre Espanha e França, reforça a hipótese de que a extinção destes animais foi repentina, como consequência do impacto de um asteroide sobre a Terra.
Um estudo publicado na revista científica “Paleo 3″ mostra uma análise indicando que os saurópodes, dinossauros herbívoros de pesçoco e cauda longos e andar quadrúpede,- mantiveram sua diversidade
até a extinção, ocorrida há 65 milhões de anos.
até a extinção, ocorrida há 65 milhões de anos.
A teoria contesta estudos que abordavam a extinção e a tratavam como um fato gradual, ou seja,
que os dinossauros foram desaparecendo aos poucos, informou o Instituto Catalão de Paleontologia.
que os dinossauros foram desaparecendo aos poucos, informou o Instituto Catalão de Paleontologia.
O trabalho de pesquisa, realizado por especialistas espanhóis da Universidade de Zaragoza e da Universidade Autônoma de Barcelona, junto com especialistas franceses e italianos, estudou ossos
de fêmur achados em jazidas dos Pirineus, áreas que no final do Cretáceo faziam parte da chamada
Ilha Ibero-Armoricana, um antigo arquipélago que existiu no sul da Europa.
de fêmur achados em jazidas dos Pirineus, áreas que no final do Cretáceo faziam parte da chamada
Ilha Ibero-Armoricana, um antigo arquipélago que existiu no sul da Europa.
Poucos lugares para exploração no mundo – Os autores destacam que a extinção dos dinossauros
é um dos fatos mais relevantes da história da vida na Terra ao se relacionar com o impacto de um
grande objeto extraterrestre.
é um dos fatos mais relevantes da história da vida na Terra ao se relacionar com o impacto de um
grande objeto extraterrestre.
No entanto, apontam, há poucos lugares no mundo com um registro fóssil de dinossauros que coincide
com o limite do Cretáceo. Neste sentido, o artigo demonstra que os Pirineus constituem um lugar ideal
para responder se o impacto do asteroide foi a causa da extinção dos dinossauros ou não.
com o limite do Cretáceo. Neste sentido, o artigo demonstra que os Pirineus constituem um lugar ideal
para responder se o impacto do asteroide foi a causa da extinção dos dinossauros ou não.
A maior parte da informação registrada até a atualidade se baseava em dados do registro fóssil de dinossauros encontrados no oeste da América do Norte. Segundo os pesquisadores, é a primeira vez
que se estudam fósseis de dinossauros saurópodes da Europa nos últimos milhões de anos do
Cretáceo.
FONTE CLICK AQUII
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RICARDO BONALUME NETO
DA REPORTAGEM LOCAL
O tiranossauro não era o corredor veloz que aparece em filmes como os da série
"Jurassic Park".
Um novo estudo analisou a musculatura que o bicho precisaria ter para correr a
ponto de perseguir um carro. O resultado indica que você ainda precisaria de um
carro para fugir desse dinossauro carnívoro, mas não teria de acelerar tanto, como
acontece em uma assustadora sequência do primeiro filme da série: a fera não correria
a mais de 40 km/h.
Alguns paleontólogos estimam que o dinossauro conhecido como Tyrannosaurus rex
poderia correr até mesmo a 72 km/h.
John Hutchinson e Mariano Garcia, da Universidade da Califórnia em Berkeley, criaram
um modelo para descobrir a quantidade de massa muscular necessária para o animal
correr, achando tais estimativas exageradas.
O biólogo Hutchinson e o engenheiro Garcia apresentam seus novos cálculos na edição
de hoje da revista científica britânica "Nature" (www.nature.com).
Eles testaram o modelo em animais de hoje, como a galinha e o crocodilo, parentes
distantes dos dinossauros. Também testaram o modelo com dados da anatomia de
um ser humano."Galinhas e seres humanos têm quase o dobro de músculos na perna
necessários para correrem como bípedes, enquanto aligatores têm metade da massa muscular necessária", diz Hutchinson.
Os músculos de cada perna de um atleta humano têm entre 5% a 10% do seu peso; pessoas sedentárias têm menos que 5%.
Design
Um fato facilmente observável é que animais grandes são mais lentos. Animais pequenos, ao se moverem rapidamente, expõem o organismo a forças físicas elevadas, biomecanicamente impossíveis para animais maiores devido a limitações dos seus músculos.
O problema afeta todos os animais. A força que um músculo exerce depende do seu
comprimento e da sua largura. Mas a massa de um animal depende de sua largura, seu comprimento e sua altura. Para poder aguentar o peso de um animal enorme, os
músculos têm de acompanhar o crescimento. Mas isso aumenta ainda mais a massa
corporal, até que se alcança um limite prático.
Por exemplo, para poder correr a 72 km/h, o tiranossauro precisaria, segundo os cálculos
da dupla, ter 43% do seu peso em cada perna na forma de músculos. Ou seja, 86% do
peso do animal estaria nos músculos da perna -uma óbvia impossibilidade.
Uma galinha tem 17% da sua massa nas duas pernas. Mas uma galinha gigante seria ainda
mais inviável. Hutchinson e Garcia imaginaram uma galinha do tamanho de um T. rex -com
seis toneladas (veja ilustração acima). Para poder correr, essa galinha-monstro teria de
ter 99% da sua massa corporal em cada perna.
Isso também explica porque os animais gigantes mais famosos do cinema são pura ficção. Hutchinson teve um professor de física que mostrou que nem Godzilla, nem King Kong
teriam condições de sustentar seus corpos gigantes. "Foi naquele momento que pensei pela
primeira vez em biomecânica e na sua aplicação a coisas grandes como dinossauros", diz ele.
Os cientistas estimam que o tiranossauro no máximo poderia chegar a 40 km/h, mas
provavelmente apenas à metade disso.
Mas isso não o tornaria um predador menos eficiente. Dinossauros menores seriam
mais velozes, mas os grandes herbívoros que o T. rex caçava talvez fossem tão lentos quanto ele.
que se estudam fósseis de dinossauros saurópodes da Europa nos últimos milhões de anos do
Cretáceo.
FONTE CLICK AQUII
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Dinossauros tiveram uma morte em agonia
da Folha Online
Os fósseis de dinossauros geralmente têm as bocas semi-abertas, a cabeça para trás e a cauda em curva. Por estas razões, paleontólogos acreditam que os dinos morreram na água e as correntes deixaram os ossos em tal posição ou que os músculos e ligamentos deram tal forma pós-morte aos dinossauros.
Para Cynthia Marshall Faux, uma paleontologista do Museu de Rockies, as explicações para a forma encontrada nos fósseis de dinossauros não faziam
sentido. Ela é vegetariana e diz que gosta muito de animais.
sentido. Ela é vegetariana e diz que gosta muito de animais.
Para ela, as posições mostradas pelos fósseis podem sugerir que os dinossauros morreram de asfixia e problemas no cérebro.
De acordo com ela, alguns animais encontrados na postura podem ter sido sufocados por cinzas durante uma erupção vulcânica. A hipótese é consistente
com o fato de que muitos fósseis foram encontrados em depósitos de cinzas.
Entre outras possibilidades para a morte dos animais estão doenças, trauma cerebral, hemorragia severa ou envenenamento.
com o fato de que muitos fósseis foram encontrados em depósitos de cinzas.
Entre outras possibilidades para a morte dos animais estão doenças, trauma cerebral, hemorragia severa ou envenenamento.
Um outro dado levantado é que, como a postura se repete em dinossauros e mamíferos, que tiveram uma atividade metabólica alta e dependiam de condições maiores de oxigênio que outras espécies.
A cientista disse que muitos dinossauros podem ter morrido na água, mas que
as correntes não explicam todas as características comuns encontradas nos
fósseis. As informações são da revista eletrônica especializada "LiveScience".
as correntes não explicam todas as características comuns encontradas nos
fósseis. As informações são da revista eletrônica especializada "LiveScience".
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Dinossauro atingiria 40 km/h, no máximo
Tiranossauro era mau corredor, afirmam pesquisadores dos EUA
Tiranossauro era mau corredor, afirmam pesquisadores dos EUA
Divulgação | Desenho mostra galinha do tamanho de T. rex, que seria lenta |
RICARDO BONALUME NETO
DA REPORTAGEM LOCAL
O tiranossauro não era o corredor veloz que aparece em filmes como os da série
"Jurassic Park".
Um novo estudo analisou a musculatura que o bicho precisaria ter para correr a
ponto de perseguir um carro. O resultado indica que você ainda precisaria de um
carro para fugir desse dinossauro carnívoro, mas não teria de acelerar tanto, como
acontece em uma assustadora sequência do primeiro filme da série: a fera não correria
a mais de 40 km/h.
Alguns paleontólogos estimam que o dinossauro conhecido como Tyrannosaurus rex
poderia correr até mesmo a 72 km/h.
John Hutchinson e Mariano Garcia, da Universidade da Califórnia em Berkeley, criaram
um modelo para descobrir a quantidade de massa muscular necessária para o animal
correr, achando tais estimativas exageradas.
O biólogo Hutchinson e o engenheiro Garcia apresentam seus novos cálculos na edição
de hoje da revista científica britânica "Nature" (www.nature.com).
Eles testaram o modelo em animais de hoje, como a galinha e o crocodilo, parentes
distantes dos dinossauros. Também testaram o modelo com dados da anatomia de
um ser humano."Galinhas e seres humanos têm quase o dobro de músculos na perna
necessários para correrem como bípedes, enquanto aligatores têm metade da massa muscular necessária", diz Hutchinson.
Os músculos de cada perna de um atleta humano têm entre 5% a 10% do seu peso; pessoas sedentárias têm menos que 5%.
Design
Um fato facilmente observável é que animais grandes são mais lentos. Animais pequenos, ao se moverem rapidamente, expõem o organismo a forças físicas elevadas, biomecanicamente impossíveis para animais maiores devido a limitações dos seus músculos.
O problema afeta todos os animais. A força que um músculo exerce depende do seu
comprimento e da sua largura. Mas a massa de um animal depende de sua largura, seu comprimento e sua altura. Para poder aguentar o peso de um animal enorme, os
músculos têm de acompanhar o crescimento. Mas isso aumenta ainda mais a massa
corporal, até que se alcança um limite prático.
Por exemplo, para poder correr a 72 km/h, o tiranossauro precisaria, segundo os cálculos
da dupla, ter 43% do seu peso em cada perna na forma de músculos. Ou seja, 86% do
peso do animal estaria nos músculos da perna -uma óbvia impossibilidade.
Uma galinha tem 17% da sua massa nas duas pernas. Mas uma galinha gigante seria ainda
mais inviável. Hutchinson e Garcia imaginaram uma galinha do tamanho de um T. rex -com
seis toneladas (veja ilustração acima). Para poder correr, essa galinha-monstro teria de
ter 99% da sua massa corporal em cada perna.
Isso também explica porque os animais gigantes mais famosos do cinema são pura ficção. Hutchinson teve um professor de física que mostrou que nem Godzilla, nem King Kong
teriam condições de sustentar seus corpos gigantes. "Foi naquele momento que pensei pela
primeira vez em biomecânica e na sua aplicação a coisas grandes como dinossauros", diz ele.
Os cientistas estimam que o tiranossauro no máximo poderia chegar a 40 km/h, mas
provavelmente apenas à metade disso.
Mas isso não o tornaria um predador menos eficiente. Dinossauros menores seriam
mais velozes, mas os grandes herbívoros que o T. rex caçava talvez fossem tão lentos quanto ele.
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