Distorções do desemprego no público e privado
O método de contração pelo Q.I.
A iniciativa privada visa lucro. Ela precisa visar lucro, pois sem o lucro nenhuma empresa privada sobreviveria. Seu objetivo é visar lucro para trazer produtos e serviços de qualidade para o público (consumidor) e para o privado (fornecedores e proprietários).
A esfera pública não visa lucro. No entanto, ela precisa do lucro para existir, porém sua principal meta não é visar lucro. Seu objetivo é visar o bem e a satisfação pública com o fornecimento de produtos e serviços de ordem pública para todos.
Tendo estes breves conceitos como premissa, é fácil compreender como funciona o cabide de emprego através do Quem Indica (QI) em ambos os setores.
Na esfera pública o Cabide de Emprego através do QI é muito comum. Isso se dá justamente pelo motivo dos órgãos, fundações e autarquias públicas não visarem lucro. Obviamente que por trás de tudo isso existe a degradação dos padrões morais e éticos de quem contrata. Porém, na esfera pública não ter capacidade e preparo para atuar na maioria de suas áreas é menos danoso que na iniciativa privada. Por isso, admite-se com muita frequência pessoas incapacitadas, improdutivas e descompromissadas pelo simples motivo de que elas são parente, amigos ou conhecidos de um determinado parlamentar, gestor público ou até mesmo servidor público de carreira. Isso vale para estagiários, comissionados, contratos e servidores públicos (temporários ou efetivos). Alguns poderão argumentar que o concurso público serve justamente para evitar estes tipos de distorções. Concordo! No entanto, provas de concurso público não mede capacidade produtiva, conhecimento e muito menos comprometimento e qualificação. Provas de concurso público não medem nem seu nível de aprendizado. Provas de concurso público medem apenas seu nível de assimilação e memorização de determinados conteúdos que estão no edital, ou seja, mede seu nível de estudos. Estudos estes que talvez podem ser acompanhado de conhecimento e aprendizados ou apenas de decorebas. No público não existe um instrumento de mensuração da produtividade de um dado servidor, estagiário, comissionado ou contratado. O que facilita muito a indicação, muita das vezes por meio de nepotismo, de pessoas despreparadas e qualificadas, pois quando se tenta almejar o bem de todos diametralmente dá a impressão de que não se está visando o bem de ninguém.
Na iniciativa privada a história se repete, porém ganha um tom mais ilógico. Como toda e qualquer empresa privada precisa visar lucro, seria totalmente irracional contratar pessoas sem capacidade e comprometimento para trabalhos específicos, pois tal atitude colocaria o “lucro empresarial” em comprometimento. Por isso, está se tornando cada vez mais comum a entrega da chefia de algumas empresas para pessoas que não fazem parte do círculo familiar, pois o importante não é perpetuar filhos na direção, mas continuar mantendo-se na rota dos lucros. Grosso modo, é preferível que o filho despreparado gaste o dinheiro que o pai adquiri através da empresa com festinhas e banalidades do que se intrometer nos negócios empresariais levando a ruína o patrimônio da família. No entanto, no meio e na base da pirâmide administrativa está sendo cada vez mais comum a prática de contração pelo QI. Prefere-se a contração de pessoas de “confiança” de determinado empregado, gerente ou diretor em detrimento dos mais preparados e qualificados. Isso levará a iniciativa privada brasileira a ruína em pouco tempo. Obviamente que na iniciativa privada a falta de produtividade e comprometimento são penalizados de forma mais rígida, porém a contratação de pessoas pelo método do QI na iniciativa privada poderá ser um desastre empresarial no futuro.
Se você acha que estou sendo sensacionalista, veja que já existe até pesquisas sobre o tema. Dados de 2011 já revelavam que mais de 59% dos empregados estavam no atual emprego devido a indicação de alguém:
E quem está em busca de uma recolocação no mercado procura primeiro a sua rede de contatos, mostrou a pesquisa. Networking foi apontado como 70,1% dos meios de procura de trabalho dos entrevistados.
Mais ai vem a pergunta: Todas essas indicações são negativas para as organizações? Não que elas sejam totalmente negativas, sem generalizar, mais independente das indicações e investigações dos novos colaboradores toda Gestão de Pessoas tem a autonomia de aplicar testes realmente de (Q.I - Quociente Intelectual); entre outros testes já existentes no mercado para se analisar melhor a capacidade de cada candidato à vaga concorrida. A Contratação por competências com testes técnicos e práticos é uma porcentagem maior de certeza que a Gestão de Pessoas esta contratando o profissional correto para a vaga certa do que somente uma mera indicação.
A Contratação por (Q.I – Quem Indicou) pode sim implicar futuramente nos gastos de uma organização, pois uma contratação sem testes só por indicação pode gerar custos para o empregador e organização, tais como: Rescisões a curto prazo, Retomada de novas contratações, Treinamentos mais eficaz para maior entendimento dos setores correspondentes, entre outros possíveis.
Enfim, o Quem Indica notoriamente é o desastre na contração da esfera pública e, se nada mudar, poderá se tornar também na iniciativa privada.
Sem comentários:
Enviar um comentário