Segundo Palocci, na véspera da posse dela, Lula deu ordens para Dilma manter o esquema sujo com a Odebrecht
Para não ser escanteada no governo Dilma, a Odebrecht ofereceu todo um pacote de "ilicitudes" a Lula, que o aceitou
O depoimento de Antonio Palocci foi tão avassalador que merece ser revisitado sempre. Quando esteve frente a frente com Sérgio Moro, o ex-ministro do PT entregou que, em 30 de dezembro de 2010, apenas dois dias antes de Dilma Rousseff assumir a Presidência do Brasil, Lula deu ordens para que a sucessora mantivesse com a Odebrecht todo o relacionamento criminoso que já vinha em curso em sua gestão:
“Dias depois, o doutor Emílio volta ao presidente Lula, numa reunião em 30 de dezembro de 2010. Nessa reunião, o presidente Lula leva a presidente Dilma, presidente eleita, pra que ele diga a ela das relações que ele tinha com a Odebrecht e que ele queria que ela preservasse o conjunto daquelas relações em todos os seus aspectos, lícitos e ilícitos.”
A reunião foi relatada a Palocci pelo próprio Lula, que confirmou a reserva de R$ 300 milhões para uso do PT por parte da empreiteira. Com o adendo de que poderia ser ainda mais, caso fosse necessário.
Conforme explicado por Palocci, a Odebrecht temia ser escanteada na gestão Dilma. E ofereceu todo um pacote de “ilicitudes” a Lula como forma de obter dele a garantia de que a relação com o Governo Federal não seria abalada. Além dos R$ 300 milhões, os “afagos” incluíam um prédio para o Instituto Lula e a reforma no sítio em Atibaia, ambos sob investigação da Lava Jato.
E o plano teria funcionado tão bem que resultou na referida reunião.
Sem comentários:
Enviar um comentário